«A claque dos capangas» segundo Mário Soares, na
missa de entrada de D. Manuel Clemente como Patriarca de Lisboa,
Mosteiro dos Jerónimos, 7-7-2013
(instantâneo meu da transmissão da RTP-1) - clique na imagem para aumentar
Mário Soares publicou hoje, 9-7-2013, no DN, numa crónica intitulada «Uma semana que desacreditou o País», um ataque indigno ao novo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, por ocasião da missa de entrada na diocese, no Mosteiro dos Jerónimos, no domingo, 7-7-2013. Refuto com os factos, a partir da transmissão da RTP-1, e depois comento. Mas antes, transcrevo o excerto integral da crónica de Mário Soares.missa de entrada de D. Manuel Clemente como Patriarca de Lisboa,
Mosteiro dos Jerónimos, 7-7-2013
(instantâneo meu da transmissão da RTP-1) - clique na imagem para aumentar
«2- Temos esperança no novo Patriarca?
No último domingo, realizou-se a primeira missa de D. Manuel Clemente, atual patriarca, no Mosteiro dos Jerónimos. Havia a esperança de ser um novo impulso para a Igreja portuguesa, muito mais aberta do que a espanhola e mais próxima do pensamento do novo Papa Francisco.
Mas não foi. A missa, instrumentalizada pelo Governo moribundo que temos, tornou-se uma vergonha inaceitável. A presença do Presidente da República, nada discreta, de Passos Coelho e de Paulo Portas e mais a claque dos capangas que lá puseram para bater palmas aos políticos presentes resultou num escândalo. Nenhum católico verdadeiro pode aceitar uma tal humilhação a que sujeitaram o patriarca, que, julgo, não a merecia. Mas a verdade é que não reagiu e pelo contrário parecia satisfeito, como se viu na televisão.
Se a Igreja não deve intrometer-se na política, a verdade é que os políticos também não devem aproveitar-se da Igreja para fazerem propaganda. Teremos voltado ao tempo triste do fascismo?
Foi o que aconteceu, sem que o senhor patriarca tivesse reagido minimamente. Começou muito mal com a sua primeira missa. Direi mesmo que foi uma vergonha que infelizmente o vai marcar negativamente perante os católicos sinceros e progressistas, sem falar dos leigos, como eu, que se lembram bem dos tempos em que o fascismo utilizava a religião...
Não sei agora como é que o senhor patriarca vai falar dos desempregados e dos pobres, quando deixou que os responsáveis por essa desgraça nacional fossem aplaudidos nessa primeira missa, obviamente organizada pelos políticos, como está à vista, quando são vaiados sempre que se atrevem a aparecer na rua.
É óbvio que uma Igreja como o Mosteiro dos Jerónimos é um local sagrado. Não se compreende assim que o novo patriarca, que é uma pessoa culta e experiente, deixasse que os políticos presentes fossem aplaudidos sem que ele, patriarca, lhes lembrasse que a Igreja onde estavam é um lugar sagrado, não é um lugar próprio para esse tipo de manifestações políticas. Começou mal, muito mal, as suas novas funções, como o povo católico mais humilde vai compreender.» (Realce meu).
Com base no visionamento da transmissão da RTP-1, faço uma síntese cronológica da chegada de personalidades à porta sul (lateral) do Mosteiro dos Jerónimos, para a missa solene de entrada do novo Patriarca de Lisboa, em, 7-7-2013, para demonstrar que D. Manuel Clemente, não tem a culpa de que Mário Soares o acusa:
- 15:26: Maria Barroso, mulher de Mário Soares chega aos Jerónimos e dá uma pequena entrevista à RTP-1 na qual diz: «Gosto muito do nosso novo Cardeal (sic). Tenho por ele grande consideração. Penso que (...) está um pouco na mesma linha do Papa que temos agora».
- 15:27: Paulo Portas, acompanhado de Pedro Mota Soares, chega e entra na igreja. Não foi aplaudido.
- 15:40: D. Manuel Clemente entra nos Jerónimos, recebe as palmas de boas-vindas da generalidade assembleia reunida para o acolher na diocese. A caminho do altar, cumprimenta Maria Barroso, Portas e Mota Soares e recebe um abraço do socialista gutérrico Guilherme d'Oliveira Martins. Após um breve momento de oração, caminha para a sacristia para se paramentar.
- 15:48: Pedro Passos Coelho chega sozinho e quando entra na Igreja recebe palmas de alguém, aparentemente do setor de populares do lado esquerdo da entrada, às quais adere espontaneamente parte da assembleia. O aplauso não foi generalizado, nem retumbante, nem prolongado. E os populares não se puseram de pé - já estavam, devido à falta de bancos e de espaço -, enquanto parte dos convidados puseram-se de pé à entrada dos dirigentes do Estado, numa atitude de respeito protocolar. O aplauso não parece ter tido origem no largo setor dos convidados, que tinham lugar marcado e assento, nem no setor dos escuteiros (do lado direito da entrada). Note-se que os Jerónimos não são uma igreja muito grande, que os lugares sentados, nos bancos corridos, tinham sido reservados para muitos convidados oficiais, que o setor direito da entrada sul estavam os escuteiros, e que o povo se distribuía, de pé, pelo espaço esquerdo dessa entrada, e atrás dos bancos. Nas imagens percebe-se que grande parte dos convidados mantém a solenidade e não aplaude. Mesmo assim, Passos Coelho parece ter-se alegrado contente com o aplauso inesperado.
- 15:50: Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, entra na igreja, recebendo também alguns aplausos, mas menos do que o primeiro-ministro.
- 15:54: o presidente Cavaco Silva, e sua mulher, são recebidos pelos bispos auxiliares D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás que os vão conduzir aos lugares. Cavaco Silva e sua mulher recebem o aplauso espontâneo que parece ter-se iniciado no referido setor de populares, constituído principalmente por senhoras com aparência humilde, junto à entrada, além de irmãs de uma congregação religiosa. O aplauso é mais sonoro, mais estridente nesse setor e num ou noutro convidado (um deles parece ser Alexandre Soares dos Santos), mais generalizado (mas não de toda a igreja). Ao modo feio da realeza espanhola, atrás de Cavaco (!) vem a filha Patrícia e o genro, o homem de negócios Luís Montez, com um dos quatro filhos do casal.
- 15:59: o enorme cortejo eucarístico penetra na igreja pelas 15:59, constituído por padres, bispos e acólitos e vai caminhado vagarosamente para o altar-mor. Enquanto os clérigos se dirigiam para o altar e se acomodavam, a RTP-1 meteu no meio da transmissão a bucha de um programa humorístico!...
- 16:30: D. Manuel começa a missa.
- «A claque dos capangas» - expressão essa sim vergonhosa de Soares dirigida contra católicos - parece ter sido afinal alguém que espontaneamente - e desenquadrado do preceito eucarístico - aplaudiu o primeiro-ministro no setor popular da assembleia onde se encontravam senhoras cristãs com aspeto humilde, que anteriormente já tinha aplaudido a entrada de D. Manuel Clemente, como a transmissão da RTP-1 permite perceber (e a foto acima situa). Entendo as inauditas palmas a Passos, de alguma admiradora popular mais fervorosa, que suscitaram as demais, e depois as outras a Cavaco, como reflexo condicionado, após o precedente do aplauso ao novo Patriarca. Quem queira interpretar melhor esses aplausos leia a «Psicologia das multidões», de Gustave le Bon (1895). Não gosto do aplauso na missa a políticos, mas não julgo quem o fez, muito menos os inclua numa claque contratada e infiltrada. Não estive na cerimónia, falei com quem lá esteve e fui ver a transmissão televisiva com atenção: não vi indício de «Green Helmet» algum...
- Mário Soares disse na crónica de hoje, quatro vezes (!), que o Patriarca D. Manuel Clemente «deixou» que os políticos fossem aplaudidos na celebração sem reagir. É falso. O novo Patriarca, em entrevista à RTP-1 (à aggiornata Fátima Campos Ferreira), nesta noite de 9 de julho de 2013, explicou que não ouviu os aplausos aos políticos porque a essa hora estava na sacristia a paramentar-se para a missa solene. E, com base na transmissão da RTP-1 da missa, prova-se que desde as 15:42 até bem depois das 16 horas D. Manuel não estava na igreja, mas na sacristia. Será que sua mulher, Maria Barroso, que esteve presente, não lhe contou?...
- Na edição desta semana da sua coluna no DN, Mário Soares propala uma falsidade, atribuindo ao novo Patriarca a responsabilidade por algo incomum - o aplauso numa igreja - e não ter reagido. Ora, D. Manuel Clemente não tinha maneira de prevenir algo absolutamente invulgar e menos ainda de reagir, durante a missa, a algo que não podia saber ter acontecido. Mas mesmo que estivesse na igreja durante o aplauso, a missa não é o programa Prós e Contras de Fátima Campos Ferreira, onde o celebrante censure, como a jornalista, o povo por bater palmas de apoio a uma das fações em debate. As palmas não são preceito - quiçá para os celebrantes de bodas de prata e de ouro de algum casal da terra -, mas não se podem evitar.
- A coluna de Soares no DN é sintomaticamente chamada de «O tempo e a memória». Porém, o tempo já não é o dele e a memória parece afetada pela decadência intelectual, evidente na frequente troca de nomes e conceitos, na voz entaramelada, no olhar mortiço. Soares sempre teve uma memória seletiva: queixa de uns atos e, bem lembrado, esquece outros factos. Soares radicaliza para ganhar espaço, mas apenas escorrega.
- Soares não é cristão e não acredita em Deus. Na sua expressão eleitoral numa entrevista televisiva, numa fórmula coitadinha, dizia (e cito de memória), «não tive essa graça»... Todavia, costumava respeitar a Igreja, em vez de dividir insultuosamente os católicos em «sinceros e progressistas» e «verdadeiros» e os outros que, na linha de interpretação, serão hipócritas e conservadores e falsos...
- Soares não deveria envolver a Igreja no seu delírio final, associando-a na atualidade malevolamente ao «fascismo», tentando condicionar a ação do novo Patriarca com uma acusação de envolvimento na promoção de políticos da direita. Fá-lo porque, apesar de tudo, tem o resquício de lucidez de perceber que com a entronização de D. Manuel como Patriarca de Lisboa, e a sua eleição como Presidente da Conferência Episcopal, se cinde o cordão umbilical com o Partido Socialista, e com ele próprio, desde a proteção tática dos tempos revolucionários, à aliança política tácita e que culminou, já sem ele, no consentimento mudo do radicalismo socratino. A Igreja será independente, na voz e na ação, do liberalismo socialista dos costumes, na prédica e nas instituições de influência do poder, como a Rádio Renascença e a Universidade Católica - ou não será, mãe e mestra de vida.
- Foi a apreensiva esquerda socialista anticristã, de natureza maçónica, que procurou primeiro aproximar-se, há vários anos, de D. Manuel Clemente quando compreendeu que ele se tornou, no Porto, a figura mais influente da Igreja em Portugal e o provável futuro Patriarca. Então, convinha estabelecer pontes prévias para funcionarem quando a inevitável viragem da hierarquia tivesse consequência política face às políticas liberais nos costumes e à paraditadura corrupta instituída. A direita caciqueira reagiu tarde em má hora ao novo fenómeno: concentrada taticamente nas comissões dos negócios nem se preocupa com os movimentos estratégicos. A transmissão pomposa da governamental RTP-1 da missa de 7-7-2013 é uma tentativa atabalhoada de cativação de boa vontade e pré-apaziguamento face a uma situação social explosiva e a um discurso consistente, há muito, de D. Manuel na linha do Papa Francisco. Mas não se acuse a Igreja da tentativa desesperada de instrumentalização feita por um poder moribundo. A Igreja não será cúmplice com a corrupção de Estado em vigor pleno, nem se calará perante a irresponsabilidade de políticos jóticos e de um presidente também decadente. Contudo, nesta cerimónia cristã, o beijo no anel do Patriarca por um compungido Paulo Portas tem o contraponto do abraço iscariótico urbi et orbi do socialista Guilherme de Oliveira Martins. Como a atitude neopia do relativista comentador residente da Renascença (?) Pedro Silva Pereira é a outra face suja de um partido que promoveu uma das agendas mais anticristãs do mundo ocidental durante a noite doida do socratismo.
Importa manter o rumo e não ceder a provocações. A nova Igreja portuguesa pode ser uma importante fonte de responsabilização política do poder corrupto e débil.
Atualização: este poste foi atualizado às 15:53 de 13-7-2013.
Mário Soares, este impostor, filho de padre despadrado, agora armado em portavoz dos "católicos verdadeiros", dos "católicos sinceros"… Só faltava essa!
ResponderEliminarHaja vergonha, seu malandro. Desapareça!
O anafado barão de Nafarros preocupado com os "desempregados e os pobres"!
ResponderEliminarHoje em dia a hipocrisia já não mata ninguém!
Quanto mais corruptos e devassos mais em pânico estão.Especialmente os que abusam de crianças.
ResponderEliminarEste pais governado desde 1975 por esta cambada toda tornou-se um país impossível de se viver com tanto ladrão nos lemes da governaçao
ResponderEliminarObviamente que é um HIPÓCRITA. Um privilegiado da Republica, com benesses e reformas de luxo, fundações com dinheiro que não é dele, etc. é decididamente um hipócrita. Ataca tudo e todos, com o slogan de esquerda, mas no final é só explicar o livro de Rui MATEUS, o fax de Macau, etc.
ResponderEliminar“No meio de tantas e tão repetidas revoluções, como aquelas por que o partido exaltado tem feito passar o país, revoluções para que o sistema constitucional com tanta facilidade se presta, não admira que o amor da liberdade tenha efectivamente esfriado no peito daqueles mesmos, que com tamanho entusiasmo por ela se pronunciaram noutro tempo ; mas o que muito admira é que no meio destas lutas civis, tanto se tenha feito sentir a falta de homens eminentes para os altos cargos do Estado, falta que tem sido talvez um dos mais funestos males, que tanto nos hão perseguido” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 16).
ResponderEliminarObrigado pelo reconto. É tão bom quanto raro assistir a factos desmontarem argumentos.
ResponderEliminar“É esta a justa consequência do modo por que entre nós se tem subido a eles, quer na carreira civil, quer na militar, porque em vez do mérito e da virtude seram os títulos por que se deviam alcançar no sistema constitucional, como tanto se apregoava antes da sua existência entre nós, é pela fraude e pelos clubes (onde muitas vezes se atraiçoa a pátria, a honra e os amigos), que temos visto elevarem-se não poucos contemporâneos, para os quais só se devia olhar com indignação e desprezo” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 16).
ResponderEliminar“Sem distinção entre bons e maus cidadãos, o facto é que as sumidades da carreira pública mais se têm visto nas mãos destes do que nas daqueles, donde vem que as ambições criminosas têm tomado por norma corromperem tudo, não olhando aos meios para conseguir os fins. É assim que se têm apoderado de todas as recompensas, que só pertenciam ao mérito e à virtude” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 17).
ResponderEliminarO Dr. Soares é especialista em "vergonhas". Basta recordar o resultado das últimas eleições presidenciais em que participou.
ResponderEliminarDeveria seguir o exemplo de Bento XVI e resignar.
“Eminentes nas intrigas dos clubes, e nas agitações das facções, despidos de alcance político, sem tacto administrativo, e de mediocres talentos práticos, prezando pouco a virtude, e nada o patriotismo, eis a pintura fiel de muitos dos homens que as nossas lutas civis têm feito subir ao poder” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 17).
ResponderEliminar“Que as asserções feitas são verdadeiras, quanto à falta de homens eminentes na carreira civil e de administração, prova-se quando se olha para as obras que deles se têm visto, e portanto para o modo por que têm gerido os negócios públicos, para as revoluções de que têm sido causa, e para o lamentável estado em que têm posto o país, cuja desorganização em todos os ramos do serviço público é de tal magnitude, que se o grande empenho dos nossos modernos estadistas fosse o arruinarem Portugal a todos os respeitos, e em todos os sentidos, não o fariam melhor em menos tempo, nem com mais apropriado sistema” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 17).
ResponderEliminar“Almas sem elevação e sem remorsos, a tudo se abalançam, contanto que os seus intentos se não malogrem e as suas conveniências se não prejudiquem. Cada chefe de partido quase que se pode reputar como um centro de corrupção, em volta do qual se agrupam por meio dos clubes, ou associações secretas, todos aqueles indivíduos cuja regra é não escrupulizarem os meios, uma vez que obtenham os fins” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 27).
ResponderEliminar“Desvanecendo as paixões dos seus associados, e animando-lhes as suas aspirações ambiciosas, por este meio os sugeitam aos seus caprichos, e os levam à execução dos seus planos. A uns se dá o papel de caluniadores, a outros o de falsários para depôrem o que lhes convém, e a todos os de conspiradores conta a moral, as leis e a autoridade. Com tais escolas e tais mestres não pode haver virtude civil ou religiosa, nem a ordem pública manter-se inalterável. Frequentadas por uma mocidade imprudente e dominada geralmente só pelos desejos de uma colocação vantajosa, não há consideração divina, nem humana, que lhe possa merecer respeito, nem demovê-la dos seus intentos” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 27).
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ResponderEliminar“Conseguintemente os clubes, ou associações secretas, são uma das pragas que contra si têm os governos constitucionais, como instrumentos de que os ambiciosos se servem para conseguirem os seus fins. Por auxílio deles se põem em campo todos esses enredos e intrigas que nada mais tem por alvo do que a satisfação de particulares interesses. É por meio desses enredos e intrigas que também por outro lado se arrasta o governo a actos indignos, por isso que o governo desgraçadamente se serve de tais sociedades para subir e se conservar no poder” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 27).
"Para se obter um triunfo eleitoral todos os meios são lícitos, por mais indecorosos e imorais que sejam, não duvidando recorrer a eles tanto o governo, como os candidatos a uma cadeira parlamentar. Promessas de empregos, condecorações e dinheiro, íntimas alianças de corruptos e corruptores, protecção aos imorais e facínoras, ofertas de protecções e bons ofícios, e finalmente baixezas e indignidades de toda a ordem, eis a pintura fiel de uma época eleitoral" (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 43).
ResponderEliminar“Vencidas as elições, segue-se a paga dos mercenários, ou daqueles que com a consciência venderam a pátria, a honra e os amigos. É então que o ministério, ou directamente por si, ou solicitado pelos seus candidatos, dá os títulos, as condecorações e os empregos, apropriando-os á corrupção dos agraciados, ao passo que por outro vai destituindo os que lhe não deram apoio, e eficaz apoio, embora votassem segundo a sua opinião e consciência. Assim obtêm as honras e os empregos públicos homens indignos, ordinariamente faltos dos mais indispensáveis quesitos para adequadamente os exercerem” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 45).
ResponderEliminar“Fantasiando sempre esses governos novas criações de empregos, com novas verbas de despesa, para arrumo da sua clientela partidária, reunem com este mal o conservarem sempre todos os abusos e dissipações anteriores. Pela sua parte, a maioria da nação, abraçando a doutrina dos factos consumados, a estes se tem sujeitado, e por estes tem sido arrastada ao capricho revolucionário dos que, por meio de agitações e motins, tem passado de pobres, e pouco ou nada prestigiosos, ao cumulo do poder, do fausto e da grandeza. Esta repentina elevação de uns faz abrir carreira e seguir o exemplo destes a outros, que, nada tendo que perder, tudo se expõem a ganhar por semelhante maneira, sem lhes importar coisa alguma com a moralidade ou imoralidade do acto” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 24).
ResponderEliminarProf. Balbino Caldeira,
ResponderEliminarTeremos que suportar a ignomínia. Não temos outro remédio. Ainda que, com toda a resistência e capacidade de combate possível. Indignidade, NUNCA.
Soares não transporta nada de novo. Soares de "Somos um Partido Marxista". Soares amigo do Embaixador Carlucci, nos idos de 1975. Soares, companheiro de Cunhal no regresso depois da queda do Regime. Soares, ex-militante do Partido Comunista Português. Soares, Presidente da Fundação Mário Soares. Soares, amigo de Miterrand, de Craxi, de Robert Maxwell, de Savimbi e de tantos outros amigos de negócios de ocasião.
Qual é a novidade que Soares nos transporta agora? Nenhuma. Aliás, Soares teve a resposta dos portugueses nas últimas eleições presidenciais a que concorreu. Soares só não está morto politicamente, porque os amigos de circunstancia de negócios, como Balsemão, dá-lhe jeito enquadrar o Velho para manter a chama de um Regime DECADENTE.
Soares, mesmo com a sua morte, JAMAIS terá o papel de Mandela na África do Sul. Soares é RICO. Soares é ARROGANTE. Soares é PREPOTENTE. Sempre foi assim. Só que Soares sempre sobre MANIPULAR. A manipulação está a chegar ao fim.
Desejar-lhe a morte? Para quê? Ele já está morto politicamente. Só com a sua morte, o socialismo ganhará um pouco de folego, com o avivar da velha memória. Fora isso, passados 6 meses da sua morte, lá irá o Costa abrir uma nova Avenida junto à Azinhaga das Galhardas, tal como fez com Álvaro Barreirinhas Cunhal.
Soares está MORTO politicamente. O Regime que Soares criou e que Cavaco executou, está MORIBUNDO. Este é que é o grande problema, o que virá a seguir a este REGIME filho das subvenções da Fundação Friedrich Ebert?
“O vizinho, que por meio destas revoltas viu o seu pobre e humilde vizinho alcançar um auge de grandeza, de elevação e valimento, que a todos causa, além de espanto, ciume, dominado por paixões iguais, abalança-se a uma carreira, em que sem o emprego de capitais, muitas vezes sem mérito, e até sem a espera mortificante de longo espaço de tempo, tão facilmente se chega a omnipotente e a rico. Alistar-se pois num partido político, filiar-se nos seus respectivos clubes e mostrar neles ousadia e atrevimento, eis todo o segredo revolucionário para se alcançar uma posição vantajosa e cómoda nos governos liberais à custa dos contribuintes, particularmente se àquelas qualidades se reune um espírito de desordem e de anarquia, quebrantador da moral e das leis. Nenhum homem de ambição deixa jamais de abraçar esta tão fácil carreira, onde nenhum chefe de partido deixa também sem galardão semelhantes qualidades” ” (Simão José da Luz Soriano, “Utopias desmascaradas do sistema liberal em Portugal, ou Epítome do que entre nós tem sido este sistema”, Lisboa, 1858, p. 25).
ResponderEliminarhttp://contrapoder.info/desmontando-o-sistema-a-fundacao-friedrich-ebert/
ResponderEliminarA Fundação Friedrich Ebert deve o seu nome ao social-democrata Friedrich Ebert, membro da ala direita do Partido Social-Democrata Alemão (SPD) e, desde 1913, o seu presidente. Naquela altura, o SPD nada tinha já a ver com a social-democracia do s. XIX, e tinha já ultrapassado os debates que o próprio partido vivera anos atrás entre os e as reformistas encabeçados por Eduard Bernstein e facção revolucionária liderada por Rosa Luxemburgo, que terminaram abandonando o SPD para fundarem o Partido Comunista Alemão (KPD). Para entender a linha política da Fundação Friedrich Ebert, é necessário compreender a linha abertamente contra-revolucionária do SPD antes e depois da Segunda Guerra Mundial no que diz a respeito das questões de classe.
Quando, em 1933 os nazistas chegaram ao poder, o SPD tentou manter-se na legalidade com uma oportunista expulsão dos judeus das suas fileiras e com um alinhamento ainda mais radical e obsceno nas teses da ultradireita. Mas não foi suficiente: o partido foi proibido junto com os sindicatos que já começava naquela altura a controlar, e os seus dirigentes foram presos. A ilegalização e a perseguição do SPD, porém, nada teve a ver com a sua política económica, que jogou sempre em favor da grande burguesia industrial alemã, mas com a exigência do controlo total polo regime nazista.
Após o fim do nazismo na Alemanha, o SPD, ré-legalizado, valorizou o papel de Ebert naqueles anos de forma positiva, reabilitando a figura do seu líder e estabelecendo assim um discurso histórico em que o SPD aparecia como o principal agente contra a bolchevização da Alemanha e no que o ascenso do nazismo tinha sido um dano colateral —em qualquer caso, menor do que o que poderia ter-se produzido num cenário de chegada ao poder dos comunistas—; um discurso que permitia ligar diretamente o período da República de Weimar com a República Federal Alemã (RFA) estabelecida após a 1945 frente à República Democrática Alemã. É nesse contexto de polarização entre o oeste capitalista e o leste socialista que, em 1947, o SPD reativa a Fundação Friedrich Ebert. Na nova jeira, entre os seus objetivos expressos figuram: educar politicamente os homens de todas as origens e ajudar os estudantes mais destacados, alemães ou estrangeiros a se transformarem nos líderes do futuro social-democrata. O peso da formação política torna-se assim o centro de gravidade da fundação, o que se verifica em forma de seminários, bolsas de estudos e publicações acordes com a sua ideologia.
Está tudo dito, ou seja, "Nihil novum sub sole".
ResponderEliminarhttp://contrapoder.info/desmontando-o-sistema-a-fundacao-friedrich-ebert/
ResponderEliminarO papel da Fundação Freidrich Ebert, neste sistema, foi e continua a ser o de convencer a classe trabalhadora de que o sistema capitalista é o melhor sistema possível. Por isso não estranha que o principal interlocutor da FES não seja o SPD, mas a Confederação de Sindicatos Alemães; nem que o seu Kuratorium (direção) esteja formado por representantes das grandes corporações industriais alemãs como Volkswagen, Hoesch, Krupp, o Bank für Gemeinwirtshaft (o banco dos sindicatos), etc. Como diz José Luis Fiori[1]: ” [...] Relembrando uma história conhecida: a social-democracia europeia abandonou a “utopia” socialista, depois da II Guerra Mundial, e só se converteu às teses e políticas keynesianas, no final da década de 1950. Mas, em seguida, a partir dos anos 1970, aderiu às novas teses e políticas neoliberais hegemônicas até o início do século XXI. E até hoje, na burocracia de Bruxelas, e dentro do Banco Central Europeu, são os social-democratas e os socialistas que em geral defendem com mais entusiasmo a ortodoxia macroeconômica e liberal.
Prof. Caldeira,
ResponderEliminarApreciei o seu texto. Em síntese, o Sr. Soares não representa nada de bom na democracia portuguesa. É uma pessoa que se poem em "bicos de pés" sem que ninguém o econheça ou peça.É um manipulador, usando a pequena intriga para se evidenciar.
Esta situação é mais uma.
Não aprecio a recente "moda" de se bater palmas a propósito (?!) e a despropósito de algo nos lugares de celebração eucarística. Não faz parte da nossa tradição. Gustave Le Bon fala dos agitadores na multidão e do seu papel e fala de facto que as multidões são irracionais. Custa a aceitar que alguém, naquele local sagrado, possa ser induzido para um comportamento descontextualizado despersonalizado. Claro não foi nenhum alegado capanga. Alguém se "excitou" com o contexto e levou outros atrás numa reacção, enquadrada sim, na multidão.
A título de curiosidade seria bom lembrar que as celebrações eucarísticas em determinadas zonas de Angola, Sul, demoram 2 e 3 horas, há palmas a acompanhar os cânticos e corpos que dançam num ambiente de "festa". Há palmas na celebração - espontâneas - quando algo na celebração "desperta" assembleia. Isso é Vida é Vivência é Tradição.
Relativamente à expectactiva sobre o desempenho do novo Patriaca, sou menos entusiasta. Dele não espero actos para além do previsível - Ortodoxia.
Lembrar que há uma névoa sobre a acusação de um bispo de alegado assédio sexual a um padre da sua ex-diocese.
A denuncia parece ter sido muito oportuna no tempo ( o tempo dos alegados assédios foram outros).
Os clérigos também são imperfeitos...
"Lembrar que há uma névoa sobre a acusação de um bispo de alegado assédio sexual a um padre da sua ex-diocese.
ResponderEliminarA denuncia parece ter sido muito oportuna no tempo ( o tempo dos alegados assédios foram outros).
Os clérigos também são imperfeitos..."
Que confusão! O que é que isto quer dizer?
Fale claro, que toda gente entende.
Quem é o bispo? Acusa ou é acusado?
Já não será D. Carlos Azevedo?
Então quem?
Desembuche.
Dr. M.ário Soares à alguns meses sugeri ao Sr. de encontrar uma boa casa de repouso e se deixar lá ficar a escrever as suas memórias, mas por favor não minta, a história se encarregará de falar de si, e certamente não irá dizer grande coisa, pois que foi o sr. que deu inicio ao circulo vicioso, que levou o país à situação em que hoje nos encontramos, o povo à muito que foi vencido.
ResponderEliminarSoares como é um não-crente, acredita que as minhocas tomarão conta dele. Por isso, o seu principal objectivo foca-se nas Avenidas Mário Soares que existirão por esse país fora. Só que em relação a Salazar, também existiram, até um dia. Com Soares, será idêntico. Claro que Soares quer também acautelar os interesses da famiglia, pois o pote está agora nas mãos dos outros, e como vão os amigos socialistas viver à tripa forra, sem o poder na mão? Portugal precisa de rapidamente limpar o estrume socialista, ou desaparecerá como nação independente.
ResponderEliminarA esposa do Alegrete. Só nos faltava mais este Conde de Águeda, cavaleiro e caçador profissional.
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/politica/noticia/a-primeira-missa-1599756
Nos últimos tempos poucos factos me causaram tão profunda incomodidade e indignação como a primeira missa do novo Patriarca de Lisboa.
Sei do desemprego, da pobreza e até da miséria que assolam o nosso país. Por isso mesmo.
O facto a que me refiro nada tem a ver com economia, dívida soberana, défice, taxas de juro. Tem somente a ver com a Igreja e o Poder. Nada mais. Se aquela transmissão televisiva não fosse a cores eu pensaria que se tratava de um documentário do tempo de Salazar/Cerejeira/Marcelo/António Ribeiro (hesito em associar este último àquele trio...).
Embora “herdeira” de uma profunda educação católica, não sou praticante, mas oriento a minha vida por ideais cristãos e essa é a razão da minha indignação. Não posso pensar em nada que esteja em maior contradição com a mensagem do Papa Francisco.
Poder e Igreja juntos, aplaudindo-se mutuamente, dentro da igreja, simbolizando uma união onde o Povo não cabe.
Porque, de facto, o povo não estava lá, nem o povo cristão, ao contrário do que alguns nos quiseram fazer crer. Estariam representadas as paróquias, ou as instituições católicas que dia-a-dia combatem a miséria criada pelo Poder que foi aplaudir o novo Patriarca?
Mau começo, este. Numa época de grande privação para o Povo Português, católico ou não, esperava-se do novo Patriarca outro sinal, um sinal de solidariedade com quem sofre e não de tão grande proximidade com os poderosos.
Reformada da Função Pública. Ex-subdirectora-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros
DOM NUNO
ResponderEliminarMuito Obrigado pelos textos que transcreve do grande LUZ SORIANO.
Eles claramente evidenciam uma característica muito peculiar a muitos dos portugueses: pelo dinheiro, pelo poder, pelas honrarias, fazem tudo até TRAIR A PÁTRIA, supremo crime!
A introdução do Liberalismo e das sociedades secretas no nosso território, só veio facilitar e explicitar aquele péssimo traço de muitos dos nossos hipócritas compatriotas.
Portugal, a continuar assim, com este este comportamento imoral e indigno, tal como um corpo canceroso, vai sendo consumido por interesses particulares que têm pouco a ver com o BEM COMUM, e perto está o dia em que nada restará.
Resumindo: os maiores inimigos de Portugal são portugueses.
Que fazer?
O Sarolho Sócretino,farsante profissional, anda à procura do crédito que perdeu para sempre.Vai fazer companhia ao Don Máfio para o Prado do Eterno Repouso!Ou vender brioches ao Costa para Paris!O Diário da treta paga...
ResponderEliminarmas tais políticos merecem palmas?
ResponderEliminaruns mentirosos, desonestos, açambarcadores de privilégios e nomeações de boys por quanto é sítio, tais uns sugadores do povo?,
per caso coelho e o cavaco, com portas, relvas e c.a são dignos de palmas, a sério, por algum decente e válido motivo?...
mas ora então essa festa com o clemente e bando acólito, com o António a menino de coro mais todos os beatos, centrais mânfios, pá, é cá de um mau gosto e abuso à antiga...
Que fazer?
ResponderEliminarGritar a verdade, como fez, no seu tempo, Luz Soriano.
Tirar as máscaras aos patifes.
Cumprir, custe o que custar, o seu dever, com fidelidade, com abnegação.
Pedir a Deus que tenha compaixão de nós.
No fim, Ele acabará por deitar sobre nós olhos de misericórdia, porque, afinal, esta santa terra de Portugal é toda d'Ele, e de sua Mâe, regada pelo suor e pelo sangue de gerações e gerações de heróis e de santos.
Caro Professor, só um reparo:
ResponderEliminarGuilherme d'Oliveira Martins não só é católico (no encontro com o Mundo da Cultura, com Bento XVI, no CCB, em 2010, era um dos presentes em palco), como é amigo pessoal de D.Manuel Clemente. Não merecia esse destrato.
No mais subscrevo.
Cumprimentos.
Cavaco decidiu mexer-se. Até que enfim. Vai pôr a partidarite à beira de um ataque de nervos.
ResponderEliminarSabujo do Soares,fretista do Franco que deu a cara pelo pior Ferrugento da Casa Pia,equilibrista do piorio do Bloco Central,de Contas mal amanhadas e vergonha para o seu ilustre antepassado,o Martins é mais uma daquelas toupeiras Xuxas que disfarça batendo no peito nas sacristias.Nada pior para a Igreja do que estes vendilhões do templo sempre prontos a tudo venderem para singrarem na vidinha.O tempo da colaboração e dos colaboracionistas passou...estão hoje nus como vermes à frente de todos nós.
ResponderEliminarGuilherme d'Oliveira Martins, em vez de se dedicar a tanta causa da cultura, se se dedicasse mais à causa das contas nacionais, seria mais útil e não teríamos cartamente tantas PPP's a desgraçar as contas do Estado...
ResponderEliminarMário Soares devia ter vergonha de ter gasto tanto dinheiro do erário público, com tantas viagens que fez e tanta benesse que mantém com Fundações e mordomias
ResponderEliminarMas como não tem vergonha...
Mário, porque no te callas?
Quem quer incluir a todo o custo o PS-Partido dos Salteadores numa solução só está a querer criar um futuro Governo Central de Afundação Nacional. É isto que Cavaco quer?Se é, não é seguramente aquilo que querem os patriotas portugueses para quem Salvação nacional exige necessáriamente uma regeneração nacional anti-corrupção e anti-socialista.
ResponderEliminarSOU UMA GRANDE PARTE DO PROBLEMA.ASSIM SENDO NÃO POSSO FAZER PARTE DE NENHUMA SOLUÇÃO.VOU PEDIR AJUDA AO BLOCO E AO PC PARA ME FAZEREM COMPANHIA.
ResponderEliminarCavaco não é coisa boa. Nós sabemos. Cavaco é arrogante. Cavaco é e foi incompetente. Contudo, Cavaco, de vez em quando, acerta. Ontem acertou em cheio no Jotismo. Portas, o grande tacticista, quilhou-se. Passos, o equilibrista Jota, que anda a pactuar com todos os interesses, desde o Salgado até aos Motas, foi metido num bolso. O outro Jota Inseguro, ficou emparedado, pois terá as suas eleições, mas até lá, tem que DESPEDIR funcionários públicos e baixar pensões. Claro que todos vão ficar à bulha, e o de Boliqueime também sai chamuscado. Repete-se a boa da I República. Mais um episódio do fim do chamado "actual regime democrático (com letra minúscula).
ResponderEliminarPortugal acabou. Graças a Deus e graças aos tugas.