sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tácticas socratinas sobre o Ministério da Educação

O caso da invasão por 18 professores desempregados de instalações do Ministério da Educação, em 29-9-2011, parece ser uma empolada manobra política, para lá da questão sindical de acusação de que «horários anuais foram "disfarçados" de temporários», com o alegado «intuito de evitar pagar o mês de Agosto aos professores», e de que eles e outros professores interessados só nos horários completos, não se candidataram, por isso, a esses horários na bolsa de recrutamento de professores.

O objectivo sindical, da CGTP, e político, de Bloco de Esquerda e PC (com o socratismo na sombra), é difundir que houve um erro no concurso (e não uma posição deliberada) para gerar a confusão sobre o ministério da Educação que divulgou uma nota de 23-9-2011, que que desmente a acusação de erro, informático ou outro. Nunca no tempo do controlo iscteano socialista-intersindical do Ministério, do cartelismo exposto dos brindes com porto, houve acusações de problemas informáticos, que apenas confirmam as manobras informáticas socialisto-comunistas do tempo de Maria do Carmo Seabra. O habitual boicote informático interno já não pega: é altura do socratismo vieirista-carvalhístico se recolher à toca.

A esquerda não se conforma com a perda do controlo ideológico e político do Ministério da Educação. Tem Nuno Crato como o principal adversário, temendo que o seu notável exemplo de conseguir rapidamente a direcção efectiva da sua área, em vez de uma gestão delegada dos sombrios socratinos, seja seguido pelos demais colegas. Na verdade, o socratismo é um tigre de papel: basta que se lhe exponha a sua substância suja, e se lhe cortem os braços promíscuos, para se desintegrar como um monte de confétis rosa.


* Imagem picada daqui.

8 comentários:

  1. Por andará o Grande Delinquente?

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  2. O Grande Delinquente está a preparar o regresso para PR.
    Já tinha pós graduação em psi cu logia e agora anda a aprender francês aos domingos para disputar com o Carrilho as filosofismas.

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  3. A este governo não se auspicia grande futuro.
    Como é hábito no PSD,estão a anos luz da propaganda comunista e socialista.
    Acabam submersos numa torrente de mentiras,manipulações e armadilhas.
    Esqueceram novamente que a imprensa pertence a esta gentalha.
    O Passos escolheu encobrir a matilha socratina e os crimes contra a nação.
    Fez bem.em breve será devorado por eles!

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  4. ao sr anonimo das 14h50m

    Pois todos os portugueses sabem serem os do PSD e os do PS todos a mesma gentalha. Estes terao mesmo que encobrir para depois serem tambem encobertos. è o país condenado ao 5 mundo

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  5. Você fartou-se de fazer críticas aos do PS. Mas não suporta que as façam ao PSD. Daí a sua pouca credibilidade. Devia pôr a verdade acima do partido.

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  6. Nuno Crato e este Governo têm ainda todo o meu apoio. Os meus colegas professores que, na sua quase totalidade, execraram Sócrates e as suas "sinistras ministras", esperam ainda que ministro e Governo correspondam às nossas expectativas.Elas não são, obviamente, as do PC e seus acólitos, do BE e excrescências, muito menos as do PS que silenciosamente obedeceu ao ditadorzeco que tivemos de suportar. Não são, tão pouco, as dos movimentos de professores que muitos de nós vemos como sindicalistas de segunda linha. Que não se enganem: o gigantesco movimento que tirou a Sócrates a maioria absoluta foi autónomo, abarcou gente de todos os quadrantes políticos e até gente apolítica. Não foi a reboque de ninguém, não confiou em ninguém. Nasceu da dignidade de que nenhum professor merecedor desse nome está disposto a abdicar. Concordo plenamente com o post que comento, as "manobras informáticas" estão em linha com aquelas de que foi vítima a ME de Santana Lopes. Esta gente nunca brinca em serviço e tem inúmeros idiotas úteis a servi-la.
    Contudo, habituada a auscultar o sentir dos meus colegas que considero mais válidos, devo confessar que alguma frustração se vai apoderando de nós. Em primeiro lugar, a sufocante burocracia e "reunite" a que estamos sujeitos, não mudou. O Estatuto do aluno, a carecer de urgente substituição, a bem da paz escolar e da cultura do respeito, está intacto, é medonho e não há notícia de que mudança tão simples esteja em marcha. Por fim, o que nos pareceu uma excelente ideia: a de isentar os professores mais graduados de avaliação, terminou mal, com o ministro a desdizer-se e a nivelar por baixo, entregando os cansados séniores à pior das avaliações, a que depende de Directores, tantas vezes oriundos das politizadas CAP que Sócrates enviou a pacificar as escolas mais insubmissas.
    Além do mais, teria sido um bom sinal, por parte dos professores mais jovens, uma atitude de respeito pelos que, cansados de tantas "adaptações"e "formatações",continuam, com o seu esforço, a manter a boa velha cultura, aquela que não precisa de powerpoints como bengalas ou ornatos. No fundo, gente que estudou quando nas escolas públicas ainda se promovia uma cultura universalista e exigente. Parece-me que se perdeu a oportunidade de passar um sinal importante aos mais jovens, professores ou alunos, à sociedade em geral, enfim.

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  7. A Isabel, que não conheço de lado algum, fez, de forma brilhante, a melhor síntese da situação actual. Os meus parabéns. Pela minha parte, abudando de fazer minhas as suas palavras, apenas altero ligeiramente o 1º parágrafo, quando diz que o ministro Nuno C. tem todo o seu apoio. O meu já não é "todo".
    Confio que o António continua a ser capaz (tudo o que já ficou para trás não me permite pensar de outra maneira), nas suas análises, da mesma coragem e isenção a que nos habituou. A amizade com o Ramiro (como aconteceu com este em relação a Isabel Alçada) não lhe vai tirar a clarividência.
    Um abraço.
    motta

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  8. Agradeço os parabéns ao comentador Motta e ao Professor ABC a deferência do destaque. Espero, de facto, que sejam úteis as minhas observações.

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