O FMI tornou públicas, em 20-11-2012, as conclusões da sua missão a Portugal. O texto original, em inglês, pode ler-se no sítio deste organismo; o Público, de hoje, 21-11-2012, por Ana Rita Faria, faz uma síntese.
As conclusões produzem um retrato duro de quase catorze anos de despesismo socialista nas políticas sociais e de investimento não produtivo (além da corrupção, que as conclusões não abordam) - com o hiato Durão/Ferreira Leite. No que concerne à situação presente, os autores queixam-se quatro vezes de margens e lucros elevados nos setores de bens não transacionáveis (EDP, PT, etc.) - a que se deve somar a Galp -, desmentem a existência de uma bolha imobiliária (ou não realçam a notabilíssima capacidade de acomodação das famílias portuguesas), têm desmesurada expetativa no reequilíbrio dos bancos portugueses e na retoma da concessão de crédito às empresas e apontam que a austeridade vai ter de durar anos, devendo atacar as pensões (o próximo alvo). Louve-se a referência destas conclusões à necessidade de uma «redistribuição mais equitativa». Em todo o caso, as conclusões alertam para a tentação de uma política demagógica de abandono do equilíbrio orçamental que agrave ainda mais a sustentabilidade do País, no médio-prazo.
Os autores destas conclusões da missão do FMI a Portugal censuram os baixos níveis educacionais em comparação com parceiros comerciais e competidores, embora seja aí que tem havido a maior recuperação, seja na bastante maior percentagem de ingressos no ensino superior, seja na formação superior de adultos. À parte a mistificação das Novas Oportunidades paralelas ao ensino básico e secundário, que consistiram principalmente em certificação de competências em vez de desenvolvimento de competências, principalmente das mais básicas - como Português, Matemática e Inglês -, o programa Maiores de 23 Anos em universidades e politécnicos portugueses, públicos e privados, sem concessão de facilitismo, têm requalificado uma parte importante de duas gerações de portugueses ativos que abandonaram o ensino prematuramente. O desenvolvimento não tem receitas mágicas, mas é um facto que o desenvolvimento da educação melhora a competitividade das empresas, o desempenho profissional, o Produto.
O programa Maiores de 23 Anos deveria ser apoiado com incentivos aos adultos para que possam frequentar e obter competências no ensino superior: alunos meus adultos que frequentam as turmas pós-laborais de licenciaturas queixam-se que não conseguem continuar a pagar as propinas - e a situação agrava-se quando não residem ou trabalham na cidade onde estudam. Um deles, já a concluir a licenciatura, explicou-me que, se fosse agora, não tinha condição para pagar propinas, quanto mais para deslocações. Imagine-se, então, a retração do programa naqueles que ainda não entraram. Ensinar a pescar é melhor do que dar peixe: o País que tem dos mais longos subsídios de desemprego da Europa e da OCDE e que gasta balúrdios em formação profissional (des)qualificante (por exemplo, juntando pedreiros e padeiros em cursos de talhantes, em que os centros de emprego oferecem cursos numa espécie de média ponderada de formações diferentes...)
Outro problema é o desajustamento entre os empregos disponíveis e a formação dos licenciados, excesso de sociólogos, filósofos, historiadores, artistas, que não conseguem arranjar trabalho nas suas áreas e estariam dispostos a ganhar outras competências, reduzindo o peso dos subsídios de desemprego. Nesse sentido, escrevi em 7-4-2011, «Um plano de reconversão profissional para jovens licenciados». Li, em 17-11-2012, que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, celebrou um protocolo com a Universidade Nova para dotar licenciados de competências de Gestão, mas era urgente alargar essa iniciativa à escala nacional, financiando os jovens (ou escolas) nessa aquisição em vez de lhes pagar os subsídios de inatividade (desemprego), num verdadeiro e maciço programa nacional de requalificação de licenciados com formação de pouca empregabilidade.
Por fim, estas conclusões do FMI chamam a atenção para um problema terrível que o País agora sofre: a emigração:
«Um risco de médio prazo é de o crescimento recuperar demasiado lentamente para ter um impacto significativo no elevado desemprego, provocando a emigração de trabalhadores jovens e qualificados, que poderá ser difícil reverter.»Este não é «um risco de médio-prazo», mas uma tragédia em curso. A emigração leva os melhores dos portugueses: os mais qualificados, empreendedores e inconformados. A maioria dessa geração é irrecuperável para a portugalidade: hão-de constituir família no estrangeiro, os seus filhos tornar-se-ão estrangeiros e uma grande parte deles já nem falarão português. Portugueses não são judeus: embora os genes se transmitam, a portugalidade perde-se quase toda à terceira geração de exílio. O amor à Pátria até durará mais do que o amor do Estado aos emigrantes. A consequência não é apenas no âmbito patriótico e demográfico, nem sequer na competitividade económica, é também financeira: partem os novos e os ativos, ficam velhos, desempregados e subempregados, todos recebendo de um orçamento de Estado cada vez mais curto de receita fiscal.
Por isso, insisto: a corrupção de Estado mata, adoece, esfomeia, gela, embrutece, perverte, despeja, expulsa. A corrupção é intolerável e é obrigação dos homens e mulheres de Portugal combatê-la.
Leio o seu blog há quase um ano e gostaria de deixar aqui o meu testemunho em relação ao ensino universitário para maiores de 23.
ResponderEliminarTenho, como já disse, 33 aninhos e gostaria de tirar uma nova licenciatura em eng. do Ambiente (na Nova) ou Agronomica (no ISA), ou mesmo a licenciatura em Matematica (na Fac. Ciencias). Qual nao é o meu espanto quando verifico que, embora todas estas instituiçoes estejam abertas a alunos com mais de 23, NENHUMA FUNCIONA EM REGIME POS-LABORAL . A de matematica na fac. ciências terá funcionado em tempos, mas agora kaput.
Mais engraçado ainda é o caso do meu irmão (de 28 anos) que gostaria de tirar uma licenciatura em Psicologia (sim, sei que o mercado está saturado, mas enfim, o coração bate-lhe para aquele lado!), também em pós-laboral, porque enfim, tem de trabalhar para comer!, e não encontra nada. A unica hipótese seria o ISPA, mas o preço é proibitivo.
Cada vez que inquiri nas universidades o motivo de nao terem licenciaturas de jeito em pos-laboral (é que nem o raio da fac. de letras de lisboa tem uma unica!), diziam-me que custava muito dinheiro contratar auxiliares para abrirem as portas à noite. Mas entao os senhores reitores (e politicos afins) não gostam de vir para a praça publica reclamar que a educação nao pode ser um negocio? Como é que é?
Tenho muitos amigos e conhecidos que gostariam de refazer as suas vidas profissionais/académicas, mas não podem porque não existem horários para eles.
Atenção, que não podemos apelar contra a subsidiodependêndia, e querer que o ensino superior seja subsidiado. Nos EUA e noutros países desenvolvidos, muitas pessoas têm que trabalhar, para pagar os estudos. A não ser que os alunos demonstrem grande capacidade intelectual. Apoiar apenas aqueles que demonstrem grande capacidade e dificuldades sociais. os outros, façam-se à vida. Demonstrem que são muito bons, e há por aí Fundações como a Gulbenkian ou a Fullbright que os apoiem. Apoiar genéricamente qualquer um, não pode ser, pois é neste mesmo país que NÃO há creches para os que são bébés, NEM há lares para os idosos. Prioridades para um país falido, impõem-se.
ResponderEliminar#1,
ResponderEliminarOlha a novidade!!!
Desde o início dos anos 80 que não há curso noturno de Mat. na Fac. Ciências. No Técnico aconteceu algo parecido com os cursos noturnos a começarem às 16h.
Mas ainda há bem pouco tempo existiam cursos sem saída no mercado de trabalho com aulas à noite, como era o caso de Direito na Univ. de Lisboa.
Qual é o sentido que tudo isto tem?
cobra, ainda bem que não é novidade para si. como nao vivo em lisboa (e na decada de 80 ainda era um projecto de gente), para mim foi uma surpresa bem desagradável.
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=602940
ResponderEliminarO primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acusou hoje o secretário-geral do PS, António José Seguro, de estar em silêncio sobre a utilização de fundos europeus no passado, que considerou ter sido mal feita e irresponsável.
Durante um debate no parlamento sobre o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, que vai debater o quadro financeiro comunitário para o período 2014-2020, o primeiro-ministro defendeu que a solidariedade tem de ser acompanhada por responsabilidade financeira e que a União Europeia tem caminhado nesse sentido.
"O caminho da responsabilidade só é difícil para aqueles que pensam que o melhor é viver em permanente irresponsabilidade. Eu não vejo nada de negativo em seremos responsáveis. O que é penalizador é pagar o preço da irresponsabilidade passada. Isso custa, e deixa um sabor de injustiça em todos aqueles que não se sentiram ativos para que essa irresponsabilidade pudesse ter ocorrido", afirmou Passos Coelho.
Dirigindo-se ao secretário-geral do PS, o primeiro-ministro acrescentou: "O senhor deputado António José Seguro hoje está muito preocupado com o destino que nós vamos dar aos fundos comunitários que hão de vir do próximo quadro comunitário de apoio, mas ainda não lhe ouvimos versão socialista atual de como é que os fundos durante muitos anos foram utilizados em Portugal e do preço que vamos pagar por os termos utilizado mal".
Quando um reformado...conhecido pelo nome de "Eduardo pelo púbico Catroga" ganha a obscenidade que ganha na EDP...está tudo dito...
ResponderEliminarSó o Catroga?
ResponderEliminarO pai desta merda toda,quanto afiambra por mês?
QUANDO O TEUTÃO O AFAGA,REBOLA-SE QUAL CARNEIRINHO,AQUELE RICO RAPAZ QUE NOS VAI AO BOLSINHO.ACABADAS AS TERNURAS E ACTOS DE SUBMISSÃO, O LOBO DESPE A PELE E REGRESSA À NAÇÃO.AQUI SÓ LHE BRILHAM OS DENTES,PÊLO ERIÇADO DE EXCITAÇÃO , COM UM APETITE VORAZ, COME TUDO O QUE LHE PASSA À MÃO.CARNICEIRO MALFADADO,EXEMPLO DE TRAIÇÃO,O LOBO DAS FINANÇAS HÁ-DE LEVAR UMA LIÇÃO.O CAPUCHINHO VERMELHO, ARMADO DE UM TIÇÃO,O LOBO VAI ENRABAR SEM QUALQUER CONTEMPLAÇÃO.
ResponderEliminarOs teutões só foram bons enquanto pagavam e não piavam.
ResponderEliminarDesde que fecharam a torneira ao esbulho da escumelha do gamanço e dos pendurados,passaram a lobos.
O Camões vive da tença.
Acabou a festa,Luis Vaz.
Ehehehe.
O funcionalismo voraz tem os dias contados.Maus tempos para encontrar quem se deixe chular.
AINDA HÁS-DE ACABAR A LAVAR URINÓIS EM BERLIM NA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS CARNICEIROS DE AUSCHWITZ, ENQUANTO O CARNEIRINHO BEIRÃO LHES SEGURA O FUNIL DE CERVEJA EH,EH,EH.
ResponderEliminarDiz a cigarra portugona à formiga teutona:
ResponderEliminar-Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto?
- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga alemona. – Aconselho-te a fazeres o mesmo.
- Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta...
Tontos = Tugas
ResponderEliminarO Gaspar quer ir para o BCE. Quem o pode promover é o Schauble. Ele sabe. Está a trabalhar bem. O Barroso foi servir cafés ao Bush, nas Lajes. Foi promovido. O Guterres foi promovido a paizinho dos pobres refugiados, por contrapartida da sua beatice. É assim que os Tugas-Pais funcionam. Os tugazinhos tontos colocam-nos lá, e não lhes exigem nada. O Passos só quer privatizar as Águas, para satisfazer os Padrinhos Angelo e Ilidio. O Relvas quer é Rio de Janeiro-Luanda Cnnection, mesmo com o Dirceu-Mensalão preso. O tuga é tonto e corno manso. Gosta de ter eleitos assim. Gostou sempre do Soares, que mais que decuplicou a sua fortuna nos últimos 30 anos. O Cavaco tinha uma casa alugada em campo de Ourique. Agora, tem na família o Pavilhao Atlantico. O Tuga gosta que os Senhores Feudais sejam ricos e felizes. O Tuga gosta de levar no lombo. 20.000 euros é quanto cada Tuga deve. E vai pagar, mesmo que haja haircut, vai pagar. Pagando.
Há maneira de colar um P.D.F. na caixa de comentários?
ResponderEliminarQUANDO O ANAFADO TEUTÃO A SALSICHONA TE ENFIAR,CERTO,CERTO ESTOU QUE ATÉ VAIS GOSTAR.A FOME TE VAI MATAR,OS GORGOMILOS ALARGAR E MORRENDO DE PRAZER O INVERNO VAIS PASSAR.
ResponderEliminarhttp://expresso.sapo.pt/papa-diz-que-calendario-cristao-e-baseado-em-erro-de-calculo=f768786
ResponderEliminarProntos! Se o Coelho sabe disto vamos ter menos um feriado, que grande porra!
Por qué non te callas!
Esse erro é conhecido há muito.Nada de novo.
ResponderEliminarA data que se comemora tem importância pelo simbolismo.
Deixa lá as salsichas do teutão.
ResponderEliminarTens andado a comer a salsicha dos contribuintes e isso terminou.O funcionalismo público voraz só tem ossos para roer.
Get it?
Estes Senhores do FMI são muito engraçados. Vefiquem o documento do memorando e verão porquê...
ResponderEliminarQUANDO FORES PARA O DESEMPREGO E A TUA EMPRESA FECHAR,QUANDO FOME TIVERES E ANDARES A MENDIGAR,QUANDO À BISMARKA IMPLORARES PARA TE ALIMENTAR,VERÁS ENTÃO UM TEUTÃO NA TUA CASA MORAR.GET IT,PATETINHA ANALFABETO?
ResponderEliminarEssa K7 não pega,Luis Vaz.
ResponderEliminarA raiz da nossa pobreza não é a Alemanha.
Vocês querem é que a mama,o dolce far niente pago a peso do ouro,se prolongue.
Nem têm a humildade de pedir esmola,exigem.
Não temo o desemprego.O Estado nunca me deu nada.Pelo contrário,tenho vindo a ser sugado para pagar a todas as sevandijas que lá se acoitam em confortável ociosidade.
Há uns anos,estavam todos em festejo com o regresso das caravelas.
Alguém que pague o buffet.
Aqui está o exemplo de como os alemães estão a consumir o dinheiro que os portugueses para lá enviam.
http://crimedigoeu.wordpress.com/2012/11/23/salarios-milionarios-no-estadoso-ca-em-portugal/
Quando a sem vergonhice é o lema de uma naçao, tudo é justificação. Durante décadas, o Soares fez passar todas as responsabilidades pela ineficiencia da nação ao Salazar. Quase 40 anos após o 25 de Abril, a desculpa do Salazarento, já não colhe. Agora, os culpados são os malandros dos alemães. Trabalhar no duro. Ou a pedinchisse. Ou a miséria.
ResponderEliminarPalavras sábias.
ResponderEliminarA corrupção em Portugal tem sido incentivada e protegida pela Alemanha como no resto da Europa.Vejam o caso dos submarinos, da MAC ou dos fundos Europeus.Quanto mais corruptos os Governos e os políticos, maior o controlo que os alemães têm sobre o país em causa.O caso português é exemplar.A Merkel alguma vez falou contra a corrupção portuguesa para explicar o problema do deficit excessivo e da divída pública galopante?O Pacto é outro-Roubem à vontade desde que façam o que nós quisermos.O que querem é simples-transformar os Europeus do Sul nos chineses escravos dos Alemães,o Lebensraum alemão.Lutar contra esta política Alemã e contra a corrupção em Portugal é a mesma coisa,verso e reverso da mesma medalha.
ResponderEliminarÀ Merckel não lhe cabe fazer diagnósticos sobre os problemas éticos na sociedade portuguesa.
ResponderEliminarO caso que deita por terra essas elocubrações,que não passam de racionalismo,é que na Alemanha os corruptores estão na cadeia.
Lembram-se do aeroporto de Macau?
O sr Weidleplan foi condenado na Alemanha por ter subornado o Melancia e o Soares.E por cá???
Atirem com a culpa para os alemães e deixem esta canalha portuguesa corrupta à solta e a enxamear as zonas de poder político e judicial.
Vão longe.
Eu vou comprar um submarino e gostava de saber como é que faço para o meu menino que tem 16 anos, receber uns tostões por fora, para lhe comprar uma casinha que já vi, custa só 3 milhões...é uma pechincha.
ResponderEliminarAlguém me pode informar?
Se fosse só os submarinos...
ResponderEliminardesde o 25 do A que há submarinos para todos os gostos e todos os anos.
Ninguém ligou pevide.
todos achavam que os alemães é que iam pagar tudo.
Agora chegou-lhes à carteira e tiveram todos um ataque de ética.
O último a sair que feche a porta.