Mário Soares fez ontem, 7-11-2013, segundo a agência Lusa, usada pelo Público, no final de uma sessão de homenagem a Francisco Salgado Zenha, que decorreu na sua fundação, gravíssimas imputações de roubo («rouba»), de «ladrões», de «bando», de «caso de polícia», aos membros do Governo e ao atual Presidente da República Cavaco Silva e que, no seu tempo, «dos socialistas, felizmente, não há um único de quem se diga que tocou em dinheiros públicos». Abaixo, pro memoria, republico a reportagem da Lusa. Passos Coelho não lhe tem respondido porque também parece estar comprometido, com encontros e confidências semelhantes àqueles que Álvaro Santos Pereira teve com Soares (e que este denunciou numa crónica no DN, em 30-7-2013), e teme a sua represália, mas nem todos têm a mesma debilidade.
Mário Soares não está a sujar o que, aliás, já é sujo. Com estes ataques premeditados, preocupado com a memória que deixa, Soares está a limpar-se a si mesmo e a desratizar a sua história. Uma história roxa, nas mágoas que provocou e, na qual, a sua posição perante o abuso sexual de crianças da Casa Pia tem ainda maior gravidade.
Na verdade, verdadinha, dos toques, e retoques, falam os factos relatados por Rui Mateus em «Contos proibidos - Memórias de um PS desconhecido», Lisboa, Dom Quixote, 1996. Se o autor desapareceu do mapa público e se refugiou algures, segundo consta, numa universidade norte-americana, o livro aí está para conferir o discurso atual com as histórias antigas do próprio Mário Soares, na qual também abunda a Emaudio e outros negócios de Macau. Financiamento partidário e negócios de Estado.
Os sinais exteriores de riqueza pós-25 de Abril de 1974 têm de ser comparados com a penúria pré-revolucionária. Um escrutínio que falta fazer, no qual se demonstre a transição dos tempos em que se vivia de empréstimos pessoais de banqueiros até ao fausto súbito pós-revolucionário.
O silêncio politicamente correto sobre Mário Soares que foi decretado em Portugal, foi episodicamente quebrado por Rui Mateus, pelos velhos novelos d' «O Independente» do outro Paulo Portas. Um mutismo que nem é furado pela biografia escrita por Joaquim Vieira, a qual fica longe da filtragem seletiva do seu arquétipo Mittérrand (à moda de Churchill no discurso na House of Commons, em 23-1-1948: «For my part, I consider that it will be found much better by all Parties to leave the past to history, especially as I propose to write that history») a Eric Conan e Henry Rousso, Vichy - Un passé qui ne passe pas, em 1994, ou o registo de Pierre Péan em «Une jeunesse française – François Mitterrand, 1934-1947, Paris, Fayard, do mesmo ano.
Todavia, a mudez, a surdez e a cegueira, nacional, por cumplicidade da esquerda e promiscuidade da direita, não são mantidas lá fora, como se documenta no poste «O financiamento da CIA ao PS: documento inédito», de 18-5-2013, de Joaquim Marques de Sá, no blogue Revolução e Democracia. O poste refere a reportagem de 13 de maio de 2013, o canal de televisão holandês Nederland 2, intitulada «Dinheiro Secreto Americano para os Socialistas em Portugal» (Geheim Amerikaans geld naar socialisten Portugal) para a série de programas históricos «Outros Tempos» (já não funciona o linque http://www.nederland2.nl/programmas/642-andere-tijden/uitzending/44643). O programa, que não vi que tenha merecido interesse das televisões e imprensa nacionais, aclara a via do financiamento partidário do PS português após o 25 de abril de 1974. Financiamento partidário que é uma atividade sombria sempre sujeita, como na Itália, ao risco das tangenti de quem parte e reparte, em tempos em que não os partidos não tinham contabilidade à moda do PP espanhol.
Dos totomilhões da tômbola política, nos idos de 1974-75, se há-de conhecer um dia, já fora do opressivo sistema abrigado na proteção última do Grande Oriente Lusitano, comparando o património antes e depois - e despistando justificações patéticas de rendimentos fabulosos provenientes de instituição, cujas contas anuais podem ser verificadas. Não há, neste caso, um «teflon effect», mas a vista grossa dos média míopes que se abstém do escrutínio e até da crítica.
Como se sintetiza no poste de Marques de Sá, a reportagem da estação de televisão holandesa de maio de 2013 desenha o tráfego do dinheiro para o PS português, com origem na CIA, via Friedrich Ebert Stiftung (ligada ao SPD alemão), via Harry van den Bergh do PvdA (Partido Trabalhista) holandês. Van den Bergh levantava as notas da conta na Nederlandsche Middenstandsbank em Amsterdão e as trazia para Lisboa, onde era «esperado no aeroporto por "amigos" e posto no Hotel Ritz», num total de «seis a sete vezes», e que nas duas últimas vezes beneficiou de imunidade diplomática concedida pelo ministro holandês dos negócios estrangeiros (Max van der Stoel) que também era do seu partido. Marques de Sá calcula que isto se tenha passado cerca de «março de 1975». Van den Bergh atuava a pedido do SPD, conforme relata Hans-Eberhard Dingels, secretário de estado do governo SPD da Alemanha Federal do governo liderado por Willy Brandt que queria «ajudar os nossos camaradas». Dingels evita dizer o montante porque «o silêncio é de ouro»... Dingels recusa-se a dizer o total de dinheiro enviado. Van den Bergh estima o total em mais de 800 mil euros. Mas Dingels conta que além dos alemães, também existiram outras fontes de financiamento para o PS português: «os ingleses… os suecos…, num total de 7 ou 8 pessoas ["correios"]».
Arthur Hartman, secretário assistente de Estado dos EUA para a Europa e Canadá, durante a administração de Gerald Ford, explica na reportagem da televisão holandesa, segundo Marques de Sá, que «o Grupo de Berlim (Alemanha, Inglaterra, França, EUA), analisando o que se passava em Portugal, concluiu que tinha de pôr Mário Soares no poder», e usaram «o "canal alemão" para fornecer "fundos e equipamento" a "Mário Soares e ao Partido Socialista"». Então, «os EUA limitaram-se a fornecer o dinheiro através dessa fundação» e Hartman «está bem convencido de que foi dinheiro da CIA que foi enviado através deles [Fundação Friedrich Ebert]». Hartman acautela que «na época provavelmente muito poucas» pessoas sabiam do financiamento da CIA ao PS, mas perguntado sobre se Soares sabia dessa origem, disse: «Estou seguro que sim». Mário Soares também é entrevistado nessa reportagem e terá respondido à pergunta sobre se sabia de que esse dinheiro recebido pelo PS provinha da CIA: «Como podia eu saber? Eu não sou polícia, monsieur. Não sei.».
Soares desculpou-se com o «não sou polícia». Não era polícia: não via, não ouvia, não lia. Tampouco é agora - [não sou] «da polícia», ter-se-á justificado para não apresentar provas do que indicava, em 7-11-2013, nas imputações aos governantes atuais de «roubo», «ladrões», de «bando» e o diabo a sete, que fez na homenagem a Francisco Salgado Zenha, com quem se terá inimizado por causa, possivelmente, da repulsa deste a estes fenómenos internos do financiamento partidário e da heterodoxia nos negócios de Estado.
Contudo, o problema do financiamento partidário não está na sua origem da CIA, o veículo norte-americano para impedir a transferência do Portugal metropolitano para a órbita comunista soviética (no qual funcionava também o financiamento do KGB ao PC e às suas antenas...), mas no circuito sinuoso do dinheiro sujeito ao risco de desvio para as tangenti.
O financiamento partidário e negócios de Estado do soarismo não podem ser branqueados com a soda cáustica de ataques ao poder atual. Uma mão suja não lava a outra conspurcada; e muito menos as duas lavam uma cara manchada.
«Soares diz que Cavaco pertence "ao bando" do Governo
LUSA - 7/11/2013 - 21:09
Antigo presidente diz que no tempo em que era primeiro-ministro no seu partido ninguém "tocava em dinheiros públicos".
O ex-presidente da República Mário Soares comparou nesta quinta-feira a actual classe política com os políticos do tempo em que era primeiro-ministro, considerando que naquela altura nenhum membro do seu partido "tocava em dinheiros públicos".
Ao comparar os contributos para um Portugal democrático e justo, antes e depois do 25 de Abril, por parte de um dos fundadores do PS, Salgado Zenha, o antigo líder socialista e também ex-primeiro-ministro assegurou que nenhum membro do seu partido "tocava em dinheiros públicos", após uma homenagem àquele amigo e advogado, na Fundação Mário Soares.
"Acho que não. Em primeiro lugar, ninguém tocava nos dinheiros públicos. Nunca tocou. Dos socialistas, felizmente, não há um único de quem se diga que tocou em dinheiros públicos", defendeu, quando questionado sobre a existência de paralelo com a actual classe dirigente.
Instado a concretizar as suspeitas, Soares afirmou não ser "da polícia". "Quem rouba é sempre um caso de polícia.
Muitas vezes, sabemos, há ladrões, mas não vão à polícia, nem são julgados, mas isso é a situação. A polícia está zangada, os militares estão zangados - desde os generais até cá a baixo -, a Igreja está zangada. Quem é que não está zangado com este Governo?", inquiriu.
Perante a sugestão de que o Presidente da República seria uma das pessoas que não está em desacordo com o executivo da coligação PSD/CDS-PP, o fundador do PS sugeriu haver uma acção concertada.
Mário Soares afirmou que o actual Chefe de Estado "pertence ao bando" do Governo, liderado pelo social-democrata Passos Coelho, voltando a sugerir tratar-se de um "caso de polícia".
"Esse (Cavaco Silva) não está (em desacordo com o governo) porque pertence. Pertence ao bando, infelizmente", atirou. Também presente na sessão evocativa de Salgado Zenha, outro antigo líder socialista e ex-presidente da República, Jorge Sampaio, furtou-se a comentar matérias da actualidade política, mas deixou a sua opinião sobre a questão no ar.
"Isso é muito difícil de responder, mas imaginem qual é a resposta", afirmou Sampaio.»
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são aqui imputadas de qualquer ilegalidade ou irregularidade.
Todos têm culpa na desgraça, é escusado apontar o dedo ao outro para desviar as atenções.
ResponderEliminarQuem desejar entender, a sacanice do doutor Mário Soares, recomendo a leitura do livro "Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido" de Rui Mateus, que foi rapidamente retirado do mercado após a celeuma que causou em 1996 (há quem diga que “alguém” comprou toda a edição), está disponível em: http://pt.scribd.com/doc/12699901/Livro-Contos-Proibidos
Peço desculpa, só agora após uma leitura mais atenta reparei que menciona o livro no post.
ResponderEliminarJá todos sabem que se alguém falar dos "roubos" levados a cabo por "santinhos" próximos ou do PSD, partido do Dr ABC, depressa chega o Dr Balbino a atacar o mensageiro. Será que para abafar os eventuais "roubos"?
ResponderEliminarDe facto não vejo tamanha investigação por parte do Dr ABC aos casos dos Limas, do Oliveira e Costa, daquele que tem o mesmo nome que na minha terra serve para queimar, e demais tantos amigos, amigalhaços, associados e próximos do partido do Dr Balbino.
Por que será?
Ai as malas cheias de notas de marcos almães da Fundação Friederich Egbert. Lá se percebe porque é que Soares, com o cognome de "o Vendilhão" não gosta dos euros e gostava das malas cheias de marcos almães do seu amigo Willy Brandt.
ResponderEliminarO Alzheimer de Soares não tolhe a nossa memória. Nunca.
O Soares sempre foi um Sem Vergonha. Foi e é um manipluador. Mesmo em relaç
ResponderEliminarao ao seu ex-amigo Salgado Zenha, Soares foi um traidor. Se tivesse vergonha não colocaria o ex-amigo, defunto, junto a ele. Mas, não tem vergonha, e quer apanhar todos os comboios para se mostrar. ainda em vida, vai sofrer a ignomínia, muito para além dos sopapos dos comunistas da Marinha Grande.
Apareça um Buíça e faça o trabalho.
Dos socialistas 2 pequeninas recordações:
ResponderEliminar1) João Cravinho, em directo para o telejornal, à entrada do túnel da Gardunha, quando apresentou as SCUT aos portugueses: ISTO NÃO VAI CUSTAR NADA ...
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2) Um autarca-dinossauro do PS, em Matosinhos, de seu nome Narciso, que tinha a alcunha de "recuadinho". O "recuado" é o ultimo andar do prédio...conhecido como cobertura nas terras de Vera Cruz.
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Sobre Soares apenas se confirma que sofre de Alzheimer-Politico: só se lembra do que lhe convém. E eu lembro as palavras sábias de um empresário que se orgulhava de dizer: NUNCA GANHEI TANTO DINHEIRO DO QUE COM O PS !
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Bruno
...mas não foi a JSD que gritou "Soares é fixe" este verão?...
ResponderEliminarAi minha burra, minha burra...
O PAI/PADRINHO/PAPA DA CORRUPÇÃO SOU EU DON MÁFIO E MAIS NINGUÉM.O ZENHA,O SÁ CARNEIRO E O EANES TENTARAM IMPEDIR-ME.ELIMINEI-OS!O MATEUS DENUNCIOU-ME.LIMPEI-LHE O SARAMPO!TODOS OS OUTROS SEGUIRAM O MEU EXEMPLO E TIVERAM A MINHA BENÇÃO.URBI ET ORBI...AS BANCARROTAS FORAM TODAS MINHAS INCLUINDO A ÚLTIMA.POR CADA COBREI CENTENAS DE MILHÕES E 200 DOUTORAMENTO NOJENTUS CAUSA.QUERO ESTÁTUA E NOME DE AVENIDA NO FUTURO CAMPO DO GRANDE DON MÁFIO,OUVISTE COSTA DA RIBEIRA DAS NAUS ?
ResponderEliminarApós Zenha na Finanças o Marito tinha os problemas pessoais de tesouraria resolvidos. Depois zangou-se com ele!
ResponderEliminarÉ inacreditável ouvir este fóssil corrupto falar em roubo de dinheiros públicos.
ResponderEliminarEstaria a falar do dinheiro que vinha dos casinos de Macau,do dinheiro para os novos países africanos,em que uma parte era devolvida para bancos suíços nas contas de alguém gordo e bolachudo.Dos perdões da dívida aos cleptos angolanos,que envolviam também tráfego de dinheiro,etc.
Diga-se apenas que Rui Mateus,quando deixou o país afirmou ter recebido ameaças de morte.
Já agora perguntem ao Garcia dos Santos porque o Cravinho não o deixou investigar a corrupção na JAE.
Quem retirou o livro de Rui Mateus das livrarias foi quem comprou a D.Quixote através de um testa-de-ferro.
Tomei-lhe o gosto com os marcos do Willy.Depois nunca mais parei de meter a mão no saco...os meus protegidos também...
ResponderEliminarhttp://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/mimado-mulherengo-e-socialista
ResponderEliminar"Isso lixa o livro." Foi com indignação que Mário Soares reagiu quando Vieira, a quem deu respostas cândidas sobre outros temas potencialmente embaraçosos, o confrontou com a informação, obtida junto de "uma fonte envolvida no processo, sob condição de anonimato", de que o então Presidente da República chantageou Jorge Sampaio, encarregando o sobrinho Alfredo Barroso de lhe comunicar que só seriam desbloqueadas verbas para os "depauperados cofres" do Largo do Rato se aceitasse ter João Soares como número dois na Câmara de Lisboa e "o substituto nas suas ausências".
Quando Vieira procurou confirmar o relato junto dos intervenientes, Barroso recusou comentar, João Soares rejeitou intervenções paternas na carreira política, e Sampaio não se lembrou de quaisquer negociações - garantindo que a campanha "foi financiada por angariações partidárias".
Mais sanguínea foi a reação do biografado: "Alguém pode imaginar, com uma mente sã, que eu, como Presidente da República, obrigado constitucionalmente a um dever de isenção, me empenhasse a angariar ou canalizar dinheiros para o PS?"
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/mimado-mulherengo-e-socialista
ResponderEliminarLIGAÇÕES PERIGOSAS
Arranjar financiamento para o partido era prioritário, porém não gostava de falar de dinheiro.
"O Carlucci auxiliou-nos por via dos sindicatos americanos (...), que os comunistas odiavam, não sei porquê." [...]
"Se me vier um gajo qualquer, por aquela porta ou por outra porta qualquer, falar-me de coisas de dinheiro, eu mando-o logo à merda. É a minha maneira de ser." [...]
NEGÓCIOS DE MACAU
A vontade de criar um grupo de comunicação social ‘soarista'.
"Não tinha de se meter nisso, e essa é uma das críticas que lhe podem fazer. Beneficiou do seu prestígio pessoal e presidencial para pôr aquela gente [Emaudio] em contacto com os manda-chuvas do capital financeiro ligados à comunicação social" [palavras de Alfredo Barroso].
"Mário Soares teve conhecimento prévio do fax de Macau [em que a Weidleplan exigia a devolução de 50 mil contos]. Era uma situação complicada, punha problemas ao PS - ele tinha de ter conhecimento. Mas não tem culpas nisso" [palavras de Almeida Santos].
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/mimado-mulherengo-e-socialista
ResponderEliminarFalando desses segredos, há a história das três fundações criadas para financiar o PS...
- Isso era uma coisa normal para a época. Não havia leis para controlar o financiamento partidário.
- Conta o episódio em que Mateus vai a Itália ter com Bettino Craxi, que o envia à Suíça, onde recebe uma mala com meio milhão de dólares...
- Era assim que se fazia, com malas de dinheiro. Os doadores não sabiam da existência de várias fundações. O que era preciso era que o dinheiro chegasse, quanto menos se soubesse melhor.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/mimado-mulherengo-e-socialista
ResponderEliminar- Refere a formação da empresa Emaudio. Soares recusar-se a admitir que, por sua iniciativa, o PS queria um grupo de comunicação social...
- Não admite, mas os factos levam a concluir que ele sabia. Estão envolvidos amigos dele, como o Almeida Santos, o Bernardino Gomes, o Carlos Melancia e o próprio João Soares. Não se pode admitir que ele se limitou a abrir portas para que os outros negociassem. Pessoas como o Berlusconi, o Murdoch ou o Maxwell nunca viriam a Portugal se não fosse o Presidente da República a convidá-los e a recebê-los.
- A Emaudio está na origem do escândalo de Macau, que poderia ter tido consequências bem mais graves...
- E não teve porque as autoridades judiciárias se encolheram. Há uns tempos, o elemento da PJ que investigou o caso, o António Coutinho, disse que podiam ter ido mais fundo, mas o Procurador-Geral da República, Cunha Rodrigues, entendeu limitar o âmbito da investigação ao caso do fax para Carlos Melancia [em que a empresa alemã Weidleplan exigia ao Governador de Macau a devolução de os 50 mil contos, pagos facilitar negócios]. Só se quis investigar a corrupção do Governador de Macau.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/mimado-mulherengo-e-socialista
ResponderEliminar- De onde vem o dinheiro da Emaudio, que começa com um capital social de 5 mil contos, depois aumenta para 100 mil, e no final já se falava em dois milhões de contos?
- Vem da perspetiva de negócios em Macau. Primeiro a criação de um canal de televisão que chegasse a Hong Kong. É Robert Maxwell [magnata dos media] que injeta capital e depois também o empresário Ilídio Pinho, financiador das campanhas eleitorais de Mário Soares. Numa segunda fase, quando se pretende tirar o controlo da Emaudio a Rui Mateus e se dá a rutura total, pretende-se investir em negócios imobiliários.
- Que aconteceu ao dinheiro?
- Aí há terreno para investigar. O Rui Mateus diz que Soares estava a arranjar dinheiro para a sua Fundação. Sabemos que a Fundação Mário Soares arrancou com o dinheiro que sobrou da segunda campanha presidencial. Parece que Stanley Ho é um dos principais financiadores. Não poderei ir mais fundo porque não investiguei.
http://expresso.sapo.pt/nunca-vi-o-seguro-dizer-uma-coisa-com-tanta-clareza-como-agora=f751113
ResponderEliminarA lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "Contos Proibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume as "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).
A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.
A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.
A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.
A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.
http://expresso.sapo.pt/nunca-vi-o-seguro-dizer-uma-coisa-com-tanta-clareza-como-agora=f751113
ResponderEliminarA lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.
http://expresso.sapo.pt/nunca-vi-o-seguro-dizer-uma-coisa-com-tanta-clareza-como-agora=f751113
ResponderEliminarCom Soares, já não há moral para criticar Ferreira Torres, Isaltino, Valentim ou Felgueiras.
Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta distingue esta candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores: surge após a edição de Contos Proibidos - Memórias de Um PS Desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus. O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial, veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares e foi ignorado pelos poderes da República. Em síntese, que diz Mateus? Que, após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança. Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Que, não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em Belém como nas suas residências particulares. Que, no exercício da sua «magistratura de influência» (palavras suas, noutro contexto), convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Silvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - ...
Soares é o maior anti-patriota de todos os tempos que, ainda em Paris, chegou a pisar a bandeira nacional!!!
ResponderEliminarPode enganar uma parte do povo, inculta e bossal, mas não engana toda gente
No primeiro congresso do PS,Soares impediu Zenha de falar,afastando-o de uma possível liderança.Rebaixou-o o mais que pode,intrigando contra ele.
ResponderEliminarAgora faz homenagens ao falecido.
Este velho camorrista não tem pingo de vergonha,bem como o séquito de lacaios esfaimados pelo dinheiro dos contribuintes,que o acolita cegamente.
Já há anos que venho chamando a atenção para o facto da imprensa amordaçada que temos,estar impedida de tocar neste capo.
Até o delfim,Pinochio,está a beneficiar deste estatuto.
Muito se fala na crise que vivemos,milhentas críticas ao governo actual e quanto ao autor material da bancarrota e do esbulho do erário público,nem uma palavra.
O socialismo domina toda a comunicação social,a banca e uma parte esmagadora da magistratura.
Portugal está capturado por uma máfia poderosa a que não é alheio o braço maçónico.
A Constituição nunca me impediu de roubar.Toca a defender a Constituição camaradas Adriano,Diogo,Bettino e tutti quanti!!!
ResponderEliminarConsta que Don Rickinho e Don Rachinho estão de candeias às avessas ou de avessas às cadeias.Quanto mais bulham mais milho perdem.Nem o pitrólio do preto os vai salvar...
ResponderEliminarEra lindo, o Sobrinho vir a dirigir o Espírito Santo. Aí sim, poderia dizer-se que Portugal tinha acabado de vez.
ResponderEliminarDantes existia o Pai,o Filho e o BESpírito Santo.Com austeridade,requalificação e cortes, a versão moderna e competitiva da Trindade passou a ser o Padrinho,o Priminho e o Sobrinho!!!É a vida lá diria o outro....
ResponderEliminarValha-me São Muno,o Santo que nos protege dos bandidos !!!
ResponderEliminarPrezado Bloguista
ResponderEliminarJá não frequento estas páginas há algum tempo. Convenci-me, na altura, que a sua luta era contra o descalabro governativo do país. Vejo agora que afinal a sua obcessão é estar contra tudo o que mexe na área socialista. Mesmo que o país se encontre mais perto do abismo e da tremenda tempestade socio-económica. Perde-se credibilidade com visões sectárias ou unilaterais. E perde-se a noção do verdadeiro Portugal Profundo.
Cumprimentos
Ceguinhos. Portugal, com o PS, o PCP, o Bloco, o PSD ou o CDS, continuará socialista. A condução será socialista até à destruição final de Portugal. Depois, aguarde-se pela sua reconstrução.
ResponderEliminar"Mesmo que o país se encontre mais perto do abismo e da tremenda tempestade socio-económica"
ResponderEliminarMais perto do abismo ficaremos se houver reeileição do partido coveiro.
O socialismo corrupto já nos ofereceu 3 bancarrotas nestes 39 anos e uma pré-bancarrota evitada com a fuga do incompetente Guterres.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/comandante_ricciardi_apoia_sucessao_no_bes.html
ResponderEliminarO Comandante António Ricciardi, líder de um dos cinco ramos da família Espírito Santo e pai de José Maria Ricciardi, emitiu, esta segunda-feira, 11 de Novembro, um comunicado onde diz apoiar o seu filho.
“Eu, Comandante António Ricciardi, accionista do Grupo Espírito Santo e presidente do Conselho Superior, venho esclarecer que só não apoiei o voto do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi na moção de confiança pedida por Ricardo Salgado para evitar a ruptura institucional imediata”, explica o responsável no comunicado emitido.
“Mas subscrevo sem quaisquer reservas a posição assumida pelo Conselho, incluindo a do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi sobre a ‘governance’ e sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo”, adianta a mesma fonte.
A notícia de “guerra” de poder no GES foi avançada pelo Negócios na sexta-feira, depois de ter decorrido o conselho superior do grupo onde os responsáveis apoiaram Ricardo Salgado. Contudo, o clima de oposição ficou.
O Negócios revelou na sexta-feira, 8 de Novembro, que as razões que levaram Ricciardi a tomar a iniciativa de precipitar a sucessão de Ricardo Salgado são os casos de envolvimento do Grupo e do seu presidente executivo em“guerras” com Angola e Pedro Queiroz Pereira, o endividamento das “holdings” familiares, os casos de justiça e os casos reputacionais relacionados com recebimento de comissões e correcções de declarações de rendimentos de Salgado.
A famiglia quer traficar de forma mais discreta. Isto de se andar aos beijinhos com os angolanos e pagar alvíssaras a tudo quanto é gente, foi algo que se inspira na "gasosa" dos angolanos. Mas, a famiglia não sobrevive sem o tráfico.
ResponderEliminarfaz pena que ninguem amigo daquele hipocrita não o aconselhe a estar calado. Tem mal merecida um lugar de destaque na historia e vai borrando tudo com senilidades. O estilo do bochechas é bem caracterizado quando lhe quizeram mostar as provas da corrupção se recusou a ver= exemplo dum presidente de Portugal ..hipocrita e mentiroso advogado.
ResponderEliminarNão nos divorciámos como a Bárrrbarrra e o Carrralho mas casámo-nos como o Infante e o Carrapato!!!
ResponderEliminarO Sobrinho está a rir-se e a assistir à luta entre a famiglia. Depois do BCP e do BPI, La famiglia vai ser tomada pelos angolanos.
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/soares-avisa-que-pais-arrisca-entrar-numa-ditadura_181451.html
ResponderEliminarSoares avisa que país arrisca entrar numa ditadura
Ex-chefe de Estado acusa Cavaco de proteger o Governo e avisa que se Presidente não mudar de atitude país resvala para a violência.
Mário Soares voltou esta manhã a atacar o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, bem como o Presidente da República, avisando que ou se muda políticas e comportamentos ou a violência "irromperá no país".
O ex-presidente da República do PS diz mesmo que se não houver uma "ruptura" e uma mudança de Governo, o país vai para "uma ditadura". No seu habitual artigo de opinião no Diário de Notícias, Mário Soares não poupa Cavaco Silva, a quem acusa de "proteger" Passos e Portas e de se arricar a não terminar o seu mandato ou, se terminar, "será muito mal".
mario soares tornou-se naquilo que sempre foi:
ResponderEliminaro pateta triste da política portuguesa
3 baldes de cal para essa múmia
Tem toda a razão.
ResponderEliminarSe não aumentarem a contribuição para a sua Fundação,o país poderá entrar numa espiral de violência.Os portugueses não suportam a redução de 30% na contribuição que o OE dá a tão ilustre instituição que se dedica a...a...a...coiso.
A Fundação dedica-se a traficar. Tráfico, a grande especialidade de Soares.
ResponderEliminarhttp://www.dailymail.co.uk/news/article-2493491/White-supremacist-Craig-Cobbs-DNA-test-reveals-hes-14-African.html
ResponderEliminarIsso nada diz.14% creio que é o que a população em geral tem.
ResponderEliminarNão o torna negro,por muito que isso custe aos aldrabões do políticamente correcto.
Não aprovo o racismo nem as tentativas de fingir que são todos iguais.
Cada um é aquilo que é e deve ser respeitado.
http://www.tvi24.iol.pt/503/politica/ps-quotas-militantes-matosinhos-cheque-ernesto-pascoa/1509086-4072.html
ResponderEliminarA concelhia do PS/Matosinhos denunciou hoje um «ato ilegal e anti-estatutário» de pagamento de quotas a 1.172 militantes, alguns dos quais já falecidos, num único cheque de mais de 11 mil euros aceite pela distrital do Porto.
Numa carta dirigida, no passado fim de semana, ao presidente da distrital, e hoje divulgada, o líder da concelhia de Matosinhos manifesta o seu «total e amplo repúdio pelo ato ilegal e anti-estatutário que a Federação Distrital do Porto praticou ao aceitar como pagamento de quotas de 1.172 militantes (...) um único cheque no valor de 11.066 euros, emitido por um militante».
A missiva destaca que, segundo o regulamento partidário, o pagamento por cheque só pode ser feito «excecionalmente» na «respetiva secção que enviará a totalidade do montante à sede» e que no caso em apreço «o militante, emissor do cheque não é Secretário Coordenador nem faz parte de qualquer estrutura do partido».
Segundo o presidente do PS/Matosinhos, Ernesto Páscoa, «foram violados os estatutos e o regulamento, não sendo válido este pagamento como pagamento de quotas, quando muito poderá ser considerado um donativo para o Partido Socialista».
A carta denuncia ainda que «na lista onde se descrimina os militantes de que são pagas as quotas constam pessoas já falecidas» e que «aparece em duplicado e triplicado a mesma quantia em vários militantes».
Também neste caso a concelhia considera que só «a primeira verba indicada na relação poderá ser considerada pagamento» e as restantes como donativos.
Acrescenta que «a federação aceitou, de ânimo leve, um cheque para pagamento de quotas de militantes que (...) devem ser alvo de expulsão».