A.B.C., Portugalidade, Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, novembro de 2013
A.B.C., Cúpula falsa em trompe l'oeil, de Nicolau Nasoni, Sé Catedral de Lamego, novembro de 2013
A.B.C., Janela de luz, CAM Graça Morais,
desenhado pelo arq. Eduardo Souto de Moura, Bragança, novembro de 2013
Vai tarde, como infelizmente costuma, mas sempre, como deve. Melhor do que as palavras, que mal clicam sentimentos, e pouco agradecem o acolhimento caloroso dos anfitriões em tempos e terras frios, fica o registo smartfónico de uma peregrinação interior numa incursão lusitana, de deslumbramento visual, relatos sábios do padre João Carlos Morgado (diretor do Museu Diocesano de Lamego e pró-vigário-geral) e do Dr. Jorge da Costa (diretor do extraordinário novo Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, desenhado por Eduardo Souto de Moura para acolher a obra da pintora transmontana e que tem uma curiosa placa de inauguração, de 2008) e iguarias tangíveis (a bôla em Lamego; e o arroz de lebre e o Pudim do Abade de... Baçal no magnífico Solar Bragançano, de comida nacional e atmosfera british). Recomendo vi-va-men-te.
Debanda o Estado do interior (e da periferia) e leva o povo nesse êxodo vicioso, justificado com austeridade, mas realmente motivado pelo cosmopolitismo da provinciana Lisboa, com recursos de educação, investigação, saúde, serviços e comércio, desmesurados para os 10,5 milhões e 92 mil quilómetros afunilados de uma Nação à deriva. É de dentro que somos e é em Lisboa que efluímos. Perdemo-nos.
Debanda o Estado do interior (e da periferia) e leva o povo nesse êxodo vicioso, justificado com austeridade, mas realmente motivado pelo cosmopolitismo da provinciana Lisboa, com recursos de educação, investigação, saúde, serviços e comércio, desmesurados para os 10,5 milhões e 92 mil quilómetros afunilados de uma Nação à deriva. É de dentro que somos e é em Lisboa que efluímos. Perdemo-nos.
Oh, Dr. ABC!
ResponderEliminarA propósito de Portugalidade, escrever atmosfera britsch, qualquer coisa?!!!!
Atmosfera transmontana é o que é.
Não saberei nunca o que é essa atmosfera britsch.
O resto está muito bem. Lamego é uma cidade encantadora e cheia de património da portugalidade.
a pior fuga tem sido a dos bimbos que vieram das berças para estudar e ficaram deslumbrados com os cargos que ocupam.
ResponderEliminartinha razão Salgueiro Maia ao mencionar 'o estado ... a que isto chegou'
na minha aldeia não nasce uma criança há mais 40 anos
os trabalhadores rurais vieram morrer pobres na grande Lisboa
passei muitos dias de férias em Lamego e estive no Balsemão
Caro Anónimo
ResponderEliminarTambém me surpreendeu a atmosfera peculiar do Solar Bragançano. Mas tem de a ir sentir para contestar.
Dr. ABC
ResponderEliminarNum texto sobre portugalidade usar um termo que não é da língua portuguesa para caracterizar uma percepção parece um pouco despropositado. Eu acho, mas o senhor lá sabe o que sentiu. É uma experiência própria que podia ser descrita com uma palavra da nossa língua. Poderia dizer "elegante", "refinado".
Eu não sei o que é um ambiente desses. Não sou inglês, nunca estive em Inglaterra.
Claro que depois de lá ir terei a minha própria experiência quanto à atmosfera do local.
Peço desculpa pelo reparo que talvez tenha sido um pouco "ácido".
Ah,
ResponderEliminarBem-haja pelo seu trabalho de escrita no seu blog do qual sou leitor assíduo.
Lisboa não é a sede de todos os males. O Portugal feudal não é só lisboeta. Portugal continua a ser uma organização feudal, com o Presidente da Câmara, o Director de Finanças, o Padre da freguesia, o director de escola e mais uns quantos patuscos que controlam a rede local, distribuindo favores e pedidos, sempre pelos mesmos. Na Europa federal, Lisboa é tão ou mais pequena como Lyon, Marselha, Valência, Turim ou Birminghan. Portugal não tem rasgo há séculos. Naturalmente, que o futuro da pátria de Afonso Henriques, será uma espécie de casino europeu de angolanos, brasileiros e chineses de Cantão e Macau. Empregados dos novos feitores. É a vida. A nova vida de uma gente com muito pouca dignidade.
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=674930
ResponderEliminarO Papa Francisco assegura que não é marxista, mas afirma que não se sente ofendido quando o denominam como tal, numa entrevista publicada hoje pelo «La Stampa». O líder da igreja católica mostra-se preocupado com a «tragédia da fome no mundo».
«A ideologia marxista está equivocada, mas na minha vida conheci muitos marxistas boas pessoas, por isso não me sinto ofendido», reconhece o papa.
Francisco reafirma que a mulher na igreja tem de ser «valorizada, não clericalizada» e que a reforma do banco do Vaticano «vai pelo caminho justo».
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