Cresce a onda para uma viragem da política europeia da moeda alta/austeridade para moeda baixa/quantitative easing. Veja-se a maior liberdade do presidente francês, em Tóquio, em 7-6-2013, refém da proteção alemã para manter juro baixo na dívida pública, em ousar criticar a sacro-germânica política moeda alta e controlo monetário estrito, a que a Comissão Europeia, para além do Banco Central Europeu, tem estado presa. E na própria Alemanha, as sondagens indicavam no final de maio de 2013, uma ligeira maioria de esquerda: a CDU/CSU cresce, mas à conta do seu parceiro de coligação FDP...
A promessa da nova teoria milagrosa do quantitative easing é a depreciação cambial competitiva com redução da dívida pública através da criação eletrónica de moeda. Uma política que tem sido praticada pelos EUA de Bernanke/Obama e agora também pelo Japão, de Shinzo Abe. No quantitative easing, o Estado cria moeda para comprar aos investidores os títulos de dívida que ele próprio emite, reduzindo a dívida pública artificialmente e, como lança mais moeda para circulação deprecia o seu valor face às outras, melhorando a balança comercial. Num ambiente de penúria de empresas e das famílias, atascadas em dívidas, e devido à procura de títulos em dólares e noutras moedas fortes noutras partes do mundo, o quantitative easing não tem, por enquanto, provocado um aumento significativo da inflação nos EUA, no Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte ou no Japão (que se mantém abaixo dos 2,5%). Embora, seja espectável que no futuro próximo isso venha a ocorrer: não há almoços grátis com impressão de moeda.
Não creio na política monetarista-socialista do quantitative easing e prefiro o equilíbrio orçamental. Mas não parece haver alternativa na Europa à criação de moeda quando norte-americanos e japoneses depreciam as suas moedas para tornar as suas exportações mais baratas. A possibilidade de provocar uma descida do euro através da redução da taxa de juro do Banco Central Europeu não é viável, pois esta encontra-se no valor record de 0,5% (neste mês de junho de 2013) e muito pouco mais pode descer. Ora, a recuperação económica no velho continente só é possível se a zona Euro trouxer a sua moeda para um valor próximo da sua competitividade económica: o euro, como qualquer moeda, deve valer o que a economia da Europa vale. O euro não pode continuar a ser empolado pela política germânica, imposta a toda a Europa, de prioridade ao poder de compra dos alemães numa economia virtualmente em pleno emprego: em abril de 2013, 5,4% de taxa de desemprego geral e 7,5% de taxa de desemprego jovem na Alemanha - em comparação, no mesmo mês de abril de 2013, com os 27,2% de desemprego geral e 57,2% de desemprego jovem, em Espanha, ou, ainda no mesmo mês, em Portugal, 17,8% de desemprego geral e 42,5% de desemprego jovem!...
E assim chegamos à política nacional: o apóstolo nacional da política germânica de austeridade e moeda alta, o Dr. Vítor Gaspar, deve ser substituído no Ministério das Finanças. Porque não pode advogar uma política e logo a seguir, sem período de nojo, a sua contrária. Na verdade, essa política falhou em Portugal na economia e também nas finanças públicas. Creio até que não sucedeu porque não se atalhou a corrupção e se ergue uma austeridade iníqua: uma austeridade que os portugueses tolerariam desde que fosse rija com os poderosos, nomeadamente os beneficiários das parcerias público-privadas. Nesse capítulo, Gaspar até poderia começar no seu ministério substituindo a vista grossa do Observatório do QREN, mas decidiu nessa e noutras áreas que lhe competem, jamais afrontar a corrupção do País, para ganhar um salvo-conduto socialista - note-se a recusa em fornecer aos juízes dados, a que o seu Ministério tem acesso, sobre a utilização individual de cartões de crédito do Tesouro pelos governantes anteriores. Portanto, uma nova política precisa de um novo ministro das Finanças.
A promessa da nova teoria milagrosa do quantitative easing é a depreciação cambial competitiva com redução da dívida pública através da criação eletrónica de moeda. Uma política que tem sido praticada pelos EUA de Bernanke/Obama e agora também pelo Japão, de Shinzo Abe. No quantitative easing, o Estado cria moeda para comprar aos investidores os títulos de dívida que ele próprio emite, reduzindo a dívida pública artificialmente e, como lança mais moeda para circulação deprecia o seu valor face às outras, melhorando a balança comercial. Num ambiente de penúria de empresas e das famílias, atascadas em dívidas, e devido à procura de títulos em dólares e noutras moedas fortes noutras partes do mundo, o quantitative easing não tem, por enquanto, provocado um aumento significativo da inflação nos EUA, no Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte ou no Japão (que se mantém abaixo dos 2,5%). Embora, seja espectável que no futuro próximo isso venha a ocorrer: não há almoços grátis com impressão de moeda.
Não creio na política monetarista-socialista do quantitative easing e prefiro o equilíbrio orçamental. Mas não parece haver alternativa na Europa à criação de moeda quando norte-americanos e japoneses depreciam as suas moedas para tornar as suas exportações mais baratas. A possibilidade de provocar uma descida do euro através da redução da taxa de juro do Banco Central Europeu não é viável, pois esta encontra-se no valor record de 0,5% (neste mês de junho de 2013) e muito pouco mais pode descer. Ora, a recuperação económica no velho continente só é possível se a zona Euro trouxer a sua moeda para um valor próximo da sua competitividade económica: o euro, como qualquer moeda, deve valer o que a economia da Europa vale. O euro não pode continuar a ser empolado pela política germânica, imposta a toda a Europa, de prioridade ao poder de compra dos alemães numa economia virtualmente em pleno emprego: em abril de 2013, 5,4% de taxa de desemprego geral e 7,5% de taxa de desemprego jovem na Alemanha - em comparação, no mesmo mês de abril de 2013, com os 27,2% de desemprego geral e 57,2% de desemprego jovem, em Espanha, ou, ainda no mesmo mês, em Portugal, 17,8% de desemprego geral e 42,5% de desemprego jovem!...
E assim chegamos à política nacional: o apóstolo nacional da política germânica de austeridade e moeda alta, o Dr. Vítor Gaspar, deve ser substituído no Ministério das Finanças. Porque não pode advogar uma política e logo a seguir, sem período de nojo, a sua contrária. Na verdade, essa política falhou em Portugal na economia e também nas finanças públicas. Creio até que não sucedeu porque não se atalhou a corrupção e se ergue uma austeridade iníqua: uma austeridade que os portugueses tolerariam desde que fosse rija com os poderosos, nomeadamente os beneficiários das parcerias público-privadas. Nesse capítulo, Gaspar até poderia começar no seu ministério substituindo a vista grossa do Observatório do QREN, mas decidiu nessa e noutras áreas que lhe competem, jamais afrontar a corrupção do País, para ganhar um salvo-conduto socialista - note-se a recusa em fornecer aos juízes dados, a que o seu Ministério tem acesso, sobre a utilização individual de cartões de crédito do Tesouro pelos governantes anteriores. Portanto, uma nova política precisa de um novo ministro das Finanças.
" o apóstolo nacional da política germânica de austeridade e moeda alta, o Dr. Vítor Gaspar, deve ser substituído no Ministério das Finanças. Porque não pode advogar uma política e logo a seguir, sem período de nojo, a sua contrária"
ResponderEliminarNão?Porquê?
Implacável com os Portugueses,capacho dos Alemães,complacente com a corrupção de Estado,protector da corrupção socialista,coveiro da economia e das empresas portuguesas,incompetente nas previsões e arrogante nas suas graças sem graça,Gaspar é o paradigma do pior que produz o "sistema" montado pelas auto-intituladas elites portuguesas.Desacreditado e odiado pelos Portugueses não é solução para nada mas sim um enorme problema para tudo e todos.A solução é a sua demissão.Já!
ResponderEliminarNão é bem assim, Prof. Balbino Caldeira. Pois, a Alemanha e a China, têm um excedente comercial de mais de 15 milhões de euros, ainda que tendo uma moeda forte. Os EUA com o seu Quantitative Easing não melhararam em NADA a sua balança comercial.
ResponderEliminarA CDU na Alemanha, ganhará as eleições. Ou seja, Merkel será a próxima Chanceler, com o FDP ou com o SDP (o Partido Socialista da Alemanha).
Merkel reafirmou que a emissão de moeda não traz melhoria de competitividade. E não traz.
Os americanos estão em quantitative easing, mas estão a reduzir o déficit, porque a administração Obama está obrigada pelo Congresso, a não gastar mais em muitos departamentos do Estado.
A tentativa de Abe no Japão, levou a uma subida da Bolsa de Tóquio de mais de 50% em menos de 6 meses. Mas, entretanto a bolsa de tóquio caiu 17% em menos de 2 semanas. Ou seja, o Japáo está a atrair especuladores sem impacto económico.
Portugal que espere pela mudança dos alemães, pois arrisca-se a entrar numa miséria ainda maior.
Pois, a Alemanha e a China, têm um excedente comercial de mais de 15 mil milhões de euros.....por mês.
ResponderEliminarA mim só me resta rir.
ResponderEliminarEsta gente desmultiplica-se em soluções.
Alguma vez este país vai a lado algum com esta camarilha de parasitas da função pública e com tantos gangsters políticos e seus cúmplices na imprensa e Justiça?
Deixem de sonhar.nenhuma receita funciona sem uma limpeza.
o sr segolène não passa dum pedinte.
ResponderEliminara França vai continuar cada dia mais falida.
o comunista Napolitano foi em visita oficial ao Vaticano
"Alguma vez este país vai a lado algum com esta camarilha de parasitas da função pública e com tantos gangsters políticos e seus cúmplices na imprensa e Justiça?"
ResponderEliminarSem dúvida. Por isso, é que o traidor Freitas apareceu por aí a dizer que "voltámos a 1383-85, ou ao tempo dos Filipes".
Evidentemente, que jamais os portugueses vivos, voltarão a ser livres e independentes. Indignos e dependentes, será o futuro.
Como alguém por aí diz, mesmo com uma governação calamitosa, o socialismo de merda do Soares, não chega aos 40%. Mesmo com uma governação calamitosa, o PC não chega aos 15%.
Como disse Alexandre O'Neil, os portugueses estarão condenados "à vidinha". Um cafézito. Uma futebolada. A emigração. A lavoura. Não merecem mais do que isto.
Afinal, o Socialismo é que é bom. A crise acabou. Viva o socialismo.
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/a-crise-na-europa-acabou_171029.html
"A crise na Europa acabou"
O presidente francês, François Hollande, afirmou hoje que a crise da zona euro chegou ao fim.
"O que vocês, no Japão, têm de perceber é que a crise na Europa acabou. Acredito que a crise, ao invés de enfraquecer a zona euro, vai fortalecê-la. Agora, dispomos de todos os instrumentos de estabilidade e solidariedade. Houve uma melhoria na governação económica da zona euro, temos agora uma união bancária e regras orçamentais que nos permitirão estar melhor coordenados e ter uma medida de convergência", afirmou hoje François Hollande, no último dia de visita ao Japão.
O companheiro de casa de Vara, também acha que Portugal deve baixar as calças e entregar-se à Europa....
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/orgulhamonos-do-nosso-sistema-financeiro_171018.html
Francisco Bandeira, assessor da administração da CGD diz que há razões fortes a acreditar no sistema financeiro.
O assessor do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Francisco Bandeira disse hoje à agência Lusa, em Toronto, que "há razões fortes" para continuar a acreditar no sistema financeiro português.
"O mercado não está nem não esteve em causa, é seguro, os bancos estão bem capitalizados, são sólidos, uns mais do que outros, porque não há unanimidade e orgulhamo-nos do nosso sistema financeiro", acrescentou o responsável da CGD, durante as comemorações do segundo aniversário dos escritórios da entidade no Canadá.
Francisco Bandeira acrescentou que a solução para a crise terá de ser encontrada "no âmbito europeu". "Somos um país membro da Europa, de pleno direito, uma parte da crise é importada, não importa a percentagem, é num quadro da Europa que a resposta tem de ser encontrada", frisou.
O responsável pelo banco mostrou-se optimista pois com "mais ou menos dificuldades" o caminho "está traçado e vai ser percorrido".
"A Europa vai dar a resposta adequada e ajudar Portugal e os países que estão com dificuldades a encontrar o seu rumo e a ultrapassar esta crise", concluiu