Barack Hussein Obama ganhou a eleição presidencial dos EUA de ontem, 6-11-2012, com 50,3% (303 votos no colégio eleitoral) contra 48,1% de Mitt Romney (206 votos). Os republicanos mantiverem o controlo da Câmara dos Representantes e os democratas retiveram o domínio do Senado. A divisão política continuará.
Obama não ganhou pelo discurso inspirado, que já não é novidade e não causa, por isso, o mesmo calafrio. Não ganhou pela sua condução da economia, quatro anos depois na mesma depressão. Obama nem sequer ganhou, creio eu por certas características do seu adversário, Mitt Romney:
- mórmon - cerca de 1,7% da população dos EUA, país tradicionalmente cristão (católicos cerca de 24%, menos do que as igrejas evangélicas com cerca de 26%) mas num processo acelerado de ateísmo, com os ateus a cresceram de 15 para 20% entre 2007 e 2012.
- bilionário e financeiro, numa América onde 46,7 milhões recebe senhas de comida (cerca de 15% da população). Por exemplo, em New York, tem direito a food stamps do Estado qualquer indivíduo sózinho que tenha um rendimento anual inferior a 26.900 dólares (21.015 euros ao câmbio de ontem, 1 euro = 1,28 dólares) ou uma família de quatro pessoas com rendimento inferior a 38.400 dólares (30.000 euros de acordo com o mesmo câmbio).
- mais belicoso, num nação cansada da guerra.
Barack Obama ganhou porque a América se consolidou como socialista. Um governo maior e mais interventivo na mudança cultural radical. Mais fruição e menos sacrifício. Um comentador resumiu, ontem à noite, e bem, num canal televisivo norte-americano, o fenómeno, explicando que a maioria do povo norte-americano tinha invertido a frase do discurso inaugural de J.F. Kennedy, em 20-1-1961: «ask not what your country can do for you - ask what you can do for your country». E, além deste socialismo utilitário, cresce uma corrente anarquista (e não apenas marxista), mais forte na academia, uma corrente que, na Europa, atinge o auge na Espanha, como em 1934-1936.
Uma América socialista na economia: querendo mais subsídios diretos do Estado no desemprego, na saúde (que tem custos insustentáveis mesmo para a classe média), na educação, na alimentação, vestuário e calçado, na habitação; protegendo a imigração ilegal; desejando o aumento de impostos sobre as empresas e os particulares mais prósperos; e investindo menos, preferindo o trabalho por conta de outrém ao risco do auto-emprego ou empresa.
Uma América socialista nos costumes: na legalização da droga (dois Estados realizaram referendos que aprovaram o uso recreativo da marijuana, e não apenas o uso dito terapêutico), no casamento homossexual (aprovado ontem, por referendo, em dois Estados), no aborto, na eutanásia, na tolerância face ao crime, na atitude crescentemente radical do ateísmo.
Este socialismo coincide também com uma divisão política e étnica numa federação efetivamente mais castanha: latina e afro-americana versus o setor wasp que está a perder o controlo do País de que até hoje tinha gozado (66% em 2008, face a 15,5 de latinos, 12,4% de afro-americanos, 4,4% de asiáticos e 0,8 de índios). Uma crispação étnica de mágoas e sedes de vingança que tem efeitos nefastos de longo prazo.
A América tornou-se mais socialista também porque a versão do capitalismo ainda em vigor falhou. Uma versão socialista do capitalismo, que se converteu, por conveniência dos corruptos e aceitação dos abusadores, num socialismo bancário, de fornecimento fácil de crédito a baixo custo a quem não tinha possibilidade de pagar, que tem como outra face a promiscuidade entre o sistema financeiro e o sistema político. Quem, a esquerda critica o famigerado neo-liberalismo negligencia a aliança teórica entre monetarismo e socialismo, ambos defensores da criação artificial de dinheiro. Não há empreendedorismo sem risco e sem trabalho: o Estado contraria o risco e o trabalho, quando pune e desincentiva a criação e a manutenção de negócios e o auto-emprego.
Sem reforma do Estado social, da política corrupta, da promiscuidade político-bancária, sem retorno ao trabalho e sem alívio fiscal, não há viabilidade de recuperação. Apenas ruína. Uma ruína socialista.
Excelente artigo.
ResponderEliminarClaro que numa Europa decadente, tudo o que aqui se escreve é esquecido e é considerado como heresia.
Deixá-los. A Ásia vai acentuar o seu poderio, pelo trabalho, pela força positiva, pelo empenho, pelo esforço. Vai-se tentar fechar a "fortaleza americana" e a "fortaleza europeia", como formas de proteccionismo. Vai ser pior a emenda, do que o soneto. A Ásia tem 4 biliões de seres humanos, tem produção, tem trabalho e tem disciplina.
A Europa vai-se envolver em guerra, em menos do que 5 anos. Os EUA já tinham entrado em decadência. No segundo mandato de Obama, a decadência vai-se acentuar.
A proliferação do casamento gay com o consumo legalizado de drogas, mais ou menos duras, é o cocktail perfeito da decad~Encia acentuada do Império Americano.
Não esquecer que Obama foi apoiado por Warren Buffett, Bill Gates, Michael Bloomberg, George Soros. Não há almoços grátis. Porque será que alguns dos bilionários americanos estiveram atrás de Obama? O Socialismo dos ricos é a resposta. Nenhum rico ou super-rico dá apoio a um político sem contrapartidas.
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ResponderEliminarDe facto Obama alimentou os mais ricos com bailouts. Por isso eles até pedem mais impostos. A esquerda agora tem o poder, tem a imprensa, tem a educação para formar mais imbecis e tem o dinheiro. Quem sustenta? A classe média muito dividida e alguns empresários. Quem contribui e desempata com o voto? Os pobres cada vez em maior número.
ResponderEliminar"Obama es el primer demócrata desde Franklin D. Roosevelt que logra la reelección con más del 50% de votos"
ResponderEliminarhttp://internacional.elpais.com/internacional/2012/11/07/actualidad/1352315987_908307.html
Wiki news
ResponderEliminarin:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_Social_Única
"contudo já não se encontra em vigor."
I m free of taxes!
FILHA DE HITLER NÃO SEI.FILHA DA PUTA SEI.
ResponderEliminarO CIDADÃO HERBÁCEO ANDA MUITO PREOCUPADO,AS RELVAS ESTÃO TODAS SECAS E PARA MAIS TUDO CAGADO.NO SEU AFÃ MATINAL A CONTAR AS CUMISSÕES,LÁ VAI AS RELVAS SUJANDO COM OS SEUS CAGALHÕES.CONTA,CONTA,CONTAS MIL,AS NOTAS DE 500 TAMBÉM VÃO SUJANDO O HERBIL.PARA AUMENTAR O DESAFORO TAMBÉM USA O ANIMAL AS FOLHAS DO JORNAL PARA LIMPAR O ANAL.NUM ACTO DE CIDADANIA- E PORQUE O PASSOS TAMBÉM JÁ SUJOU OS PÉS AO ANDAR NO HERBAÇAL-O CIDADÃO HERBÁCEO DECIDIU LIMPAR O SEU QUINTAL.ESFAIMADO,DE BOCA ABERTA,UMA A UMA LÁ FOI CUMENDO TODA A BOSTA DO RELVAL.
ResponderEliminarcom Hussein os eua vão seguir o caminho que resultou mal na europa
ResponderEliminarboa viagem
Força,Relvas!
ResponderEliminarMete lá os funcionários públicos na linha,a ganharem ordenados compatíveis com o que o país produz.
Acaba com a RTP,esse antro de canalhas que ficam milionários com o salário.
Os tugas não devem nada à Frau Merkel. A Alemanha é que deve tudo à Tugolandia, porque compra muitos BMW's, Mercedes e Audi's. A Frau Merkel vem pedir ajuda ao Prof. Cavaco, para que os Tugas continuem a comprar muitos BMW's, Mercedes e Porsches. Pois!
ResponderEliminarA Alemanha começa a gripar, porque os portugueses compram menos Mercedes. Por isso é que a Merkel cá vem. Eles precisam de vender automoveis, pois não sabem fazer mais nada. Nós temos café, pasteis de nata, jogadores de futebol, vinho, cerveja. Se os almães não nos ajudam, nós não podemos comprar os Audi's.
ResponderEliminarA Alemanha neste momento treme com a baixa da venda de Mercedes em Portugal,um colosso da economia mundial.
ResponderEliminarFrau Merkel já pensa lançar o RSI para os empregados da indústria automóvel.O Banco Mundial contra a fome e a Cruz Vermelha já estão a desenvolver planos para atacar a miséria que o impacto vai causar.
Nunca pensei ver isto,a Alemanha a pedir esmola a Portugal.
Hoje estamos numa posição cimeira da economia mundial.
Acho que não devíamos emprestar nem mais um tostão ao FMI e os alemães que trabalhem como nós,chega!
Abençoado socialismo e abençoados políticos que nos governam.
Entretanto, o Inseguro está aflito, pois, está forçado a casar-se com os Passos, tal como o outro com o Tango. Como, o gangue maçon está a perder peso, o Inseguro será trucidado logo que dance a valsa com os Passos. Está o Costa à espreita. Vai daí, venham as eleições, algo que vai salvar todos os portugueses da fome. Pois, com muitos votos e com a maçonaria do Rato no poder novamente, vai ser uma festa, é só frigoríficos, bolos reis, garrafas de espumante, automóveis a crédito e muitas viagens às caraíbas do Fidel. Eh, eh, até o Pedroso sonha outra vez tomar conta da Casa Pia.
ResponderEliminarA América é um estado sionista comandado pelos sionistas, tendo como base avançada o estado de Israel, socialismo ? O que é isso, conversa de treta.
ResponderEliminar"O Ministério da Administração Interna e o das Finanças autorizaram promoções de 3.115 militares da Guarda Nacional Republicana (GNR)." - D. Económico.
ResponderEliminarJá a minha avozinha dizia, meu filho nunca te esqueças que quem tem cu tem medo.
Napoleão
A Alemanha recusou a divulgação no país do vídeo sobre Portugal que o professor Marcelo Rebelo de Sousa anunciou e promoveu.
ResponderEliminarLer mais: http://expresso.sapo.pt/video-de-marcelo-recusado-pela-alemanha=f766017#ixzz2BpSdCeRa
Este gajo não tem conhecimento de quem é a Merkel? Os portugueses que estão cá são tratados a baixo de cão.
Foi pena o Hitler não durar mais uma semana, parece que o gajo tinha esperanças de dar uma voltinha pelos céus de Lisboa carregado de presentes.
Napoleão
Coitados.Figuras ridículas,gozados fora de fronteiras,a esmolar atenção e dinheiro.
ResponderEliminarPobre Portugal interrompido.