sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Incêndios florestais: é em tempo de guerra que se limpam as armas

(Atualizado)

Ontem, 29-8-2013, morreu o quinto bombeiro deste ano negro de 2013 no combate aos fogos florestais, Cátia Pereira Dias, de 21 anos, no grande incêndio da serra do Caramulo. Neste incêndio, já tinham perecido outros dois bombeiros, um dos quais outra mulher, Ana Rita Pereira (24 anos). Os seus nomes juntam-se ao de Bernardo Figueiredo (23 anos) que também morreu como resultado de queimaduras sofridas nesse fogo, e Pedro Miguel Jesus Rodrigues (41 anos), na Covilhã, e António Nuno Ferreira (45 anos) em Miranda do Douro, que também morreram neste agosto de 2013. Desde 1980, são já 104 o número de bombeiros apanhados em incêndios florestais. A estes números acrescem os feridos nesse combate. A melhor maneira de louvar esse sacrifício supremo, e o sacrifício dos bombeiros que combateram e continuam a combater esses incêndios, na sua maioria bombeiros voluntários (pois os bombeiros municipais não vão normalmente para os fogos florestais), é tomar decisões políticas que honrem as suas mortes e protejam a luta dos seus companheiros. Vivam os bombeiros portugueses!

Esta tragédia justifica ação política, para lá da reflexão dos relatórios diferidos, e das promessas de mudança arquivadas quando a temperatura baixa e as faces dos bombeiros mortos desaparecem dos noticiários. Ao quarto bombeiro morto, em 27-8-2013, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho interrompeu as férias para se reunir com os dirigentes da proteção civil - e ao quinto caído neste combate, em 29-8-2013, o Presidente da República enviou uma mensagem aos bombeiros. Nessa escolha das férias sobre uma função que formalmente as não tem, estes dirigentes do Estado parecem entender as mortes dos bombeiros voluntários não como vítimas cívicas que deram a vida pela Nação que estão encarregadas de gerir, mas como distantes funcionários de associações folclóricas. E, sobre estas mortes e estas vidas, o que parece politicamente fundamental para o poder é o acórdão do Tribunal Constitucional, de 29-8-2013, sobre o despedimento na função pública.

A tragédia justifica o apuramento de responsabilidades - que nem sei se é feita, como devia -, mas fundamentalmente a tomada de medidas para prevenir que se repitam com esta dimensão. Mesmo que o fogo, traiçoeiro, possa sempre ceifar vidas - veja-se o caso dos 14 bombeiros mortos num incêndio florestal nos EUA, em 30-6-2013 - com o «efeito chaminé». Um amigo descreveu-me que assistiu uma vez ao tornado do «efeito chaminé» num vale e que ficou aterrado com a voragem das chamas altíssimas, a sucção fortíssima e a projeção a longa distância de matérias inflamadas.

Os factos conhecidos, e outros que não foram publicados, recomendam alterações drásticas no combate aos fogos florestais que o bom senso, indispensável na política, deveria estabelecer nos dois momentos na luta aos fogos florestais: a prevenção e o combate.

Na prevenção, o abandono da agricultura, da pastorícia e dos campos, acumula combustível que, após anos, o combate não consegue conter. Impõe-se a abertura pelo Estado, em conjunto com as autarquias, de aceiros e arrifes nas florestas, nomeadamente nas públicas... E a promoção da pastorícia no interior, através de programas da União Europeia, pois cabras e ovelhas reduzem o combustível vegetal, além de incrementarem a economia. A imposição aos pequenos proprietários, muitos deles emigrados, de um pequeno talhão que lhes calhou por herança, não parece muito viável. As câmaras municipais evitam a notificação aos proprietários para a limpeza das matas. As autarquias não têm aproveitado, como deveriam, a disponibilidade de bombeiros fora da época dos fogos para a limpeza dos matos. O emparcelamento do campo é um desígnio que demora décadas, agora ainda mais dificultado pela dimininuição da procura desses terrenos florestais a preços razoáveis, contrastando com o maior ritmo do emparcelamento nas áreas mais férteis.

No combate, recomendam-se dez medidas úteis:
  1. O não empenhamento de mulheres bombeiras nos fogos florestais. Devido a menor força, menor rapidez, menor agilidade e até menos agudo instinto de sobrevivência - com exeções que a política não pode avaliar -, a taxa de mortalidade de mulheres bombeiras face ao seu efetivo no combate é assustadora e a preocupação eleitoral politicamente correta de não as discriminar nesse esforço custa vidas e feridas. Importa ter a coragem de determinar nesta guerra contra o fogo, como se faz na guerra em geral, que as mulheres não devem ser empenhadas no combate direto ao fogo, nem sequer na condução de viaturas de transporte.
  2. A municipalização de secções permanentes dos corpos de bombeiros voluntários, subsidiada/paga pelo Estado, isto é, corporações mistas. Se os serviços de saúde, de educação, de polícia, são pagos, não é admissível que o Estado despreze os voluntários que lhe prestam esse serviço na proteção civil. Mais, parece que o Estado indiretamente paga o crescimento de funcionários de secretaria da proteção civil municipal e carrega nos voluntários a defesa operacional civil do território. Claro que uma parte dos bombeiros das associações já é empregado nelas, estando adstritos ao serviço de transporte de doentes não urgentes e sendo deslocados para o incêndio quando a sirene apita, mas o conflito entre a sua função e a missão esporádica é complicado (o idoso tem de ir à hemodiálise na mesma e alguém tem de o levar...). O próprio voluntariado já não é como dantes: menos bombeiros voluntários e menos nas áreas urbanas, alguns que só aparecem para a equipa permanente no quartel paga (de 5 homens) a 41 euros/dia (os comandantes, 100 euros), outros que beneficiam de isenções (ex. propinas) mas que comparecem menos. E apesar da mudança no voluntariado, sabendo os bombeiros da injustiça social de desempenharem uma função gratuita que o Estado despreza, os dirigentes políticos continuam a sugar o esforço dos voluntários restantes, sem a devida compensação. 
  3. O fornecimento pelo Estado de equipamento pessoal antifogo aos bombeiros voluntários: vestuário e calçado. À exceção dos homens da GNR  e da Força Especial de Bombeiros, nos bombeiros voluntários portugueses o equipamento individual padrão no combate ao fogo florestal, ainda é constituído por calças e casaco de algodão e botas da tropa... ma coisa é o falecimento por inalação de gases e outra o falecimento, e  o ferimento, por falta de equipamento adequado. Há equipamento pessoal antifogo (ex. com fibra Nomex), mas chega para poucos, e dependendo das corporações. Aliás, o mesmo se passa nos carros e nas mangueiras que a corporação paga na maior parte, pois a Câmara e o Estado baldam-se a percentagens reduzidas, mesmo no caso em que são queimados; e a Autoridade Nacional de Proteção Civil apenas paga o gasóleo e os ditos subsídios aos bombeiros nas equipas ou funções de permanência. Em Portugal, segundo me disseram, chega-se ao escândalo de corporações, sem dinheiro para mais, comprarem equipamento pessoal antifogo usado na Suíça, o qual já não é considerado seguro pelos helvéticos... Muitos bombeiros compram equipamento pessoal antifogo, já que a corporação vive na penúria do transporte decrescente de doentes não urgentes e quotas, a Câmara pouco comparticipa a associação por isso e o Estado menos, apesar da comparticipação num programa do QREN... limitada a 50% do efetivo da corporação. Note-se que o equipamento pessoal antifogo de um bombeiro pode custar cerca de 500 euros. Mas que dizer de um Estado que nem sequer fornece equipamento antifogo aos bombeiros que voluntariamente fazem o serviço que lhe incumbia pagar?... 
  4. Obrigatoriedade de uso de equipamento pessoal antifogo pelos bombeiros no combate ao incêndio, qualquer que seja o seu nível de empenhamento. É evidente que é menos por vontade própria do que por falta. Mas também há resistência na sua utilização por alguns, a qual deve ser vencida pela determinação disciplinar do comando operacional. Ainda que já seja rara a cena triste de bombeiros a combater o fogo t-shirt... Contrastam as imagens do equipamento que se vê nos bombeiros espanhóis e o que se vê nos bombeiros portugueses. Esse equipamento pessoal antifogo é desconfortável, mas poupa vidas. E, se embora pouco se encontra mais esse equipamento na primeira linha de fogo, já nos que seguram mangueiras, carregam material ajudam ou colaboram no transportam é raro - e são estes muitas vezes os surpreendidos. 
  5. Empenhamento muito cuidadoso de bombeiros urbanos nos fogos florestais, preferencialmente só na proteção dos perímetros urbanos, mesmo que tenham tido formação para tal (que há-de ser de muito curta duração). As matas e serras são traiçoeiras, mesmo para quem está habituado a lidar com elas. No incêndio do Caramulo, para além da bombeira de Carregal do Sal, morreram dois bombeiros urbanos da zona de Lisboa: uma bombeira de Alcabideche, Ana Rita Pereira, e outro do Estoril, Bernardo Figueiredo. Uma das preocupações tem de ser não abandonar os caminhos e os trilhos e as ordens devem ser estritas nesse sentido, porque a evacuação, em caso de golpe do vento, no meio da mata e fora dos trilhos («em linha de água»...), em matas muito inclinadas («declive de 60%»), pode ser trágica, mesmo com o auxílio de mangas, como terá acontecido no caso da bombeira Ana Rita Pereira (e depois de Bernardo Figueiredo). Além disso, deve impor-se a a colaboração obrigatória no comando operacional do combate de adjuntos locais para comandantes urbanos, ou que não sejam da zona, para evitar erros de decisão. Relataram-me que no incêndio do Caramulo houve um comandante operacional de fora que impediu no local, contra conselhos, o empenhamento dos bombeiros na proteção do perímetro quando esse combate ainda era possível, e que o ordenou quando tal já não era viável, e que, perante a reação popular, teve de se refugiar no carro para não lhe acertarem as ordens.
  6. Acabar com a rotatividade frequente de comandantes operacionais nos distritos. Atualmente, os comandantes manifestam a sua disponibilidade à Autoridade Nacional de Proteção Civil, que faz uma escala (e abona) os comandantes que vão ficar responsáveis por determinados distritos. Ora, se um comandante de Santarém é deslocado para Viseu, por exemplo, não conhece o terreno e não pode, por isso, fazer o mesmo trabalho do que os locais. Tem havido melhoria da coordenação e dos equipamentos de informação e planeamento, a nomeação de militares tem sido positiva para garantir maior disciplina e organização, mas a coordenação das forças ainda não parece ser suficiente - e menos ainda a articulação dos efetivos nacionais em face dos incêndios.
  7. Melhorar a informação geográfica sobre temperatura e humidade: veja-se o caso de Espanha em comparação com o caso português.
  8. Alterar as penas para os incendiários, impondo para lá do período de prisão durante 20 anos, pulseira eletrónica entre o início de maio e o final de setembro, com os dados registados informaticamente para evitar as tentações de reincidência.
  9. Aumentar as multas para a realização de queimadas agrícolas, para diminuir os incêndios acidentais.
  10. Melhorar a proteção dos bombeiros em caso de morte ou acidente, aumentando os valores seguros, a pagar pelas autarquias e/ou Estado.

A desculpa de que as medidas políticas a tomar são técnicas, que devem ser diferidas, provoca consequências. É em tempo de guerra que se limpam as armas.


Pós-Texto (11:09 de 31-8-2013): Prudência versus politicamente correto
Com dificuldade, coligi estes dados sobre a mortalidade de mulheres bombeiras portuguesas em incêndios florestais nos últimos anos, quando começaram a ser empenhadas nas tarefas de combate direto ao fogo. Note-se que, nos últimos dados a que consegui ter acesso, em 2009 as mulheres bombeiras eram «5601, representando 13% dos 34.742 bombeiros existentes em Portugal». E que pelo que se vê, embora as imagens televisivas não sirvam de amostra, a percentagem de mulheres empenhadas no combate direto de incêndios florestais será ainda mais reduzida. Então, o que consegui apurar, com base no artigo de Patrícia Cerdeira «Para salvar é preciso chegar», na revista Bombeiros de Portugal, de maio de 2012, p. 4, e de notícias várias sobre bombeiros mortos no combate aos incêndios florestais que completam esses números temos o seguinte número de bombeiros mortos, e de mulheres bombeiras, em incêndios florestais, desde 2010:

  • 2010 → 1 (1 mulher, Cristiana Josefa Ferreira Santos, de 21 anos, de Lourosa, carbonizada em Gondomar)
  • 2011 → 2
  • 2012 → 2 (2 mulheres: Paulina Pereira, 40 anos, de Abrantes, em despiste de autotanque, em Abrantes; e Patrícia Abreu, de 25 anos, de Coja, carbonizada, em Arganil)
  • 2013 → 5 (2 mulheres: Ana Rita Abreu Pereira, de 24 anos, de Alcabideche, carbonizada no Caramulo, e Cátia Pereira Dias, de 21 anos, de Carregal do Sal, no Caramulo)

Entre 2007 e 2010, felizmente, não houve bombeiros mortos em incêndios florestais. E em 2006, ano em que morreram dois bombeiros em incêndios florestais, faleceu no teatro de combate ao incêndio florestal, em Porto de Mós, Viviana Lourenço Dionísio, operadora do CMOS (Centro Municipal de Operações de Socorro), ex-bombeira do Bombarral.

Assim, entre 2007 e 2013 (sete anos), faleceram 10 bombeiros portugueses no combate aos incêndios florestais, dos quais 5 (metade) são mulheres. Tendo em conta a sua percentagem no número total de bombeiros e a percentagem, que parece ainda menor, de bombeiras empenhadas no combate ao fogo, os números são muito preocupantes e não devem ser ignorados.

Claro que pode haver gradualismo, que há muitas mulheres mais ágeis e rápidas do que homens, que no confronto entre mulheres jovens e homens mais velhos estes perderão muitas vezes em capacidade física, que podem ser feitas recomendações adicionais sobre cautelas e plano de fuga em face de golpes de vento, que o fardamento adequado evitaria, quiçá, algumas destas mortes de bombeiras carbonizadas, que tem de ser acautelado o recuo de indivíduos (homens e mulheres) mais pesados ou menos ágeis. Creio que, embora exista a disciplina de uma força hierarquizada que mimetiza os militares na obediência, as mulheres empenhadas no combate aos perigosos incêndios florestais o façam por sua exclusiva e livre vontade; mas é também obrigação de quem comando ponderar essa generosidade, maior até do que a dos homens, e diminuir riscos.

Todavia, os números são o que são. São desagradáveis para a doutrina do politicamente correto, que tem procurado impor até o empenhamento de mulheres em combate, seja na primeira linha de fogo ou nas ações de tropas especiais (veja-se a decisão dos EUA em 2013, de o permitir). Mas existe o bom senso que recomenda normas gerais de proteção dos comandados que não parece estar neste caso a ser observado, porque de outra modo não haveria uma sobrerepresentação de bombeiras mortos face à sua proporção nos efetivos em combate. Estes números implicam a necessidade de uma mudança no empenhamento de mulheres no combate aos incêndios florestais.

Entre a prudência e o politicamente correto, o bom senso recomenda que se opte pela prudência, neste caso por uma discriminação positiva. Em face de grandes males, como este que aqui procurei demonstrar, têm de ser tomadas medidas duras, mas necessárias, no momento próprio, mesmo com custo eleitoral. Não adianta fingir que está tudo bem, assobiar para o lado, brigar com os factos e com os números.

Mais do que os homens, cujas qualidades parecem estar em declínio, as mulheres portuguesas têm sido super-mulheres: na família, na casa, no trabalho, na academia. Em meu entender, neste caso, a prudência reclama cuidado e proteção.

Porém, se depois desta voragem dos fogos de 2013, advertidas do perigo que estes incêndios demonstraram, mulheres quiserem participar no combate direto aos fogos florestais, então, deve ser estabelecido um plano especial de formação e treino, seleção em face dos desafios físicos e psicológicos que o combate traiçoeira exige, fardamento adequado (que deve ser atribuído também aos homens) e regras específicas de empenhamento e de cuidado. O que importa evitar é esta taxa de mortalidade desproporcionada.

14 comentários:

  1. Exmo Sr, sou mulher mas não sou bombeira. Nessas duas condições, preciso de lhe dizer o seguinte: se fosse bombeira, ninguém teria o direito de me dizer que não posso conduzir as viaturas nem que não posso estar na primeira linha de fogo. Apenas a mim caberia obstar-me a isso... mas nesse caso, se calhar, também teria que ter a coerente atitude de deixar de ser bombeira. E não, não preciso que seja um homem a decidir seja o que for por mim, entende? Cumprimentos,
    Lucida

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  2. Prof. Caldeira,

    Mais um serviço público à comunidade portuguesa em completo desfalecimento.

    Como aborda um tema politicamente incorrecto, a opção de género na luta contra os incendios, já tem uma chispa em cima. É assim, a pátria dos que nem se governam, nem deixam que os governem.

    Gasta o seu latim, para uma gente que não se sabe organizar. Existiram até uns bandidos, que queriam adoptar "a época oficial dos incêndios". Ou seja, os bandidos que têm governado aquilo que foi Portugal, acahavam que não havia nada a fazer do que apagar incêndios todos os anos. Era tão normal haver incendios, como sacar o ordenado todos os meses, ou preparar-se para a chuva e o frio no Inverno.

    Nada a fazer, Prof. Caldeira. Tarde ou cedo, virá outra vez, um Caudillo que colocará a Lusitania nos eixos. No passado, foram vários os Caudillos.

    Infleizmente, e tal como a "época dos incêndios", também os Caudillos e os portugueses, são uma inevitabilidade.

    É o fado!

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  3. Tinha que vir a cartilha dos direitos da mulher.
    Vivem de palavreado.Confundem direitos com papéis e não hesitam em vestir calças para se fingirem homens.
    Anda tudo virado do avesso neste país.

    Quanto aos incendiários,penso que é conhecida a origem da maioria deles e do seu relacionamento directo com a indústria que vive deles.
    Olhando para a lei Guterres/Vara que abriu o negócio e arredou a FA desse campo,percebe-se bem o quadro.

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  4. PPC-PIRÓMANO PARVUS COMBUSTÍVEL30 de agosto de 2013 às 17:16

    DEPOIS DE CHIARES E DECORARES O ACORDÃO HÁS-DE FICAR TODO QUEIMADO NAS AUTÁRQUICAS!!!

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  5. As mulheres querem ter e têm todos os direitos.Também devem ter o direito e o dever de morrer em defesa da Pátria.A igualdade é para tudo...RIP!

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  6. Chamo a atenção para o programa sA sIC Noticias de 28/8 em que se escapelizou muito bem os erros cometidos e que nos levam a esta situação, repetida ano após ano. E discordo de que este pontos sejam de relevancia e alguns até pouco curiais: Querer dispensar as "mulheres" ou dividir entre bombeiros urbanos ou florestais não me parece acrescentar pontos de debate útil.
    Temos que ter outro tipo de governantes, mas isso só está nas mãos dos eleitores.

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  7. "O não empenhamento de mulheres bombeiras nos fogos florestais" como 1a. medida revela bem a idiotice chapada do autor. O lugar da mulher é ao fogão, atrás do tanque a lavar roupa e em casa a cuidar dos filhos, que as "cousas da rua" são para o caçador colector. Depois da ladainha "pro-vida" faltava o chorrilho marialva.

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  8. Fica bem largar estas tiradas.Os direitos da mulher,coitadinha,que quer ter um pénis como os homens...
    As causas estão fossilizadas e tresandam a ridículas.

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  9. Exmo Sr Prof. Caldeira,
    O mundo dito politicamente correcto nunca me convenceu nem deslumbrou, mas verifico há muito que, desde que as bases da Estatística passaram a ser ensinados em regime mais comum e amplo nos diversos percursos académicos, esta serve para muita coisa, eu diria até que é moda falar estatistiquês (sem aspas!), quem sabe sinal de automática inteligência! Especialmente quando se calcula ou interpreta "taxas" ou até "médias" com toda a subjectividade "não-estatística" de quem não é especialista em Estatística. Quanto à prudência, essa realmente reclama de si que, aqui, com todo o direito por ser seu este blog, escrevendo empenhe o seu cuidado e protecção nos que apresentem "menor força, menor rapidez, menor agilidade e até menos agudo instinto de sobrevivência". Fazer destes mulheres e não homens é generalização muito pouco prudente. E não, não serve a Estatística para o justificar. Mas, sem querer ofender quem procura e se esforça por ser intelectualmente honesto (que penso ser o seu caso), além de imprudente, é pouco previdente. E ser previdente sempre me pareceu fazer parte do seu espírito neste blog de sua autoria. Estou certa que concorda comigo se lhe disser que o diabo (sim, com inicial minúscula!) se esconde nos pormenores. Pois tenho esperança que também achará, tal como eu, que o maldito (sim, com letra minúscula!) também labora e tem proveito nas generalizações.
    E não há prova melhor do que afirmo que ler dois dos comentários a este seu post (até esta hora, pelo menos...), e cujo teor indica que os autores não carecem nem da Estatística nem da Prudência para se acharem com mais força, mais rapidez, mais agilidade e até mais agudo instinto de sobrevivência, para que o tal com nome em minúscula escrita, se esconda e manifeste simultaneamente, ainda! Tristemente o digo. No entanto, não desisto de defender a minha maioridade intelectual, em todos os sentidos, nunca me esqueçendo do quanto é lúcida e sempre contemporânea a expressão: "o Mal só triunfa quando o Bem nada faz".

    Lucida

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  10. Em Armação de Pera vai de mal a pior. Ribeira aberta e cinco praias interditas a banhos. Os prejuízos para o turismo são brutais.

    Em Vila Real de Santo António houve o mesmo problema há dez anos, com a lagoa de esgotos da ribeira do Álamo, que poluía a Praia Verde, Altura e Manta Rota. Mas tudo se resolveu com uma nova estação de tratamento situada a norte de VRSA, com emissário para o Guadiana.

    O Algarve com o turismo injecta milhões no Orçamento de Estado. E o que recebe em troca? As demolições na Ria Formosa e a renaturalização da ilha... tudo adiado. O novo Hospital de Faro está por construir. Os problemas do saneamento básico continuam por resolver. As portagens afastaram milhares de turistas andaluzes que sustentavam o comércio e a restauração durante a época baixa. A EN125 foi destruída pelo mau planeamento urbano e agora espera pela requalificação. As estâncias balneares têm o trânsito desordenado e o estacionamento selvagem prolifera. Os PINs destroem as áreas protegidas mas o cidadão comum não pode construir uma casa na sua própria terra.

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  11. A escolha dos que devem combater na primeira linha de fogo depende exclusivamente de critérios operacionais e nada tem a ver com o género e o políticamente correcto como muito bem explica ABC.Eficácia e evitar baixas,nomeadamente mortais,é essencial.O resto é demagogia e paisagem florestal...

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  12. BOIS!SOU TÃO SENSATUS QUE AINDA VOU ACABAR EM MANTARROTA DEPOIS DO SÓCRETINO TER ACABADO EM BANCURROTO...

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  13. Lucida:

    Eu sei que há mulheres que julgam que têm tomates.
    O que é certo é que só os têm, quando lhos lá põem!

    O resto são tretas que não vão a parte nenhuma.

    Em Portugal todos têm a mania de que são capazes de fazer tudo o que lhes der na real gana. Por toda a parte se vê o resultado dessa imensa cegueira.

    A IGUALDADE é uma falácia.

    Somos todos iguais nos Direitos e nos Deveres, mas NÃO SOMOS IGUAIS NAS APTIDÕES.

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  14. eu não sei onde é que o autor combateu fogos mas eu que os combati lhe digo que o único problema que as mulheres podiam ter seria a subir as escadas portuenses, se souber o que são, que não o têm. antes pelo contrário. e há mulheres que apagam melhor os fogos que os homens. o resto é fumaça.

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