domingo, 14 de agosto de 2011

O Estado não devia pagar o pato do socratíssimo BCP


Relato da sessão de bolsa de Lisboa de 11-8-2011, da Agência Financeira: «o BCP desliza 2,96% para 26 cêntimos».

Diário Económico, de 9-8-2011:
«Fontes do sector bancário nacional consideram natural o possível interesse dos franceses [do BNP Paribas] no Millennium BCP. "Só um banco como o BNP Paribas ou outro da mesma ‘divisão' poderá comprar o BCP, porque só um banco desses pode suportar o défice do fundo de pensões do BCP. É isto que tem protegido o banco de uma OPA, aliás", afirmou um responsável do sector, que não quis ser identificado. O gestor referia-se ao défice actuarial do fundo de pensões do BCP, que em 2010 aumentou em 407 milhões de euros para 1,9 mil milhões.» (Realce meu)

Jornal de Negócios, de 12-8-2011, noticiando o segundo pacote fiscal anunciado pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar (que incluem subida, em Outubro de 2011, do IVA de 6% para 23% na electricidade e gás):
«Os fundos de pensões da banca [privada] vão passar para a Segurança Social. (...)
O presidente do Millennium BCP, defendeu no ano passado que os fundos de pensões deveriam ser todos transferidos para a Segurança Social. O BCP tem o maior fundo de pensões do sector, com activos superiores a cinco mil milhões de euros, tendo efectuado, no ano passado, uma transferência de cerca de 50 milhões de euros para o fundo. (...)
Estas responsabilidades vão ser todas transferidas para o Estado, de acordo com o anúncio feito esta manhã pela troika. Com a transferência dos fundos de pensões, o Estado encaixa cerca de 500 milhões de euros. O objectivo é o de cobrir despesas extraordinárias referentes ao BPN e à Região Autónoma da Madeira. Segundo as contas da Comissão avançadas hoje em conferência de imprensa, o custo líquido do BPN deverá rondar os 320 milhões de euros, a que se juntam 277 milhões de euros com a Madeira.» (Realces meus).
Aparentemente, a colossal cratera socratina desmentida foi agora reconhecida pela União Europeia e FMI (a chamada troika), sob a forma de um buraco orçamental que teria forçado o Governo a apropriar-se dos solventes fundos de pensões da banca privada,  Mas, eu, efectivamente, não gosto de aparência.

O Estado português não devia suportar o custo da urgente venda do aflitíssimo e socratíssimo BCP-dos-26-cêntimos, assumindo a responsabilidade pelas pensões dos seus funcionários que, segundo se alega, o seu insuficientemente capitalizado fundo teria muita dificuldade em conseguir, e assim resolvendo um problema  de solvência que dificultava a sua venda. Tal como não devia assumir a responsabilidade pelas pensões dos funcionários dos demais bancos privados. Nem sequer é justificável um road show estatal de venda de um banco privado. Ainda que os Estados que na União Europeia decidem os empréstimos à República Portuguesa, queiram assegurar o fluxo de pagamentos dos créditos concedidos pelos seus bancos aos bancos privados nacionais.

Mais uma vez, condeno o axioma neo-socialista da nacionalização dos prejuízos dos bancos privados para a sustentação da economia, que é influenciado pela polivalência de interesses e rotativismo de cargos, e que se tornou doutrina oficial até para cá dos EUA. Nos EUA ainda existe a justificação dos 44 milhões de reformados que recebem pensões de bancos e seguradoras privados, cuja falência podia fazer perder as reformas, um caso que não se regista neste Portugal do BPN. O axioma da necessidade de nacionalização dos prejuízos dos bancos privados não era brandido nos tempos dourados dos seus lucros reais astronómicos. O axioma entronca no debate das causas da Grande Depressão económica de 1929, quando a administração norte-americana contraíu a liquidez e deixou muitos bancos falir, mas que negligencia a estagnação económica japonesa das últimas duas décadas, na qual a protecção das instituições financeiras privadas, cheias de crédito malparado, e dos grandes conglomerados too-big-to-fail, não trouxe a recuperação económica, e que também a persistência da crise económico-financeira nos EUA e na Europa, desde 2007, refuta. A protecção dos bancos privados é a doutrina dominante destes tempos de crise e determina, por exemplo, empréstimos do Banco Central Europeu aos bancos privados a uma taxa de juro bastante mais baixa do que para os próprios Estados... A nacionalização dos prejuízos pode chegar à nacionalização total - como no caso do BPN, que custou ao Estado 5 mil milhões de euros (!) para que o socratismo o pudesse agitar perante o Presidente Cavaco Silva e o PSD - ou à subvenção através de variados esquemas, mais ou menos dissimulados. O axioma da nacionalização dos prejuízos bancários degenera no absurdo de o Estado não admitir a falência de qualquer banco privado, mas arriscar a sua própria falência muito provocada pelo custo dessa nacionalização...

Ora, o Estado não existe para a solvência dos bancos privados e a protecção dos seus accionistas e depositantes caçadores-de-taxas: o Estado existe para a solvência e a protecção dos cidadãos.


* Imagem picada daqui.

28 comentários:

  1. "o Estado não existe para a solvência dos bancos privados e a protecção dos seus accionistas e depositantes caçadores-de-taxas: o Estado existe para a solvência e a protecção dos cidadãos"

    Pois muito bem, então vamos lá prestar muita atenção ao que nos vai acontecer.

    O país já está falido há muito tempo - encaixem bem isto! - agora está tudo a estrebuchar e agonizar. Parabéns ao povo pelas escolhas.

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  2. O povo é uma identidade abstracta que não tem existência real. Responsabilizar essa ideia abstracta tão querida das esquerdas é desresponsabilizar os verdadeiros criminosos e traidores de Portugal.
    andre silva

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  3. Caro professor,

    Louvo a sua coragem e a frontalidade. Não deve ter sido fácil enfrentar Sócrates e os seus sequazes. O Sr. ao denunciar as patifarias do Chacal socialista revela uma coragem ainda maior.
    André Silva

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  4. A desgraça é tanta no BCP que eu,grande accionista,já tive de vender as acções e agora alimento-me a bicas de café de cevada e pendurei os quadros no prego.

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  5. A ser verdade a compra do "pato",é mais uma patifaria contra os portugueses.
    Devo perguntar? O que podemos contra estes políticos de maia tigela que alienaram os portugueses trabalhadores e patriotas? É mais uma maningância da burguesia nacional alidando-se à burguesia estrangeira, agora moderna e pipi, porque joga na bolsa "monopólio".
    De facto o nosso "voto" para que serve? Democracia Directa, é preciso.

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  6. Dizer que os portugueses são "trabalhadores e patriotas" (último comentário) é mentir descaradamente sobre um povo de mandriões e traidores que se atiraram de cabeça nas maos dos espanhois impelido pelo traidor Mário Soare.
    Quando o governo anterior se apoderou das pensões da PT tudo reclamou, mas agora que este faz o mesmo aos bancos, aprovam. Não sabem o que dizem nem o que querem.
    Nada mudará enquanto houver imensos idiotas a aprovarem um partido contra o outro, quando são iguais no roubo e no assassínio da democracia. Sem que abram os olhos e deixem de lutar dessa maneira contra os seus próprios interesses, nada mudará.

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  7. Os cinco mil milhões que os contribuintes portugueses estão pagar do mega roubo do bpn, serviram para pagar a famosa casa da coelha residência oficiosa da presidência da república na época estival.
    Resorts em cabo verde, depósitos chorudos de algumas dezenas de portugueses todos políticos ligados ao psd a à malta do avental que têm milhões desviados do bpn em offshores.

    A nacionalização foi para proteger o roubo dessa gente do avental, não foi para proteger os depositantes e muito menos existia qualquer risco sistémico, agora acabaram o trabalho pagando aos angolanos mais 500 milhões para ficarem com aquela coisa a que ainda chamam banco.

    Pelo caminho ainda tiveram tempo de não nacionalizar a sln que tinha bons nacos de carne, de modo a que a rapaziada do avental não perdesse dinheiro, pois para perder dinheiro e fazer sacrifícios colossais esta cá o povo.

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  8. Afinal os Compagnon de route de PPC, são iguais aos do Pirómano Sócrates.

    Pois o método é IGUAL. O Sócrates chamava-lhe PEC-I, PEC-II, ....PEC-IV, e iria até ao PEC-XX.

    PPC não lhes chama PEC, mas é o "imposto extraordinário", é o "aumento do IVA do gaz e da electricidade", os "passes sociais com aumentos de 15%", e o que virá por aí.....a descomparticipação colossal de medicamentos, ....

    Estamos perante Gangues organizados, que não tocam nos interesses de 2 grupos organizados: os Altos-Funcionários Públicos (Juízes, Magistrados, médicos, Directores Gerais, Reitores e até Professores) e os grupos privados que vivem na sombra do Estado (o BES, a Mota, o BCP, o Grupo Lena, a Brisa, o Júdice, o V. Vieira de Almeida, etc.)

    A batalha agora não é já contra o Pirómano. A Mãe de Todas as Batalhas, é contra aqueles 2 grupos organizados. Ou eles e o fim de Portugal, ou nós.

    A luta continua.
    A vitória é certa.

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  9. Alguém inteligente diz-nos aquilo que nós sabemos:

    http://economico.sapo.pt/noticias/a-juventude-nao-tem-colocacoes-razoaveis-para-a-sua-formacao_124524.html

    António Câmara, professor universitário e CEO da YDreams, é um criativo por excelência. Sobressaiu na ciência e no mundo empresarial, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Mas também poderia ter sido conhecido pelo ténis, uma outra paixão que possui, que quase o levou a enveredar por uma carreira profissional. Em entrevista ao Etv, no "Conversas com Vida", considera que há uma diferença entre a má imagem, de país falido, que o resto do mundo tem de Portugal, e o valor real da nação. "Somos muito melhores do que parecemos mas, nesta altura, as aparências, de facto, não perdoam", reconhece. Admite que Portugal está numa encruzilhada e pode transformar-se numa espécie de Itália do Sul, com elevados índices de criminalidade. Se Portugal não der a volta por cima acredita que pode regredir 20 anos e assistir a uma saída em massa dos talentos, até porque os investidores estrangeiros não estão a investir em Portugal.

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  10. Alguém por aí já o afirmou, ou o deu a entender... Eles são todos farinha do mesmo saco, embalados à posteriori (por razões "marketeiras"), em sacos mais sofisticados e mais pequenos, de marcas e colorido aparentemente diferente, mas… os “cozinhados” dela confeccionados, são todos de igual, doentio e pestilento efeito!
    É do que andamos a comer, há já quase que 40 anos, e cujo resultado está à vista de todos - os que ainda (se) querem enxergar - não poderia ser pior!
    Ainda assim… “cá vamos cantando e rindo, levados, levados sim… blá, blá, blá.”, mas, agora, sem as trombetas e mais à base de “muitas concertinas” (muito ar e vento, dum colorido fole que, constantemente, estica e encolhe), bem ao jeito e ritmo Pimba deste “Nov(íssim)o Portugal”…
    … e bem “Pimbados” estamos. Olá se estamos….

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  11. O Prof. Balbino ainda não percebeu que este governo é a continuação do anterior por outros meios, pelo menos no que se refere aos bancos, banqueiros, gestores e accionistas?

    A verdade é que o José Sócrates já não está mas a rapina continua!

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  12. Será que Vítor Gaspar vai safar o seu ex-patrão BCP?

    http://www.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=142397


    Vítor Gaspar, casado com separação de adquiridos, declarou em 2010 rendimentos de 160 mil euros de trabalho dependente, de duas entidades diferentes. Sobre as verbas (146,9 mil e 13,1 mil euros) fez retenções de 48,2 mil e 2,59 mil, respectivamente. Quanto às contribuições para a Segurança Social, foram de 3,97 mil e 1,44 mil euros.

    Os depósitos a prazo do ministro mostram que cumpre aquilo que se pede aos portugueses: poupar. No Santander Totta tem 80 mil euros a prazo. Na Caixa Geral de Depósitos tem 15 mil euros em aforro, 53 mil euros em depósitos de um a três anos e 330 mil euros em depósitos a prazo. Neste banco, ainda tem uma Caixa Seguro poupança de 85, 1 mil euros e uma apólice de vida de 34,85 mil euros.

    Já no Santander Totta, o novo titular de uma das pastas mais complexas do actual executivo optou pelos depósitos a prazo: 80 mil euros. No Bilbao Vizcaya tem 330 mil euros no mesmo tipo de depósitos, e, finalmente, no Santander, 80 mil euros.

    O governante, enquanto funcionário do BCP, também contraiu dois empréstimos à habitação com juros preferenciais, um de 82,05 mil euros e outro de 56,34 mil euros, vencendo o primeiro dos quais em Abril de 2024 e o segundo em Maio de 2021.

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  13. O primo de Vítor Louçã Gaspar vem estragar o negócio:

    http://economico.sapo.pt/noticias/bloco-quer-saber-se-integracao-dos-fundos-de-pensoes-nao-e-novo-bpn_124619.html

    O BE exige que o ministro das Finanças esclareça que a integração na Segurança Social dos fundos de pensões da banca "não é um novo BPN".

    O Bloco de Esquerda vai pedir no Parlamento os estudos que motivaram a decisão.

    "O ministro das Finanças [Vítor Gaspar] tem de esclarecer aos portugueses que não vão suportar um novo BPN", disse a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Cecília Honório, em conferência de imprensa.

    A responsável bloquista disse ainda que o partido vai entregar na segunda-feira um requerimento na Assembleia da República para "exigir os documentos, estudos que suportam a decisão do Governo".

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  14. ao menos este ministro parece não ter o dinheiro em offshores, mas não havia necessidade de tanta cuscuvilhice...

    era mais importante que TODOS nos preocupassemos com os problemas do país, que são mais que muitos!

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  15. Plenamente de acordo com o anónimo das 17:22.

    Enquanto não se mexer nos privilégios de uns milhares de privilegiados deste país, que não merecem e nada fizerem para os merecer, o país não vai a lado nenhum!!!

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  16. "ao menos este ministro parece não ter o dinheiro em offshores, mas não havia necessidade de tanta cuscuvilhice..."

    Caro concidadão,

    Por nos precocuparmos, é que continuamos o COMBATE.

    Não julgue que nós estamos preocupados com o seu lugarzinho!

    Não estamos, mesmo que Você seja um recente Boy laranjinha, combate-lo-emos com toda a energia.

    Nem que não fique uma pedra direita...percebeu?

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  17. Não se trata de coscuvilhice.
    Trata-se de escrutinar a vida das pessoas que desempenham cargos públicos que têm a importância de governar a vida de milhões de pessoas e do futuro de outros tantos.
    Por não se ter escrutinado públicamente a vida dos aldrabões que vieram pilhar o país é que estamos na cauda do mundo civilizado,já ultrapassados por países africanos e andamos à esmola.
    Muita gente que está nas listas dos partidos devia estar em Vale de Judeus.

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  18. Primeiro que tudo há que retirar a Justiça das garras dos partidos e Maçonaria.
    Se a Justiça fizer o seu papel,só se apresentarão a eleições pessoas honestas.
    Por enquanto,andamos a votar em gatunos.

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  19. "Primeiro que tudo há que retirar a Justiça das garras dos partidos e Maçonaria" 15 de Agosto de 2011 14:11.
    Concordo, mas como é que isso se faz? Também não gosto de "integristas" venham donde vierem e para mais "secretos".
    Têm a mania que têm ideias brilhantes para o futuro da humanidade, mas isso é representação e, logo uma forma de exercer Poder, ou seja exercer a sua vontade a despeito da dos outros (leigos).

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  20. Bem caros comentadores, a Maçonaria está em guerra aberta.
    Vamos ver o que vai acontecer em Setembro!!!

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  21. Eu cago na Maçonaria, inclusivé na maçonaria católica.

    Um dia vão ser todos arrestados...

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  22. A Maçonaria está em palpos de aranha.

    Veja-se a popularidade do Obama, nos 40%, a um ano de eleições.

    O mundo ocidental está em fase de declínio, muito por causa da Irmandade.

    Tomemos nota do comportamento do Dr. Passos, perante o BCP. Este é o próximo escolho da Maçonaria. Pois, quando o Jardim, da Opus e o Texeira, ex-marido da Ministra, foram corridos, a Irmandade, Varas, S. Ferreira e Companhia pegaram numa coisa estragada e puseram-na em ruínas.

    E agora, Dr. Passos?

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  23. Essa é a sua opinião caro Anónimo,que respeito.
    Estou à espera de Setembro!

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  24. Já para não falar da guerra surda, entre PPC e PP !!!

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  25. Passos Coelho quer cercar Paulo Portas, mas este vai criar um grande imbroglio a ele.

    Acho que Paulo Portas vai ganhar a guerra.

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  26. Penso que PPC, não conhece PP !

    Vou esperar até Setembro :-))))

    Sempre quero ver quem vem à Entronização !!!

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  27. O Estado morreu, não existe...
    Toupeira

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  28. Sempre achei que Passos Coelho era um pau mandado. As políticas de cortes já mostraram de que massa é feito.
    As indecisões o mesmo.
    Quem o conhece dentro do partido sabe do que falo e eles falam à boca fechada, em privado os que precisam do partido, e sem problemas os que não precisam.
    Passos como Cavaco rodeou-se de gente que não serve e foi buscar gente que serviu o Governo de Sócrates.
    Na saúde há dois. O ministro e um secretário de estado.
    O secretário de estado, foi quem mais despesas gerou sem controlo e que agora diz querer controlar, depois de contratos como a desgraça que são para o erário público as despesas com empresas de outsourcing.
    Sairam com uma directiva que suspendia os reembolsos directos e depois foi a trapalhada de quem sucedeu ao senhor secretário de estado então o chefe do ministério dentro do ministério da saúde a ACSS. Interessante investigar estas ligações perigosas do sr infalível MS, afinal um buff monstruoso.
    A medida de aumento do IVA na electricidade e gás é criminosa, não tenho outra palavra para a chamar, criminosa, sem papas na língua e bem soletrada.
    Sobre a RTP assustou-se com um dos que ainda manda no país, um Murdochquezinho à portuguesa.
    Adiou para as calendas a reforma do estado e vai com medidas avulsas andando como se não se soubesse que o défice vai continuar na mesma.
    O défice e a dívida.
    Com um problema a contracção do PIB.
    Mais desemprego.
    Destruição da classe média na senda do que Sócrates fez com o país.
    Passos é um outro Sócrates, mas menos decidido, mais perigoso porque mais hipócrita.
    Um tinha um Coelho o outro tem um Ângelo.
    As clientelas aí estão reflectidas nas políticas de não verdade, de mentira o que não augura nada de bom.
    Cede aos grupos de pressão, às empresas que sempre se serviram do estado, mas o tempo não está para cedências, porque se esgotou.
    A política neste país em fim de ciclo e de regime está um vómito.
    As oposições são a mesma tristeza, a podridão também lá anda e portanto o país está perdido e sem rumo, numa Europa que está morta e em que um húngaro e uma fulana que veio do Leste mandam, para a destruir,com o silêncio de todos os outros, porque os patrões da finança mandam.
    Mas a finança não produz nada, é um casino que levou à globalização e ao seu triunfo, com este triunfo, deixámos de produzir na Europa e nos USA. Permitimos sob todas as formas, que uns regimes de ditaduras sejam melhores que outros e financiamos bombardeamentos da NATO de parceiros que afinal são tão democratas como nós, como os chineses ou os indianos com as suas castas, de partido ou de degrau em degrau até aos intocáveis. Apenas os interesses contam.
    As atrocidades de uns são melhores que as de outros, desde que os mercados financeiros assim o exijam.
    É que afinal há uns melhores que outros, (regimes), basta que tenham petróleo,mão de obra escrava para comprar por tostão e vender por milhão e que agradem aos racistas que comandam a alta finança.
    Uma vergonha que está a sair muito cara e levará decerto à pior das conclusões de Malthus, que deve ser relido.

    Eu não tenho clube, tenho ideias e não sou carneiro de rebanho, porque o problema é um problema de rebanho e carneirada.

    Toupeira

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