Um comentário sobre o discurso do 25 de Abril de 2011 do Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, no palácio de Belém, em Lisboa, e as intervenções dos convidados ex-presidentes.
Analiso primeiro o discurso de Cavaco Silva e depois comento o facto do convite aos ex-presidentes da República para também discursarem nesta cerimónia, concluindo com a reacção de Sócrates.
Sobre o discurso de Cavaco Silva
Sobre o discurso de Cavaco Silva
Os resultados da análise de conteúdo indicam as referências mais frequentes no discurso: Portugal (16 vezes) e Portugal (4); futuro (10); Abril (9); povo (8); democracia (8); esperança (7); e liberdade (5).
A mensagem é esperança, de respeito pela democracia, de verdade e de rigor, de unidade, de responsabilidade, de necessidade de mudança e de optimismo. Um contraste com a estratégia governativa do medo e com a mensagem errada da direcção do PSD de que as medidas a tomar serão ainda mais gravosas e a situação do povo ficará pior.
Os media dependentes apanharam do discurso do Presidente Cavaco Silva o que convinha ao Governo: os «espaços de entendimento» e o «esforço de concertação» e a censura de «crispações», «estilo agressivo», «trocas constantes de acusações» e «tensões permanentes». Não registaram a gravidade de Estado do Presidente que condena quem, vá, agora, «vender ilusões ou esconder o inadiável». Nem viram o alerta para que a comunicação social actue «com isenção e com independência», uma condição indispensável para que as eleições sejam livres e justas. E leram a seu jeito o aviso firme de, nesta «encruzilhada» da democracia portuguesa, «o Governo saído das eleições de 5 de Junho deve dispor de apoio maioritário na Assembleia da República» - o que, tendo em conta a posição pública do PSD, implica que Cavaco Silva não nomeará um governo minoritário de José Sócrates.
Porém, o discurso do Presidente Cavaco Silva tem um sentido diverso do que os media socializantes interpretaram como a recomendação de um «entendimento antes das eleições», uma coligação pré-eleitoral PS-PSD. O sentido da mensagem é de respeito pela «soberana decisão dos cidadãos», as «grandes escolhas», de «respeitar as opções que o povo decidir tomar». Em vez de atender ao meta-sistémico golpe palaciano, de Mário Soares e que contou com o braço de Balsemão, de impor ao PSD um acordo pré-eleitoral com o PS (o «Compromisso Nacional», do mesmo tipo contra natura do «compromesso storico» de Berlinguer), num contrato apalavrado prévio de um governo de coligação de bloco central, que incluísse o Partido Socialista, com ou sem Sócrates. Uma insistência de um governo de salvação nacional que mais não seria do que salvação do poder do Partido Socialista sobre o Estado.
Essa opressão anti-democrática sistémica insere-se num peculiar retorno emocional ao salazarismo, dispensando o voto:
Porém, respondendo a essa pressão oligárquica, o Presidente Cavaco Silva opôs, neste discurso, o seu respeito pela vontade popular, expressa em eleições: «é a voz do povo que deve fazer-se ouvir». Creio que está contida a conspiração anti-democrática soaristo-sistémica, uma convicção que Passos Coelho confirmou, hoje, 26-4-2011, ao rejeitar essa «espécie de União Nacional».
Por outro lado, Cavaco também censurou a campanha abstencionista que o socratismo prevê lançar, na eventualidade das sondagens consolidarem uma derrota clara do PS: «seria incompreensível que, no momento crucial que atravessamos, os cidadãos se abstivessem de votar e de decidir o seu destino». Portanto, Cavaco declara que o povo poderá contar com o seu serviço e reclama a participação e responsabilidade do povo nas eleições.
Sobre a intervenção dos ex-presidentes
O Prof. Cavaco Silva arriscou ao convidar os ex-presidentes para a cerimónia que não pôde ser realizada na Assembleia da República por esta ter sido dissolvida. Cri que a ousadia saísse cara, com os ex-presidentes a aproveitarem a inédita ocasião e a possibilidade de falarem solenemente para o País, como jamais tinham podido desde que se esgotou o tempo dos seus mandatos, para criticarem... o próprio Cavaco Silva. Violando a regra de sentido de Estado e de respeito pela instituição presidencial, os socialistas Soares e Sampaio têm censurado com aspereza o Prof. Cavaco Silva e até o general Eanes descobriu recentemente uma intrigante, veia crítica. Porém, o saldo desta ousadia de Cavaco Silva é muito positivo, pois ajudou a compreender a mensagem da necessidade de união dos portugueses neste momento crítico da nossa história.
Sampaio, o mais novo dos três (nasceu em 1939, Soares em 1924 e Eanes em 1935), pareceu o mais cansado, ainda que a voz de Soares ultimamente já se arraste. Mas, Soares tenta disfarçar a degenerescência agora mais acelerada, com a esperança do último legado: a reorganização do Partido Socialista após a inevitável queda de José Sócrates.
Os discursos dos ex-Presidentes (Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio) neste singular 25 de Abril de 2011 podem também ser lidos na página da Presidência da República.
Ramalho Eanes fez um discurso longo e pilático, seguindo o seu habitual distanciamento militar pela condução civil do Estado, ignorando os tempos da longa suserania do Conselho da Revolução, pondo no 25 de Abril de 1974 um encargo utópico que os dirigentes do Estado não cumpriram, e sugeriu a constituição, depois das eleições, de um governo «de amplo espectro político-partidário». Isto é, com o mesmo socialismo responsável pela ruína do Estado, que também tem denunciado.
Mário Soares desculpou o socialismo pela crise financeira e económica interna e pelo periodo eleitoral, que em sua opinião «poderia ter sido evitado» (talvez se Sócrates não se demitisse...) e determina que «os Partidos e os Parceiros Sociais se entendam».
Os ex-presidentes abstiveram-se de atacar o anfitrião, salvo a excepção do incorrigível Sampaio. Jorge Sampaio disse que «É chegada a hora de todos, mas todos, assumirmos as nossas próprias responsabilidades naquilo que não correu bem»... -, numa frase indirecta ao que pretendem ser a «pesada herança» do cavaquismo, uma década de desenvolvimento acelerado, que agora, 16 anos passados, a esquerda e a extrema-direita culpam pelo actual estado do País!... E, mais insidioso ainda, Sampaio afirmou que «o Presidente tem uma voz e um papel insubstituíveis, que, a serem activamente usados, podem e devem dar um contributo decisivo para a resolução dos problemas», requentando a crítica de Adriano Moreira, em 12-4-2011, na Rádio Renascença, sobre o silêncio e dificuldade do presidente Cavaco Silva no uso da palavra e o louvor a Mário Soares e a Jorge Sampaio (?). Aliás, não sei se, nessa entrevista, Adriano se referia ao «poder da palavra» de dize como Sampaio no seu discurso do 25 de Abril de 2003, «Há mais vida para além do orçamento. A economia é mais do que finanças públicas.»...Todavia, reparando na menção, por Sampaio, neste seu discurso, do «endividamento externo», admito que não fosse aquela a «palavra» a que se referia o professor Adriano Moreira - que ouvi em aulas, no Outono de 1984, apreciar o poder do silêncio de Ramalho Eanes... O que prova, afinal, que palavra e silêncio são duas faces da mesma dobra, a qual é declarada verdadeira ou falsa consoante a maleabilidade dos dentes que a mordem. No seu discurso, Sampaio criticou a sociedade civil, os cidadãos, os sindicatos, os media e o neo-liberalismo. Mas esqueceu-se da corrupção e dos governos Sócrates, o qual entronizou, com a dissolução da Assembleia da República, em 30-12-2004, com o pretexto da demissão do ministro da Juventude, Desporto e Reabilitação, Henrique Chaves, do Governo de Santana Lopes, em 28-11-2004...
O ministro Vieira da Silva, delegado de Sócrates para a organização das listas eleitorais e da campanha, chefe operacional dos ex e neo-férricos, não perdeu a oportunidade de dizer que o discurso de Sampaio continha uma «auto-crítica», um ataque que mais do que o lamento da decisão casa piana de Sampaio confiar o Governo a Santana Lopes em vez de optar por eleições antecipadas, o que levou à queda de Ferro Rodrigues, é uma marcação de posição na corrida interna pós-Sócrates.
Resposta de Sócrates
E enquanto neste 25 de Abril de 2011, o sensível (muito sensível) e bonzinho Sócrates se queixa da falta de «consenso», «diálogo» e de «concertação», um dos seus caceteiros de serviço, o dirigente socialista José Lello (membro do Secretariado Nacional do PS), segundo o Diário IOL, insulta o Presidente da República, Prof. Cavaco Silva: «este Presidente e mesmo foleiro» (sic) - o argumento é que não convidou todos os deputados do Parlamento... dissolvido para a cerimónia no Palácio de Belém - Lello já disse que foi um «lapso», que estava a trocar mensagens com um colega e o comentário saíu no Facebook, mas a explicação técnica é absurda. A mesma face dúplice, com uma reacção oficial condescente e paternalista (?) e uma reacção oficiosa violenta e insultuosa. Sócrates não joga com outro meio senão com a violência e, insisto, ilude-se quem na oposição lhe responda com suavidade e compromisso.
* Imagem picada daqui.
Actualização: este poste foi actualizado ás 19:54 de 26-4-2011.
A mensagem é esperança, de respeito pela democracia, de verdade e de rigor, de unidade, de responsabilidade, de necessidade de mudança e de optimismo. Um contraste com a estratégia governativa do medo e com a mensagem errada da direcção do PSD de que as medidas a tomar serão ainda mais gravosas e a situação do povo ficará pior.
Os media dependentes apanharam do discurso do Presidente Cavaco Silva o que convinha ao Governo: os «espaços de entendimento» e o «esforço de concertação» e a censura de «crispações», «estilo agressivo», «trocas constantes de acusações» e «tensões permanentes». Não registaram a gravidade de Estado do Presidente que condena quem, vá, agora, «vender ilusões ou esconder o inadiável». Nem viram o alerta para que a comunicação social actue «com isenção e com independência», uma condição indispensável para que as eleições sejam livres e justas. E leram a seu jeito o aviso firme de, nesta «encruzilhada» da democracia portuguesa, «o Governo saído das eleições de 5 de Junho deve dispor de apoio maioritário na Assembleia da República» - o que, tendo em conta a posição pública do PSD, implica que Cavaco Silva não nomeará um governo minoritário de José Sócrates.
Porém, o discurso do Presidente Cavaco Silva tem um sentido diverso do que os media socializantes interpretaram como a recomendação de um «entendimento antes das eleições», uma coligação pré-eleitoral PS-PSD. O sentido da mensagem é de respeito pela «soberana decisão dos cidadãos», as «grandes escolhas», de «respeitar as opções que o povo decidir tomar». Em vez de atender ao meta-sistémico golpe palaciano, de Mário Soares e que contou com o braço de Balsemão, de impor ao PSD um acordo pré-eleitoral com o PS (o «Compromisso Nacional», do mesmo tipo contra natura do «compromesso storico» de Berlinguer), num contrato apalavrado prévio de um governo de coligação de bloco central, que incluísse o Partido Socialista, com ou sem Sócrates. Uma insistência de um governo de salvação nacional que mais não seria do que salvação do poder do Partido Socialista sobre o Estado.
Essa opressão anti-democrática sistémica insere-se num peculiar retorno emocional ao salazarismo, dispensando o voto:
«O nosso povo é avesso ao voto, por temperamento, pela má recordação dos tempos idos, em que lhe arrastava dissabores e prejuízos, por comodismo, por confiança nas pessoas e até, quem sabe, por inata desconfiança no processo.»Aliás, um saudosismo paradoxal, como o de Otelo que confessa que «Precisávamos de um homem com a inteligência e a honestidade do ponto de vista do Salazar» (Negócios, 21-4-2011) e que agora ressurgiu em novo flash de totalitarismo da «democracia participativa» (i, 25-4-2011) - democracia directa é outra coisa e envolve eleições primárias, não dispensando os partidos.
António de Oliveira Salazar, discurso de 7 de Outubro de 1945, sala da biblioteca da Assembleia Nacional, em Lisboa)
Porém, respondendo a essa pressão oligárquica, o Presidente Cavaco Silva opôs, neste discurso, o seu respeito pela vontade popular, expressa em eleições: «é a voz do povo que deve fazer-se ouvir». Creio que está contida a conspiração anti-democrática soaristo-sistémica, uma convicção que Passos Coelho confirmou, hoje, 26-4-2011, ao rejeitar essa «espécie de União Nacional».
Por outro lado, Cavaco também censurou a campanha abstencionista que o socratismo prevê lançar, na eventualidade das sondagens consolidarem uma derrota clara do PS: «seria incompreensível que, no momento crucial que atravessamos, os cidadãos se abstivessem de votar e de decidir o seu destino». Portanto, Cavaco declara que o povo poderá contar com o seu serviço e reclama a participação e responsabilidade do povo nas eleições.
Sobre a intervenção dos ex-presidentes
O Prof. Cavaco Silva arriscou ao convidar os ex-presidentes para a cerimónia que não pôde ser realizada na Assembleia da República por esta ter sido dissolvida. Cri que a ousadia saísse cara, com os ex-presidentes a aproveitarem a inédita ocasião e a possibilidade de falarem solenemente para o País, como jamais tinham podido desde que se esgotou o tempo dos seus mandatos, para criticarem... o próprio Cavaco Silva. Violando a regra de sentido de Estado e de respeito pela instituição presidencial, os socialistas Soares e Sampaio têm censurado com aspereza o Prof. Cavaco Silva e até o general Eanes descobriu recentemente uma intrigante, veia crítica. Porém, o saldo desta ousadia de Cavaco Silva é muito positivo, pois ajudou a compreender a mensagem da necessidade de união dos portugueses neste momento crítico da nossa história.
Sampaio, o mais novo dos três (nasceu em 1939, Soares em 1924 e Eanes em 1935), pareceu o mais cansado, ainda que a voz de Soares ultimamente já se arraste. Mas, Soares tenta disfarçar a degenerescência agora mais acelerada, com a esperança do último legado: a reorganização do Partido Socialista após a inevitável queda de José Sócrates.
Os discursos dos ex-Presidentes (Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio) neste singular 25 de Abril de 2011 podem também ser lidos na página da Presidência da República.
Ramalho Eanes fez um discurso longo e pilático, seguindo o seu habitual distanciamento militar pela condução civil do Estado, ignorando os tempos da longa suserania do Conselho da Revolução, pondo no 25 de Abril de 1974 um encargo utópico que os dirigentes do Estado não cumpriram, e sugeriu a constituição, depois das eleições, de um governo «de amplo espectro político-partidário». Isto é, com o mesmo socialismo responsável pela ruína do Estado, que também tem denunciado.
Mário Soares desculpou o socialismo pela crise financeira e económica interna e pelo periodo eleitoral, que em sua opinião «poderia ter sido evitado» (talvez se Sócrates não se demitisse...) e determina que «os Partidos e os Parceiros Sociais se entendam».
Os ex-presidentes abstiveram-se de atacar o anfitrião, salvo a excepção do incorrigível Sampaio. Jorge Sampaio disse que «É chegada a hora de todos, mas todos, assumirmos as nossas próprias responsabilidades naquilo que não correu bem»... -, numa frase indirecta ao que pretendem ser a «pesada herança» do cavaquismo, uma década de desenvolvimento acelerado, que agora, 16 anos passados, a esquerda e a extrema-direita culpam pelo actual estado do País!... E, mais insidioso ainda, Sampaio afirmou que «o Presidente tem uma voz e um papel insubstituíveis, que, a serem activamente usados, podem e devem dar um contributo decisivo para a resolução dos problemas», requentando a crítica de Adriano Moreira, em 12-4-2011, na Rádio Renascença, sobre o silêncio e dificuldade do presidente Cavaco Silva no uso da palavra e o louvor a Mário Soares e a Jorge Sampaio (?). Aliás, não sei se, nessa entrevista, Adriano se referia ao «poder da palavra» de dize como Sampaio no seu discurso do 25 de Abril de 2003, «Há mais vida para além do orçamento. A economia é mais do que finanças públicas.»...Todavia, reparando na menção, por Sampaio, neste seu discurso, do «endividamento externo», admito que não fosse aquela a «palavra» a que se referia o professor Adriano Moreira - que ouvi em aulas, no Outono de 1984, apreciar o poder do silêncio de Ramalho Eanes... O que prova, afinal, que palavra e silêncio são duas faces da mesma dobra, a qual é declarada verdadeira ou falsa consoante a maleabilidade dos dentes que a mordem. No seu discurso, Sampaio criticou a sociedade civil, os cidadãos, os sindicatos, os media e o neo-liberalismo. Mas esqueceu-se da corrupção e dos governos Sócrates, o qual entronizou, com a dissolução da Assembleia da República, em 30-12-2004, com o pretexto da demissão do ministro da Juventude, Desporto e Reabilitação, Henrique Chaves, do Governo de Santana Lopes, em 28-11-2004...
O ministro Vieira da Silva, delegado de Sócrates para a organização das listas eleitorais e da campanha, chefe operacional dos ex e neo-férricos, não perdeu a oportunidade de dizer que o discurso de Sampaio continha uma «auto-crítica», um ataque que mais do que o lamento da decisão casa piana de Sampaio confiar o Governo a Santana Lopes em vez de optar por eleições antecipadas, o que levou à queda de Ferro Rodrigues, é uma marcação de posição na corrida interna pós-Sócrates.
Resposta de Sócrates
E enquanto neste 25 de Abril de 2011, o sensível (muito sensível) e bonzinho Sócrates se queixa da falta de «consenso», «diálogo» e de «concertação», um dos seus caceteiros de serviço, o dirigente socialista José Lello (membro do Secretariado Nacional do PS), segundo o Diário IOL, insulta o Presidente da República, Prof. Cavaco Silva: «este Presidente e mesmo foleiro» (sic) - o argumento é que não convidou todos os deputados do Parlamento... dissolvido para a cerimónia no Palácio de Belém - Lello já disse que foi um «lapso», que estava a trocar mensagens com um colega e o comentário saíu no Facebook, mas a explicação técnica é absurda. A mesma face dúplice, com uma reacção oficial condescente e paternalista (?) e uma reacção oficiosa violenta e insultuosa. Sócrates não joga com outro meio senão com a violência e, insisto, ilude-se quem na oposição lhe responda com suavidade e compromisso.
* Imagem picada daqui.
Actualização: este poste foi actualizado ás 19:54 de 26-4-2011.
Prof. Balbino Caldeira,
ResponderEliminarNuma ideia, ainda que em língua inglesa: "point of no return".
Estamos novamente na década de 20 do Século XX. Ainda não chegaram os Sidónios, mas estão por aí as várias choldras que conduziram ao fatídico 1926.
Os contribuintes alemães, holandeses e afins, não dão mais para este peditório. As Colónias já não existem. Ainda que os Açores tenham 19.000 famílias no Rendimento Social de Inserção.
Fica apenas um único caminho: a emigração, pura e dura.
A taxa de juro das obrigações a 2 e a 5 anos, vão nos 12%.
A luta continua.
A vitória é certa.
O FOLEIRÃO LELLO FOI FODIDO PELO CHOQUE TECNOLÓGICO ENQUANTO O MES DA SILVA ARREAVA NO SAMPAIO COM O MALHO DO SS AJUSTANDO CONTAS ANTIGAS DO FÉFÉZISMO E DO SÓCRETINISMO.OS XEFES NO ENTRETANTO ESTAVAM ENTRETIDOS A CAGAR EM CIMA DO SEGREDO DE JUSTIÇA ENQUANTO ENTOAVAM AS CANÇÕES DOS BANDIDOS EM DIFICULDADE "NÃO NOS ATAQUEM PESSOALMENTE" E "COM PAPAS E PROMESSAS DE CONCERTAÇÃO SE ENGANA O FOLEIRO".
ResponderEliminarNão gastem mais palavras nem saliva:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=pb8sZR-bI6o
Agradeçam tudo isto a TODOS OS PARTIDOS POLÍTICOS que se têm sentado nas cadeiras do poder, a começar nos seus principais responsáveis.
Oportunistas, mestres do gamanço,traidores e vende pátrias.
Portugal acabou, por nosso mal.
Este é um excelente post.
ResponderEliminarBela análise.
O prof Caldeira é das raríssimas pessoas que não falta à verdade quando se refere aos governos do prof. Cavaco Silva.
Foi de facto o melhor periodo da nossa história pós golpe,incomparávelmente!
Contráriamente aos abutres do socialismo e aos Mentirosos profissionais,não se resume ao rapinanço protagonizado por algumas figuras do governo de então e suas clientelas.
Como já frisou o prof.Medina Carreira,respondendo aos socialistas encapotados e envergonhados,no periodo pós Cavaco Silva entrou muito mais dinheiro,fruto dos Quadros de Apoio e sobretudo do endividamento externo.
Comparar o que fizeram com esse dinheiro os governos do prof Cavaco Silva,com o que fizeram os governos socialistas gutérricos e socratinos é puro deboche.
O primeiro fez transformações extraordinárias e os seguintes levaram-nos à ruína e à bancarrota.
Claro que os amigos da onça vêm agora,generosamente,dividir as culpas da vigarice e incompetência que exauriu os cofres públicos com o PSD.
Como detêm na sua esfera de influência a quase totalidade dos mérdia,não lhes é difícil manipular a opinião pública,através da opinião publicada.
Parabéns,professor.
Desculpe, meu caro, mas isto só já lá vai à mocada.
ResponderEliminarComo se verá, mais cedo do que tarde.
Aqui se vê o nosso próximo caminho:
ResponderEliminarhttp://www.agi.it/english-version/business/elenco-notizie/201104261457-eco-ren1053-government_bond_yield_soars_in_athens_and_lisbon
(AGI) Rome- Public debt bond yield is soaring in Greece and Portugal. In Athens, two-year bonds have risen 22.237% to 23.237% and the equivalent bonds in Lisbon climbed 11.183% to 11.386%. Even 10-year bond yields in Portugal rose 14.718% to 15.058%. Meanwhile, Eurostat revealed hat Greece's deficit for 2010 stood at 10.5%, higher than the 9.4% forecast by the Greek government and the 8.1% to which it had committed in exchange for an international loan of 110 billion euros. . .
Pois claro:
ResponderEliminar- A socretina corte, com o "funil" das televisões, rádios e jornais, a todo o momento, coloca no "ar" as maiores conveniências...
Os trogloditas, em pejorativo senso, dizem que "aborrecimento, o presidente não fala..." e malham, malham (recordam-se de quem assim afirmava, com o malhanço ministerial?- ...e, depois, quando o presidente fala..é o que "escapou ao " Lello...ahahaha
O José Lello desculpou-se com "gaffe"?
Ahahahaha
O trauliteiro-mor, agora em bastidores, passou a bola ao Lello, um tal que, para vergonha de nós todos , durante muito tempo, foi convidado ass´íduo dos debates democráticos da RTPNotícias...sempre com aquele ar baboseirão, arrogante, mal educado e embusteiro...
E arrotou, agora, um "foleiro"....
Claro que é pena que o arroto ainda não tenha o efeito de boomerang...
Para isso, bastaria , apenas, que o PSocretino, com Lellos nos alforges, fosse ABSOLUTAMENTE VARRIDO DO ESPAÇO TELEVISIVO PORTUGUÊS...POR CONSEQUÊNCIA DUM TSUNAMI ELEITORAL....EM 5 DE MAIO...
http://www.despesapublica.com/
ResponderEliminarVale a pena ir aqui, e ver se a selectividade não é a regra!