sexta-feira, 29 de abril de 2011

Parcerias socialisto-privadas



A lista de Parcerias Público-Privadas (PPP) do Estado em Julho de 2010 foi divulgada pelo Governo (ver as páginas 23 e 24 do «Relatório PPP - Parcerias Público-Privadas», Julho de 2010, Ministério das Finanças e da Administração Pública). O esquema de adiamento de pagamentos foi praticado não apenas nas infra-estruturas de transporte (estradas, etc.), mas nas outras áreas: saúde, ambiente, barragens, energia, segurança (Siresp...) e portos. A lista está incompleta e o Governo tem a obrigação de providenciar informação actualizada sobre o assunto. Clique nas imagens para aumentar:







Pode ler-se uma análise deste tema no artigo «Parcerias e concessões de infra-estruturas foram as “menos aconselháveis”», de Rui Rodrigues no suplemento Carga e Transportes do Público, em 25-4-2011. O custo das barragens é enorme - apesar das contradições do Governo e do aumento do consumo de energia. E caso da Ponte Vasco da Gama, que terá custado três vezes mais do que o valor original, muito por causa do prolongamento do contrato de concessão. Agradeço ao Rui Rodrigues do Carga e Transportes o envio dos textos teve a paciência de converter o pdf e depois em jpg e me enviou os artigos.

O montante das parcerias público-privadas, cerca de 60 mil milhões de euros, é termosférico. Constitui um encargo tremendo deixado em herança às gerações seguintes, com pagamentos faseados muito pequenos no início e que aceleram após o prazo previsto de exercício do governo pelo Partido Socialista. O seu efeito retardado cairá em cima de qualquer recuperação da economia portuguesa, afundando ainda antes de reemergir. Se Portugal, quiser manter a sua dignidade internacional, será terrível o sacrifício do povo para pagar o desperdício e corrupção de Estado, dois filhos da mesma mãe desnaturada.


* Imagem editada daqui.

7 comentários:

  1. Siresp: 112 milhões?

    Cadê o resto?

    Está mangando de mim?

    Cara, se cuida, que falta coisa no prato!

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  2. Vou continuando a lançar os meus avisos. Senhores do PSD/CDS o manhoso tem que ser levado muito a sério. O manhoso não brinca, cada gesto, cada tique e mentira, é estudada. O seu efeito é escalpelizado até às últimas consequências

    Atenção:

    "Não faço ideia se o primeiro-ministro leu alguma vez a Arte da Guerra, de Sun Tzu, mas já o ouvi citar repetidamente um dos famosos aforismos do mítico general: a principal decisão estratégica consiste em escolher o terreno em que se quer travar a batalha."

    http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1839860&seccao=Ant%F3nio%20Perez%20Metelo

    A luta será terrível mas, no campo dos números ou dos diplomas, o PSD perderá votos. O povinho está-se marimbando para isso, ele até gosta de (chicos)espertos e de malandrins -- é histórico.

    Napoleão

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  3. Há muito que a pandilha xuxalista aposta neste truque rasca para enganar os lorpas dos tugas.
    Estas parcerias público-privadas são uma forma encapotada de privatizar as mesmas, sem ter que sofrer -eleitoralmente- os seus malefícios.
    O pagamento dos milhões, por parte do estado, só se fará até o montante da dívida à banca estiver saldada (óbviamente, aquém do previsto).
    veja-se o exemplo da Parque- Escolar, contraiu um empréstimo junto da banca de mais de um bilião de euros, só possível com o aval(bengala)do estado. Simultaneamente, recebeu financiamento comunitário, a fundo perdido, correspondente a 50% do valor das obras.
    Inauguradas as escolas, a gestão das instalações passa à parque-escolar, recebendo as tranches da ordem, no valor de muitos milhões (para ex. em 2015 abichará qualquer coisa como 150 milhões!).

    Como é previsível, o estado não aguentará tal dispêndio de dinheiro, pois parcerias deste tipo são mais que muitas.
    Como se resolve então a questão? É simples, o estado de acordo com o "cozinhado" entre os parceiros, entra em incumprimento, alegando falta de verbas.
    E, "voilá" a parque-escolar ficará detentora a 100% do negócio!...
    Podendo alienar o património a quem bem entender.
    As vantagens, porém, não ficam por aqui. Com a imposição da escolaridade até ao 12º ano, o estado vai ter que continuar a encher os bolsos à parque-escolar, através do financiamento aos alunos (gratuitidade do ensino a isso obriga).
    Na prática o estado paga a construção das escolas e depois financia o seu funcionamento, na linha do que é feito com os contratos de associação que o ministério estabelece com os colégios privados.

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  4. Estou chocado com esta lista das 120 PPP. Parabéns ao autor do blogue Portugal Profundo que me informou mais com este post do que todos os telejornais ligados ao sistema que só falam de futebol

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  5. Alexandre Carvalho da Silveira30 de abril de 2011 às 12:40

    Dr Balbino Caldeira, pelas listas que publicou, verificamos que o governo só em 2008 e 2009, já em plena crise portanto, fez 28 PPPs, num investimento que a preços correntes sem iva, representam cerca de 8350 milhões de euros. Mas o que eu gostaria de saber é o que estas PPPs representam de encargos e responsabilidades contratuais para o Orçamento do estado nos anos vindouros.
    Este é que é o busilis da questão.
    Se calhar foi por estas e por outras que Eduardo Catroga diz que o governo devia ir a tribunal.

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  6. Mas então, querem obras sem as pagar?

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  7. A ponte Vasco Da Gama é do tempo do PSD e daí passou fara conselho a Administração (pr) a antiga Ministro das Obras Pública, do PSD, Ferreira do Amaral

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