terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Papa e as divisões de soldados

O Papa pode não ter divisões de soldados, como gozava Stalin em 1935, mas a sua voz tem profunda consequência.

O Nobel da Paz e neo-belicoso Barack Obama queria bombardear a Síria do tirano Assad filho, com a justificação do ataque de gás Sarin, em Goutha, no dia 21-8-2013. Mas, sem apoio internacional de substância e para distribuir a culpa da ação cénica mortífera, pediu autorização ao Congresso (já obteve a do Senado, relutante na forma, descrente da oposição síria, e mediante condições, mas falta a da Câmara dos Representantes). Porém, ficou embaraçado pelo dia de jejum e oração pela paz que o Papa Francisco decretou para o 7 de setembro de 2013. E, sob o pretexto de um premeditado deslize do secretário de Estado Kerry numa conferência de imprensa, em 10-9-2013, e, também ontem, fez marcha-atrás, em entrevistas pré-combinadas, no seu propósito de guerra, aceitando ainda a intermediação... russa. É: a voz do Papa tem mais projeção do que muitas divisões de soldados...


Atualização: Este poste foi emendado às 15:55 de 10-9-2013, devido a chamada de atenção da leitora Joana.

6 comentários:

  1. Erro ou confusão? Às 13h00 GMT do dia 10, o Congresso ainda não se tinha pronunciado. A notícia do link é já do dia 6 e refere-se apenas ao Senado, parte do Congresso. Com as últimas ocorrências, algumas mencionadas no poste, o mais provável é que a House, a outra parte do Congresso, venha a discordar.

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  2. O que disse não tira valor às palavras nem à influência do papa.

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  3. a diplomacia do Vaticano parece ser melhor que a dos EUA e da UE

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  4. Obama entre a espada e a parede. Ou, Obama entre a habitual força americana, ou a frouxidão de alguns democratas.

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  5. Obama e a loby judeu já viram que o protector Assad ainda é o melhor para manter aquela fronteira de Israel segura. Os igleses já tinham asinado a sentença: ameaçar dar tau-tau mas mais não.

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  6. Pelo amor da santa. Mas acredita MESMO que foi "7 de setembro: Dia de jejum e oração pela paz, na Síria e em todo o mundo. A vigília em São Pedro, com a participação do Papa Francisco " que fez os EUA "recuar"?

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