A inusitada ida do ministro das Finanças para uma audiência, no Palácio de Belém, com o Presidente da Republica, na tarde de ontem, 15-2-2011, vindo directamente de Bruxelas da reunião do Ecofin, que o Diário Económico revelou, indicava uma muito preocupante urgência. Hoje, o jornal i, relata a história: Cavaco Silva chamou Teixeira dos Santos, de urgência, porque sabe que a União Europeia não acorda a chamada flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e que o Governo socialista está encurralado no buraco da dívida nacional e quer saber o que o Governo vai fazer. Dito de outro modo, o Presidente da República não tolera a subida dos juros ao nível estratosférico da Grécia e pretende que o Governo assuma a sua responsabilidade nacional em caso de aceleração da subida da taxa de juro.
Apesar do Governo socialista ter conseguido, nesta quarta-feira, dia 16-2-2011, colocar mil milhões de dívida em Bilhetes do Tesouro a 12 meses (recuou dos 1.250 milhões que era o limite superior que inicialmente informou pretender vender) numa taxa média dezoito pontos percentuais superior à da última emissão, a taxa de juro das obrigações portuguesas a cinco anos (6,98% na Bloomberg, às 11:15 de 16-2-2011) já depois de meio conhecido o resultado da emissão) não aliviou dos valores à volta de 7%. Não funcionam as operações cénicas de recompra de títulos, em 16-2-2011, que mais parecem a da história de Deu-la-deu Martins que, em 1368, no cerco de Monção pelas forças de Henrique de Trastâmara, para enganar os castelhanos com a abundância dos sitiados, atirou os últimos pães do alto das ameias e lhes gritou a famosa frase: «Deus o deu, Deus lo há dado». Sócrates já não engana ninguém.
O pior é que a economia ainda está pior do que as finanças do Estado - e por causa destas. Foi hoje, 16-2-201, noticiado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que o número de desempregados no final de 2010 era de 619 mil, o que corresponde a 11,1% de taxa de desemprego.
Parece que, face à intransigência alemã, é curto o compasso de espera (e o apoio do Banco Central Europeu) que a União Europeia concedeu a José Sócrates para que mostre resultados ou prepare o inevitável pedido formal de socorro financeiro do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o qual implicará um novo plano de austeridade e a supervisão do FMI. Sem a continuação do custoso apoio artificial da União Europeia, que, a qualquer momento pode parar, Sócrates não evitará o pedido de socorro.
* Imagem picada daqui.
Resta saber se o condicionamento da Sra. Merkel funcionará ou não. Cavaco Silva já percebeu que os juros vão subir, pois o BCE já não quer comprar mais dívida publica portuguesa, e os juros treparão. E Cavaco vai estar perante a mais difícil decisão: impõr a vinda do FMI a Sócrates. Como o irá fazer, dado que este não o quer fazer? Tem a palavra a política.
ResponderEliminarBCE já comprou 18 mil milhões de euros em dívida portuguesa
ResponderEliminarO Société Générale avança hoje que o BCE terá adquirido 18 mil milhões de títulos de dívida nacional desde Maio.
O banco francês Société Générale, revela hoje que, desde Maio, o Banco Central Europeu (BCE) adquiriu 18 mil milhões de euros de obrigações portuguesas, como parte do seu programa de estancar a crise da dívida soberana na zona euro.
O Société Générale , que é também um dos 18 operadores especializados de valores do tesouro (OEVT) que operam no mercado primário de dívida nacional, calcula que este volume represente cerca de 15% do saldo vivo da dívida nacional.
Os analistas do banco francês referem ainda que qualquer programa de compra de obrigações apenas irá, temporariamente, limitar a subida das ‘yields'. Para os especialistas do Société Générale, a solução terá de passar por um combate do governo ao défice orçamental do país.
"Sem uma austeridade real nos próximos dois a três anos, qualquer provisão de liquidez ou compras oficias de obrigações não irá fazer muita diferença, que não seja adicionar ‘risco moral'", escreveram os analistas do Société Générale, citados pela Bloomberg.
Recorde-se que nas últimas três sessões o BCE tem estado afastado do mercado de dívida da zona euro e isso tem-se reflectido, sobretudo, na subida das ‘yields' dos títulos de dívida dos países periféricos.
Considerando o cenário actual do mercado monetário, não será de estranhar que a autoridade liderada por Jean-Claude Trichet continue menos activa no mercado de obrigações nos próximos tempos. Isto porque, com o cenário de subida das taxas de juro a tornar-se cada vez mais certo, os bancos deverão perder o interesse em fazer depósitos junto do BCE, actualmente com uma taxa de juro de 0,25%, retirando assim liquidez ao BCE para comprar mais títulos de dívida.
Os investidores também estão cientes que o BCE não está confortável em comprar obrigações, visto que estas operações geram um aumento da massa monetária em circulação, que tem como consequência, no longo prazo, uma subida da inflação.
http://economico.sapo.pt/noticias/bce-ja-comprou-18-mil-milhoes-de-euros-em-divida-portuguesa_111290.html
Vamos todos à loja.
ResponderEliminarA pulhice atacou a portadaloja.
Solidariedade para com o seu autor (José), apesar de muitas vezes, estar em total desacordo com os conteudos do mesmo.
C. S.
DEU-NÃO-LA-DEU NENHUMA VIRTUDE SÓ-LA-DEU A CAPACIDADE DE SER O MAIOR CRÁPULA E VIGARISTA NACIONAL.
ResponderEliminarO Partido do Estado Novo:
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=494639
Professor António Brotas é candidato à liderança do PS
António Brotas é candidato à liderança do PS na sequência de um acordo firmado entre as diversas tendências "descontentes e preocupadas com a evolução do partido e do país", disse hoje fonte da candidatura.
Cândido Ferreira, médico e antigo presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, que anunciara no mês passado a candidatura a secretário-geral do PS, explicou que, "em função de todos os obstáculos que a comissão organizadora do congresso tem vindo a colocar", esta "sensibilidade ponderava a hipótese de desistir".
"No entanto, dado que outros militantes queriam continuar nesta luta, nós decidimos prosseguir, associados à candidatura a secretário-geral, e não a primeiro-ministro, do professor António Brotas para defender os nossos princípios", acrescentou o responsável, referindo que o seu manifesto - "Portugal Sim" - "acaba por coincidir e consubstanciar-se no da nova candidatura", de que é mandatário.
À agência Lusa, António Brotas afirmou que se ganhar "José Sócrates continua primeiro-ministro de Portugal, mas passa a governar muito melhor".
o conde drácula foi de urgência a Belém
ResponderEliminaro pinóquio continua sempre em festa
«Conde Drácula», Floribundos? Com aquela cara, o gangster em questão mais se parece com o Al Capone; só lhe falta a cicatriz!
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