terça-feira, 19 de abril de 2016

Emaús



Passou o dia da Páscoa, mas não passa a Páscoa das nossas vidas. Em cada dia nos sentimos morrer; e em cada dia ressuscita o nosso ânimo. Vida e morte relacionadas com a fé. Desesperar é morrer. Viver é acreditar.

No caminho de Emaús, que é a nossa vida, Jesus acerca-se de nós e não O vemos. Vem de súbito, no meio da rotina sombria e do cansaço letárgico que nos enfraquece as horas, mas não O sentimos. E ainda lamentamos, «pobres de inteligência e lentos de espírito», que nos tenha abandonado. Não. Sob outra forma, Cristo acompanha-nos e, piedosamente, revela-Se. 

Ainda que o mundo, na escuridão, esteja à beira de mais um abismo, e a sociedade instável como um prato de comida prestes a tombar, enquanto os homens se queixam, no que se chamou Ocidente, dos próprios bezerros de ouro que adoram, Cristo continua a apontar-nos o caminho.

Não há, nem pode haver, descanso para a peregrinação da vida. E é neste ocaso social que devemos procurar os sinais de esperança. Para reviver.

9 comentários:

  1. A Páscoa foi há quanto tempo?

    ResponderEliminar
  2. De vez em quando passo por aqui para o ler porque gosto imenso do pormenor com que descreve e «descasca» as «coisas» .
    Hoje , em particular , gostei muito da sua meditação sobre a Páscoa das nossas vidas ...

    ResponderEliminar
  3. Parabéns António, mais destas bonitas reminiscências são precisas. Fazem bem à alma, tão dolorida que anda e há tanto tempo.
    Maria

    ResponderEliminar
  4. O offshórico Sócrates bateu forte no bandalho do Kosta. O engraçado é a imprensa corrupta tentar mascarar o atrito entre os dois criminosos.
    Portugal é vítima do complexo jornalístico-político corrupto e anti patriótico.

    ResponderEliminar
  5. Marcelo era a única escolha possível num rol de comunistas e socialistas. O caso é que é apenas um mal menor.
    Não tem estatura para o cargo, como nenhum deles tinha.
    Não passa de um entertainer tipo Chapitô da esganiçada do Bloco de Esterco. Anda numa roda viva de deslumbramento primário. Afetos e outras parvoíces enquanto dá gás ao socialismo corrupto que usurpa o poder.
    Hoje aparece numa visita a uma unidade industrial debitando inanidades sobre a interioridade, amanhã surge entre as peixeiras na praça lamuriando o fraco poder de compra.
    Ontem apareceu numa estufa no Alentejo perorando sobre agricultura.
    Quando vou à retrete, levanto sempre o tampo da sanita e espreito, não se dê o caso de ele...

    ResponderEliminar
  6. Hoje, em Portugal, alguns comemoram uma tristíssima data:

    Os antecedentes dessa tristíssima data estão resumidos num texto que aconselho vivamente a quem tenha dúvidas ou pense que sabe a VERDADE:

    http://nonas-nonas.blogspot.pt/2008/03/outra-face-do-25-de-abril.html

    ResponderEliminar
  7. Quem comemora o golpe de Abril são os rendeiros do regime. Estão anafados e ricos. nunca o conseguiriam no regime anterior. Os bens do Estado estavam salvaguardados destes vigaristas.
    E, claro, os comunistas. Tinham a missão de entregar o Ultramar aos sovietes.
    Qualquer um destes escroques vive difamando quem viveu pela pátria e se despojou de tudo menos da honra, jazendo numa campa rasa.

    ResponderEliminar
  8. Muito bom. Que Deus o abençoe.

    ResponderEliminar

Os comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Serão eliminados os comentários injuriosos detetados ou que me sejam comunicados.