Relativamente ao poste «Lista de membros do Grande Oriente Lusitano», de 1-9-2012, recebi do Dr. José António Barreiros, na caixa deste blogue, em 6 de setembro, o seguinte comentário que devo transcrever:
Com efeito, destaquei um conjunto de personalidades de maior destaque na lista, aos quais somei alguns nomes referidos publicamente como maçons, alguns deles tendo-o assumido. Todavia, embora tenha assumido corajosamente (como mencionei no poste a propósito do texto «Pedradas entre a pedreiragem», que publicou no seu blogue A Revolta das Palavras, em 6-1-2012), o Dr. José António Barreiros não consta deste rol seletivo de nomes filtrados de membros e lojas da maçonaria do Grande Oriente Lusitano (GOL). Eu devia ter assinalado especificamente isso, como fiz com outros que não constam da lista, embora tenham sido publicamente ligados ao GOL, e confirmando-o ou não o desmentindo: Nuno Magalhães, Germano de Sousa, Miguel Relvas, Carlos Carreiras, António Nunes, António Costa Pinto, José Adelino Maltez, Armando Vara, José Magalhães e Carlos Monjardino. Tratou-se de um erro, que fica agora corrigido e pelo qual peço desculpa ao Dr. José António Barreiros que é, além de advogado brilhante e combativo, um homem honesto e um patriota. O que nestes tempos de promiscuidade, faz toda a diferença.
É útil a apresentação de outras interpretações contrastantes, como é esta do Dr. José António Barreiros. A minha opinião sobre a Maçonaria é conhecida e tem sido exposta neste blogue: na perspetiva filosófica radica-se em «El Secreto Masónico Desvelado», de José Antonio Ullate Fabo, 2007; na perspetiva política contemporânea portuguesa foi desenvolvida, entre muitos outros, no meu poste de 9-12-2008, «A influência da Maçonaria na III República portuguesa». Portanto, sobrepujando o caráter antidemocrático (elitista e secreto) e desumano (a preferência dos irmãos sobre os demais), para lá de pranchas e lojas, o maior problema são, como diz o Dr. José António Barreiros, «os esgotos», que o terão levado a sair da organização. Um motivo e uma atitude que o classificam como um homem de bem. Um grande abraço.
«Boa noite. Permito-me comentar para esclarecer.
Com menção elogiosa à minha pessoa, que agradeço, sou dado como pertencente à Maçonaria no elenco em que os alegados membros estão classificados por profissões. Sucede que um leitor atento verificará que depois, na enumeração por lojas e na lista alfabética dos membros, não me encontro mencionado. Esta discrepância permitiria dar como possível a interpretação segundo a qual eu não teria integrado tal organização.
Como a verdade é um valor que prezo, aqui fica pela minha boca o seguinte: integrei em 1985 a Maçonaria dita irregular, pela Loja Estrela d'Alva [de cuja enumeração no post não consto, pois esta lista é também ela desactualizada], de onde saí, bem como um significativo grupo de outros membros, para integrar a Grande Loja Regular de Portugal. A razão teve a ver com o esperado carácter alegadamente espiritualista desta e na decorrência do que vivera em Macau. Por ter concluído que essa expectativa não era satisfeita abandonei definitivamente qualquer ligação semelhante em 1992.
Nunca neguei este momento do minha vida. Disse-o em várias ocasiões, quando foi feita uma revelação de nomes pelo defunto jornal "Independente" - então dirigido por Paulo Portas - e mais recentemente quando o mesmo sucedeu pela voz da revista Sábado. Afirmei-o detalhadamente numa "entrevista de vida" ao jornal Sol, o que me permito citar:
«Estive nas duas maçonarias, se assim se pode simplificar: primeiro no Grande Oriente Lusitano (GOL), depois na Grande Loja Regular de Portugal (GLRP). Julgava a maçonaria um clube filosófico, uma sociedade filantrópica. A certa altura, no GOL, começou a desenhar-se uma profanização, uma lógica ostensiva de tomada de poder, a tentar-se tornar a maçonaria num contraponto à Opus Dei, o que achei muito perigoso e com o que não tinha nada a ver. Rompi com o GOL porque em Macau vi onde estavam, cá e lá, muitos que se diziam maçons e de uma agremiação de `bons costumes’. Depois, surgiu a GLRP, com maior incidência nos valores filosóficos – mais ritualizada, aparentemente mais apta a ser uma via iniciática de enriquecimento simbólico. Mas os problemas vieram também ali na forma de escândalos públicos. Mas, note, há gente boa, generosa e séria na maçonaria, pessoas que tentam vivê-la como uma mística laica, ou como uma forma de esoterismo gnóstico, como um instrumento de socorro social, a par de outros para quem aquilo é uma central de interesses, empregos e negócios.»
No volumoso livro "Os Espanhóis em Portugal", da autoria de José Freire Antunes sou várias vezes citado nessa qualidade pela minha própria voz, comentando a influência real e a imaginada da maçonaria em Portugal.
Aqui fica a verdade de um passado que vivi com a decência da busca de valores nobres e do qual nenhum benefício pessoal tirei. Quanto à regra «uma vez maçon, maçon sempre», vale o que valer o carácter indeclinável do Baptismo para os católicos, com uma diferença: este é um sacramento irresolúvel e que prescinde da livre escolha do baptizado, a filiação maçónica é um acto livre e livremente revogável pelo "atestado de quite". Comigo não há pendências. Grato, pois, meu caro Balbino Caldeira, pela menção e pela oportunidade. Aceite um abraço do jab».
Com efeito, destaquei um conjunto de personalidades de maior destaque na lista, aos quais somei alguns nomes referidos publicamente como maçons, alguns deles tendo-o assumido. Todavia, embora tenha assumido corajosamente (como mencionei no poste a propósito do texto «Pedradas entre a pedreiragem», que publicou no seu blogue A Revolta das Palavras, em 6-1-2012), o Dr. José António Barreiros não consta deste rol seletivo de nomes filtrados de membros e lojas da maçonaria do Grande Oriente Lusitano (GOL). Eu devia ter assinalado especificamente isso, como fiz com outros que não constam da lista, embora tenham sido publicamente ligados ao GOL, e confirmando-o ou não o desmentindo: Nuno Magalhães, Germano de Sousa, Miguel Relvas, Carlos Carreiras, António Nunes, António Costa Pinto, José Adelino Maltez, Armando Vara, José Magalhães e Carlos Monjardino. Tratou-se de um erro, que fica agora corrigido e pelo qual peço desculpa ao Dr. José António Barreiros que é, além de advogado brilhante e combativo, um homem honesto e um patriota. O que nestes tempos de promiscuidade, faz toda a diferença.
É útil a apresentação de outras interpretações contrastantes, como é esta do Dr. José António Barreiros. A minha opinião sobre a Maçonaria é conhecida e tem sido exposta neste blogue: na perspetiva filosófica radica-se em «El Secreto Masónico Desvelado», de José Antonio Ullate Fabo, 2007; na perspetiva política contemporânea portuguesa foi desenvolvida, entre muitos outros, no meu poste de 9-12-2008, «A influência da Maçonaria na III República portuguesa». Portanto, sobrepujando o caráter antidemocrático (elitista e secreto) e desumano (a preferência dos irmãos sobre os demais), para lá de pranchas e lojas, o maior problema são, como diz o Dr. José António Barreiros, «os esgotos», que o terão levado a sair da organização. Um motivo e uma atitude que o classificam como um homem de bem. Um grande abraço.
Parabéns por ter publicado a resposta de José António Barreiros.
ResponderEliminarA Maçonaria, que pode ter muito de filosófico e esotérico, transformou-se num grupo de pressão e de interesses, um Estado dentro do Estado, com tentáculos antidemocráticos. Esse é o grande mal destes grupos, onde se acantonam dirigentes políticos de todos os quadrantes, juízes, polícias e dirigentes de grupos económicos. Em Democracia não ha lugar a secretismos,pelo que se desejm amnter o anonimato é porque as suas vontade vão mais além do esoterismo e da filosofia de vida que apregoam.
O GRÃO -MESTRE DO GOL É UM "PATO BRAVO" DA SLN.TUDO ESTÁ DITO SOBRE A DERIVA MAFIOSA DA SEITA E SOBRE O GOVERNO QUE É A SUA EMANAÇÃO.
ResponderEliminarExcelente Post Caro Prof ABC
ResponderEliminarO JAB é um grande senhor.