Não haverá recuperação económica sustentada do País, sem aumento da competitividade mais do que proporcional à redução internacional do consumo e do investimento.
Ser competitivo é simples. Utilizando o axioma de um treinador escocês de um clube de bairro lisboeta: é cada um ser melhor do que o adversário direto. Ter um melhor produto ou um produto mais barato.
Se a Europa Ocidental e do Norte e a América do Norte não têm vantagem sustentada nos preços, por causa da eficiência ser copiada sem demora nos países asiáticos de mão-de-obra mais barata e os contratos para aí serem deslocados depois da transferência tecnológica (os famosos écrans Retina da Apple são feitos na Foxconn da China...), resta-nos sermos melhores. Ser melhor consecutivamente. Ser mais ágil. Mais rápido. Oferecer um produto, ou serviço, com mais valor ao cliente que, em contrapartida, aceita pagar mais porque vale a diferença.
Resolver, através da pressão externa, o dumping social chinês não é fácil . E a subida de impostos e a imposição de restrições quantitativas no henisfério norte não é politicamente viável quando as grandes empresas alemãs e norte-americanas se opõem ao protecionismo e os governos são influenciados por essa oposição. Do ponto de vista económico, aliás, o protecionismo não é solução de primeiro ótimo; e do ponto de vista político, a guerra comercial é um caminho perigoso, pois pode descambar para a guerra política e militar. As soluções artificiais não resolvem a questão no médio e no longo prazo.
Então, o desafio do norte do mundo é a competitividade. Não é fácil. E não se vence sem trabalho.
* Imagem picada daqui.
Bem, percebe-se muito bem os pontos críticos da Coisa-Economia global. Mas quais serão os termos da tal competividade, porque se formos mais competitivos num determinado período de tempo os outros vão tentar superar-nos mesmo com batotice como fazem alguams vezes os chinas, por exemplo. Claro o capital chama-le um figo. Vai para onde se é mais competitivo, leia-se menores custos com o trabalho.
ResponderEliminarOlhe sobre competição leia, por favor Bertrand Russel.
Por isso, temos de jogar no valor. Reduzir a economia ao custo é o erro do marxismo. O que temo de fazer é melhor, dar mais valor ao cliente. Porque nos custosa não consigo competir. E se os outros copiam, e copiam cada vez mais rápido - já não se demora 4 anos, a obrer segredos, como os russos com a bomba atómica, depois dos americanos em agosto de 1945 -, o que importa é manter a agilidade. E quando somos ultrapassados, renovar sistemas de organizações e recuperar.
ResponderEliminarÉ isso, António.
ResponderEliminarA História do planeta não começou há 30 anos. A China não é um país que existe há 100 anos, nem sequer há 1.000 anos. O conhecimento e a vantagem competitiva não estiveram sempre na Europa. A Europa já foi dos vandalos. A Europa medieval das trevas, da Inquisição, da fome e da doença em massa. No século XX a Europa enriqueceu. Depois, julgou que a História tinha terminado, como Fukujima. Só resta, trabalhar, com afinco, com criatividade, se for importante ter pão e dignidade. Se não for importante, esperemos todos por melhores dias, sentados, e vamos ter a velha Cuba na Europa, pseudo-culta e miserável.
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