O poder político não é um fim: é um meio. Um meio porque permite a tomada de decisões, a utilização de instrumentos de conservação e mudança e a influência. O poder político é um instrumento de bem-estar (económico, cultural, social, moral) e desenvolvimento. De outro modo, apenas satisfaz os que o alcançam e oprime os demais. Porque passa a ser usado não para benefício geral, mas para gozo de uma pessoa ou grupo: orrupção.
Ao mesmo tempo, como lembrava o meu professor Adriano Moreira, o poder não é uma coisa: é uma relação. Uma relação com os outros: povo e adversários. E eventualmente, também uma relação com nós mesmos... Ser uma relação e não uma coisa, significa que o poder depende da nossa posição, encargo e força, mas também da posição, encargo e força, do povo e dos adversários - e das circunstâncias que a todos envolvem. A posição e a força (massa e energia) são relativas, porque têm de ser avaliadas no contexto face aos outros. O encargo é obrigatório: quem o aceitou, deve cumpri-lo, e, se não quer, que se alivie dele, deixando para outro o cumprimento da responsabilidade. As circunstâncias são de lugar (localização e ambiente) e tempo.
No plano estratégico, a cruzada implica proselitismo e combate. Proselitismo cultural, com afirmação dos valores e refutação dos alheios. Combate direto, com luta política. O povo anseia pelos valores, os adversários são nihilistas, as circunstâncias são favoráveis. Os dois combates - cultural e político - implicam sacrifício e coragem. Recordo o Clausewitz, que valorizava a moral (motivação) das tropas e a sua implacabilidade, como decisivas para a vitória. Ainda mais numa guerra assimétrica, em que o socialismo (PC, Bloco de Esquerda, PS, PSD e CDS - socialismo económico e relativismo socialista nos costumes, com a exceção do PC na eutanásia) e a maçonaria, e os seus apêndices corruptos, são donos diretos dos meios de comunicação, de informação (acesso legal aos metadados dos cidadãos!...) e de produção cultural - e ao nível global os motores de busca (Google), plataformas de conteúdos (Youtube, Wikipedia) e redes sociais (Facebook/Instagram/Whatsapp e Twitter), relativistas, usam tecnologias invisíveis de persuasão dos cidadãos. E, como nos casos da Rádio Renascença e Universidade Católica, quando este arco socialista-maçónico não é formalmente proprietário, controla indiretamente e põe ao seu serviço: patrão que paga, patrão que manda (dizem os brasileiros)...
No plano tático, quais é o meio fundamental para combater cultural e politicamente? Um jornal digital da direita moderada cristã. O resultado - influência e decisão para o bem-estar e desenvolvimento do povo - virá daí. Sem meio, nenhum fim se alcança.
Adriano Moreira: “Eu morro com culpa, porque a minha geração deixou uma pesada herança às gerações seguintes”
ResponderEliminarOu um canal de TV. Seria ainda mais eficaz. Hoje já se montam estúdios com preponderância do digital e custos muito inferiores. Isso é que era! E com jornalistas a sério (que não têm de ser os saídos das madrassas) e reportagem! Acompanhado de local nas redes para interacção. Não faltarão patriotas para ajudar.
ResponderEliminarÉ pensar nisso. Apoio não faltaria. Não há outra forma de chegar lá e contrariar as tendências. É preciso acesso ao microfone!