O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro António Costa e o ministro da Defesa Azeredo Lopes, foram sendo informados e autorizaram as negociações sobre a recuperação do armamento furtado no paiol de Tancos, em junho de 2017, bem como a simulação da sua descoberta pela Polícia Judiciária Militar em outubro desse ano. Não apenas o chefe da Casa Militar do Presidente, general João Cordeiro, o assessor militar do primeiro-ministro, contra-almirante José Montenegro, o chefe das Forças Armadas, general Pina Monteiro, o chefe do Exército, Rovisco Duarte, o diretor da PJ Militar, coronel Luís Vieira e os oficiais e sargentos envolvidos na operação (além dos oficiais com responsabilidade sobre o paiol). Esse conhecimento e autorização têm números, epígrafes e conteúdos, tipificados no Código Penal português.
Porém, o processo judicial vai terminar do modo habitual: os políticos decidiram mas ficam ilesos; os militares cumpriram as ordens e são sacrificados.
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