Nicolás Maduro tomou posse como novo presidente da Venezuela, em 19-4-2013, após uma eleição que ganhou com 50,75% dos votos (mais 272.865 votos do que Henrique Capriles). A glória do evento foi perturbada por um emplastro chavista, mas a televisão estatal interrompeu a emissão do ato para evitar a o embaraço. Entretanto, para a outra metade do país, o hino nacional é tocado ao ritmo do cacelorazo.
Depois do metalúrgico Lula e do cocalero Morales, Maduro, um ex-maoísta chofer de autocarro, é outro sindicalista que chega à liderança de um país na América Latina. O candidato derrotado, Capriles, contesta os resultados e queixa-se de irregularidades na eleição de sistema automático (voto eletrónico com depósito de voto em urna do boletim emitido por máquina) - mas a titular do Conselho Nacional Eleitoral já pediu antecipadamente ao povo, em 19-4-2013, para não criar «falsas expectativas» com a auditoria do sistema de votação eletrónica e a 46% das urnas de resguardo dos boletins que as máquinas emitem. O Carter Center tem sido profusamente usado pelos pró-chavistas como garantia do método automático de votação na Venezuela, mas já tinha prevenido, em 2007, que «um sistema altamente desenvolvido e caro de votação eletrónica não pode resolver os problemas provocados pela falta de confiança na administração eleitoral», num país que, diga-se, estava já habituado a manipulação eleitoral (das atas e «tartarugas» nas filas de votação), e sobre as eleições de outubro de 2012 referiu críticas à utilização de meios do Estado nas campanhas do regime, apesar da lei o proibir, e à utilização dos média pelo poder.
O regime chavista não permitiu a presença de «observadores» internacionais (por exemplo, da União Europeia ou da Organização dos Estados Americanos), mas apenas de «acompanhantes». O Carter Center explica qual a diferença entre «observador» e «acompanhante» («convidados estrangeiros para testemunhar o dia da eleição com uma presença política fundamentalmente simbólica»). José Sócrates foi convidado pelas autoridades venezuelanas para presenciar a eleição presidencial como «acompanhante», e não como «observador», como fez constar, em 14-4-2013.
Na Venezuela, o chavismo, agora sem Chávez, está na fase senescente, para esperança dos emigrantes portugueses que ali vivem. Na América Latina já teve melhores dias. Mas na Europa experimenta-se o chavismo, como na vizinha Andaluzia, governada por Pepe Griñan, que lidera uma coligação embrionária de socialistas e comunistas. Das «casas de alimentação» governamentais, à moda da Venezuela, à expropriação temporal de casas, depois eventualmente a expropriação de terras... Qual o motivo dessa aventura política? Antes de todas as promessas de construir «un lendemain qui chante» (Paul Vaillant-Couturier e Arthur Honegger, Jeunesse, 1937) que desemboca, por fim, numa «equal sharing of miseries», como prevenia Churchill, em 1945 (e exemplificava a recentemente falecida Margaret Thatcher, em 22-11-1990, no seu último discurso na Câmara dos Comuns), vem o delírio socialista do poder absoluto. Porque é essa fronda radical socialista que está a organizar-se para suceder a um poder inepto e venal. Também aqui tentarão. E nós cá estaremos. Como estamos agora.
Depois do metalúrgico Lula e do cocalero Morales, Maduro, um ex-maoísta chofer de autocarro, é outro sindicalista que chega à liderança de um país na América Latina. O candidato derrotado, Capriles, contesta os resultados e queixa-se de irregularidades na eleição de sistema automático (voto eletrónico com depósito de voto em urna do boletim emitido por máquina) - mas a titular do Conselho Nacional Eleitoral já pediu antecipadamente ao povo, em 19-4-2013, para não criar «falsas expectativas» com a auditoria do sistema de votação eletrónica e a 46% das urnas de resguardo dos boletins que as máquinas emitem. O Carter Center tem sido profusamente usado pelos pró-chavistas como garantia do método automático de votação na Venezuela, mas já tinha prevenido, em 2007, que «um sistema altamente desenvolvido e caro de votação eletrónica não pode resolver os problemas provocados pela falta de confiança na administração eleitoral», num país que, diga-se, estava já habituado a manipulação eleitoral (das atas e «tartarugas» nas filas de votação), e sobre as eleições de outubro de 2012 referiu críticas à utilização de meios do Estado nas campanhas do regime, apesar da lei o proibir, e à utilização dos média pelo poder.
O regime chavista não permitiu a presença de «observadores» internacionais (por exemplo, da União Europeia ou da Organização dos Estados Americanos), mas apenas de «acompanhantes». O Carter Center explica qual a diferença entre «observador» e «acompanhante» («convidados estrangeiros para testemunhar o dia da eleição com uma presença política fundamentalmente simbólica»). José Sócrates foi convidado pelas autoridades venezuelanas para presenciar a eleição presidencial como «acompanhante», e não como «observador», como fez constar, em 14-4-2013.
Na Venezuela, o chavismo, agora sem Chávez, está na fase senescente, para esperança dos emigrantes portugueses que ali vivem. Na América Latina já teve melhores dias. Mas na Europa experimenta-se o chavismo, como na vizinha Andaluzia, governada por Pepe Griñan, que lidera uma coligação embrionária de socialistas e comunistas. Das «casas de alimentação» governamentais, à moda da Venezuela, à expropriação temporal de casas, depois eventualmente a expropriação de terras... Qual o motivo dessa aventura política? Antes de todas as promessas de construir «un lendemain qui chante» (Paul Vaillant-Couturier e Arthur Honegger, Jeunesse, 1937) que desemboca, por fim, numa «equal sharing of miseries», como prevenia Churchill, em 1945 (e exemplificava a recentemente falecida Margaret Thatcher, em 22-11-1990, no seu último discurso na Câmara dos Comuns), vem o delírio socialista do poder absoluto. Porque é essa fronda radical socialista que está a organizar-se para suceder a um poder inepto e venal. Também aqui tentarão. E nós cá estaremos. Como estamos agora.
Carter Center é um quisto dos EUA. Os americanos patriotas têm vergonha de Jimmy Carter. Carter foi um frouxo. Para os patriotas americanos, Carter, apesar de ainda vivo, não existiu. Nunca existiu.
ResponderEliminarQuanto ao socialismo na Europa, aproveita-se da rapina das últimas décadas. Curiosamente, rapina também realizada por muitos chamados socialistas, como Blair, Gonzalez, Soares ou Mitterrand.
O combate nunca terminou. Tatcher faleceu. Mas, a semente ficou.
A propósito, foi engraçado o novo Secretário-Geral da UGT, parece que Carlos Silva, vir dizer que "chegou ao cargo graças a Ricardo salgado". Pois!
VENHAM ELES OS COMUNISTAS MESISTAS TRANSFORMADOS EM MENSALISTAS DA CORRUPÇÃO DE ESTADO.VENHAM TENTAR UM NOVO ASSALTO AO PODER PARA OS ESMAGARMOS COM AS NOSSAS MÃOS PATRIÓTICAS!
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=628464
ResponderEliminarUm tribunal de Caracas ordenou no sábado a detenção do homem que interrompeu o discurso de tomada de posse do novo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, por alegada «ofensa agravada contra o chefe do Governo», informou o Ministério Público.
O tribunal decretou a detenção numa prisão do Estado de Falcón de Yendri Sánchez González, de 28 anos, acusado do «delito de ofensa agravada contra o chefe do Governo», refere um comunicado do Ministério Público venezuelano.
Maduro tomou posse como Presidente da Venezuela na sexta-feira numa cerimónia em que estiveram presentes 17 chefes de Estado e de Governo.
http://g1.globo.com/mundo/hugo-chavez/noticia/2013/04/tribunal-diz-que-contagem-manual-de-votos-e-impossivel-na-venezuela.html
ResponderEliminarTribunal diz que contagem manual de votos é impossível na Venezuela
Ela 'não existe' por sistema ser 'absolutamente sistematizado' diz órgão.
Oposição pediu recontagem manual dos votos depois da vitória de Maduro.
"Na Venezuela, desde a Constituição de 1999, foi eliminada a forma manual dos processos eleitorais. Na Venezuela, o sistema eleitoral é absolutamente sistematizado, de modo que a contagem manual não existe". afirmou a presidente do TSJ, Luisa Estela Morales, falando à imprensa.
Morales afirmou que "se enganam aquelas pessoas que acreditam que essa contagem possa ser feita", o que "incentiva que se comece uma luta de rua sem fim".
http://www.publico.pt/mundo/noticia/beppe-grillo-convoca-comicio-em-roma-contra-reeleicao-de-napolitano-1592038
ResponderEliminarO líder do Movimento 5 Estrelas (M5S) italiano, Beppe Grillo, convocou os seus apoiantes para um comício esta tarde em Roma contra a reeleição do Presidente Giorgio Napolitano, que o humorista classificou como um “golpe institucional”.
O Presidente foi ontem reeleito para um segundo mandato de sete anos – naquela que foi a primeira vez na história da Itália em que um chefe de Estado foi reconduzido nas suas funções –, depois de cinco votações no parlamento terem falhado em produzir um sucessor, e comprovado o impasse político em que caiu o país.
Imediatamente após a votação que confirmou a reeleição de Napolitano por uma larga maioria, Grillo anunciou aos seus seguidores do Twitter que estava a caminho de Roma, para o que esperava ser uma grande concentração na Praça Montecitorio contra o que então designou como um “golpe de Estado”. Várias centenas de pessoas responderam ao seu apelo ao protesto, mas o líder do M5S nunca chegou a aparecer. “Tive medo que a minha presença pudesse favorecer a violência”, explicou.
Esta manhã, Beppe Grillo voltou à carga: desta vez, chamou a população para um comício “para dizer basta a esta vergonha”. “Não é uma marcha sobre Roma”, esclareceu, “é um encontro de cidadãos” descontentes com este “momento estranho”.
“Ontem assistimos a algo que nos querem convencer que é normal: reuniram-se quatro pessoas, Bersani, Berlusconi, Monti e Napolitano, e na máxima das transparências decidiram que um mandato de sete anos estava renovado”, explicou.
“Nem Chávez esteve 14 anos no poder”, assinalou Grillo.