Bruno Alves falha o 4.º penalti do desempate do Portugal 0 - Espanha 0
Donetsk, 27-6-2012, Euro 2012
Depois de um excelente jogo nos quartos de final do Europeu de Futebol 2012, em 21 de junho, em que a seleção portuguesa bateu a da República Checa, por 1-0, em Varsóvia, com novo golo de Cristiano Ronaldo, Portugal sucumbiu ontem, 27-6-2012, perante a Espanha, apesar de 0-0 durante os 120 minutos.
Portugal, que tem a pior linha média das últimas três décadas, por falta de um centrocampista de ataque (Moutinho não é e o selecionador não puxa Nani para a função), e não tem avançado-centro sequer de nível médio, conseguiu afogar a Espanha do tiquitaca... sem Messi, vulgarizada pelos médio-defensivos portugueses (um extraordinário Veloso, um regular Meireles e a carraça Moutinho em boa forma). Um feito para a história: doravante a seleção espanhola não será vista com o mesmo temor. Pelo contrário: Espanha respeitou Portugal e sem a ousadia dos três defesas do Barcelona. Só no prolongamento se viu uma Espanha superior, mais ousada para evitar os penáltis para os quais Paulo Bento jogou.
Paulo Bento é um treinador defensivo: trocou de avançado aos 81' (substituindo o ponta-de-lança do Tigres de la Universidad Autónoma de Nuevo León pelo suplente do Benfica), pôs no lugar de Veloso o trinco Custódio (aos 106') a jogar num prolongamento, período onde se diz que não há médios mas apenas defesa e ataque, e Varela só entrou aos 112, substituindo um Meireles que só costuma durar 70 minutos. Quaresma, em má forma, nem sequer entrou no Europeu e já se sabia que Hugo Viana não era opção para o selecionador. Todavia, os lançamentos dos médios falharam e os defesas não fazem milagres: gostava de ter visto os lançamentos nanoguiados de Viana e o treinador a responder às entradas de Navas e Pedro com Varela (mais cedo) e Quaresma. O jogo não correu bem a Ronaldo, como os dois últimos, não acertou nas faltas e nos remates, e a defesa espanhola jogou mais contraída e muito atenta, mas o País reconciliou-se com a sua prestação nas Quinas.
O árbitro turco Cüneyt Çakir, pareceu ligeiramente tendencioso para a Espanha e poderia ter apitado diferentemente um lance na área espanhola num remate à queima-roupa. Mas nada do que se temia do ábitro, de nível médio, nomeado para uma meia-final do Euro por uma Comissão de Arbitragem da UEFA, na qual o vice-presidente é turco e é dirigida pelo papa espanhol Angel Villar, num torneio, cujo presidente (Platini) indicou publicamente preferir Espanha e Alemanha na final.
Os penáltis não são uma lotaria, mas a sorte predomina. A equipa que acaba o jogo por cima vai mais confiante para o desempate; a diferença de estatuto das equipas tranquiliza os jogadores da equipa mais forte e atemoriza os da mais fraca; e o prestígio do guarda-redes, e o seu currículo de defesa de penaltis, angustia o rematador. Tudo pesado, a confiança de Moutinho perante Casillas é menor do que a de Fabregas perante Rui Patrício. Não parece ter havido suficiente trabalho de mentalização dos jogadores para o objetivo marcado: ganhar nos penáltis. Precisávamos da psicóloga de Scolari (Regina Brandão) ou da psicóloga do Bétis (Patricia Ramírez Loeffler) - aliás, o excelentíssimo Scolari bastava. Bruno Alves hesitou e pediu a Nani para bater a terceira penalidade e falhou a quarta... E, para lá da confiança e atemorização, existe a sorte: a barra devolveu o penalti de Bruno Alves e encaixou o de Fabregas...
Contudo, Paulo Bento, um extraordinário disciplinador que todavia critico, desde sempre pela postura defensiva e falta de génio tático, apresentou neste Europeu um novo e interessante sistema que há-de ser estudado pelos teóricos da bola: o contra-ataque foguete. Um contra-ataque franco-atirador velocíssimo, uma espécie de patrulha de longo raio de ação, focado na seta Cristiano. Ainda que sem avançado-centro, nem médio de ataque. Mas Portugal é este «cantinho» e as gerações são o que são e não podemos ir buscar jogadores ao passado para juntar com estes, nem pôr Ronaldo junto com os jovens Sousa, Figo, Rui Costa e Pauleta. E como me dizia a minha mãe: se tivéssemos azeite, fazíamos umas sopas, se tivéssemos pão... Temos o que temos e somos até mais do que podemos.
Portugal, que tem a pior linha média das últimas três décadas, por falta de um centrocampista de ataque (Moutinho não é e o selecionador não puxa Nani para a função), e não tem avançado-centro sequer de nível médio, conseguiu afogar a Espanha do tiquitaca... sem Messi, vulgarizada pelos médio-defensivos portugueses (um extraordinário Veloso, um regular Meireles e a carraça Moutinho em boa forma). Um feito para a história: doravante a seleção espanhola não será vista com o mesmo temor. Pelo contrário: Espanha respeitou Portugal e sem a ousadia dos três defesas do Barcelona. Só no prolongamento se viu uma Espanha superior, mais ousada para evitar os penáltis para os quais Paulo Bento jogou.
Paulo Bento é um treinador defensivo: trocou de avançado aos 81' (substituindo o ponta-de-lança do Tigres de la Universidad Autónoma de Nuevo León pelo suplente do Benfica), pôs no lugar de Veloso o trinco Custódio (aos 106') a jogar num prolongamento, período onde se diz que não há médios mas apenas defesa e ataque, e Varela só entrou aos 112, substituindo um Meireles que só costuma durar 70 minutos. Quaresma, em má forma, nem sequer entrou no Europeu e já se sabia que Hugo Viana não era opção para o selecionador. Todavia, os lançamentos dos médios falharam e os defesas não fazem milagres: gostava de ter visto os lançamentos nanoguiados de Viana e o treinador a responder às entradas de Navas e Pedro com Varela (mais cedo) e Quaresma. O jogo não correu bem a Ronaldo, como os dois últimos, não acertou nas faltas e nos remates, e a defesa espanhola jogou mais contraída e muito atenta, mas o País reconciliou-se com a sua prestação nas Quinas.
O árbitro turco Cüneyt Çakir, pareceu ligeiramente tendencioso para a Espanha e poderia ter apitado diferentemente um lance na área espanhola num remate à queima-roupa. Mas nada do que se temia do ábitro, de nível médio, nomeado para uma meia-final do Euro por uma Comissão de Arbitragem da UEFA, na qual o vice-presidente é turco e é dirigida pelo papa espanhol Angel Villar, num torneio, cujo presidente (Platini) indicou publicamente preferir Espanha e Alemanha na final.
Os penáltis não são uma lotaria, mas a sorte predomina. A equipa que acaba o jogo por cima vai mais confiante para o desempate; a diferença de estatuto das equipas tranquiliza os jogadores da equipa mais forte e atemoriza os da mais fraca; e o prestígio do guarda-redes, e o seu currículo de defesa de penaltis, angustia o rematador. Tudo pesado, a confiança de Moutinho perante Casillas é menor do que a de Fabregas perante Rui Patrício. Não parece ter havido suficiente trabalho de mentalização dos jogadores para o objetivo marcado: ganhar nos penáltis. Precisávamos da psicóloga de Scolari (Regina Brandão) ou da psicóloga do Bétis (Patricia Ramírez Loeffler) - aliás, o excelentíssimo Scolari bastava. Bruno Alves hesitou e pediu a Nani para bater a terceira penalidade e falhou a quarta... E, para lá da confiança e atemorização, existe a sorte: a barra devolveu o penalti de Bruno Alves e encaixou o de Fabregas...
Contudo, Paulo Bento, um extraordinário disciplinador que todavia critico, desde sempre pela postura defensiva e falta de génio tático, apresentou neste Europeu um novo e interessante sistema que há-de ser estudado pelos teóricos da bola: o contra-ataque foguete. Um contra-ataque franco-atirador velocíssimo, uma espécie de patrulha de longo raio de ação, focado na seta Cristiano. Ainda que sem avançado-centro, nem médio de ataque. Mas Portugal é este «cantinho» e as gerações são o que são e não podemos ir buscar jogadores ao passado para juntar com estes, nem pôr Ronaldo junto com os jovens Sousa, Figo, Rui Costa e Pauleta. E como me dizia a minha mãe: se tivéssemos azeite, fazíamos umas sopas, se tivéssemos pão... Temos o que temos e somos até mais do que podemos.
Excelente análise. Muito bom
ResponderEliminarTomáramos nós que a política portuguesa fosse ao nível da selecção. Suaram, esforçaram-se e demonstraram que é possível fazer trabalho, desde que não se seja calão e se queira ganhar.
ResponderEliminarNa política, temos os Jotas, os vigaristas, os alpinistas sociais, os pulhas, etc. Dizem que vivemos uma Democracia, em que os políticos são eleitos pelo Povo. Ora, fod....o Povo que elege tal lixo, que tem ocupado sucessivamente o topo da nação.
Paulo Bento não é brilhante, mas é melhor gestor de pessoas, do que Cavaco, Passos, Sócrates, Soares, Sampaio e afins. Era o que tinha, e do que lhe deram, chegou aos 4 melhores da Europa.
Das outras élites, sabemos que o Artur Santos Silva, socialista-cavaquista, aufere a reformazinha de 315.000 euros anuais, fora o resto e for a Gulbenkian. Sabemos que Jardim Gonçalves parece que aufere a magra reforma mensal de 175.000 euros e pede um novo 25 de Abril.
O futebol é o ópio do povo, actual, em substituição da putrefacta Igreja católica, entregue a "adoradores de criancinhas" e traficantes financeiros. Apesar disso, tomara que houvesse na política, na banca, nas empresas, no Estado ou na Igreja, espírito de corpo e de grupo como tiveram na selecção (incluindo a "maça podre" do Bettencourt).
Terminada que está a nossa passagem, acima das maiores expectativas, pelo Euro/2012, será que o Dr ABC vai investigar a licenciatura do Relvas tal como fez com a de Sócrates? Não acredito.
ResponderEliminarPassado o futebol será que o DRr ABC, finalmente, vai debruçar-se sobre o desastre anunciado resultado destas políticas de austeridade, em cima de austeridade e do custe o que custar? Não acredito.
Será que depois de ler o relatório da ERC acerca das pressões do Relvas o Dr ABC vai ser tão critico e objectivo, como o foi em tempos atrás, relativamente a decissões dessa mesma ERC? Não acredito.
Será que o Dr ABC vai ter alguma palavrinha acerca da nomeação do Arnaut (PSD) para a REN? Não acredito.
O que é certo é o Dr ABC continuar a falar do Ricardo Rodrigues, das opiniões do Soares, do Obama, isto é, mandar bolas para fora.
É a sua imaparcialidade a impor-se (risos)...
O Dr. Ricardo Rodrigues? O que gamou os gravadores aos jornalistas? Mas, ele não foi condenado pelo Tribunal? A licenciatura do Seguro, feita na Autónoma, depois de mais de 20 anos a estudar, isto é, inscrito em vários sítios? Ou sobre a entrega de Portugal à Finança Internacional, por parte do indivíduo que é engenheiro técnico e que desfruta de uma reforma dourada aos 52 anos de idade em, Paris? Ou ainda sobre como se fez fortuna à custa dos diamantes de sangue do Savimbi? Não. Aqui fala-se de bola. É do que o povo gosta. Qualquer dia, arranja-se aqui um cantinho para beber umas minis fresquinhas, para a malta esquecer que o socialismo deixou o mundo ocidental de cócoras, porque a malta se habituou aos subsídios e prefere pagar os produtos que os tolos dos chineses produzem, porque não sabem fazer mais nada do que trabalhar.
ResponderEliminarE por falar em REN, cadê a família Penedos? Esses gestores de energia radiante. Gente séria e discreta. Eles é que deveriam estar na REN. Eles é que entendem de energia a rodos.
ResponderEliminarBoa tarde
ResponderEliminarSerá que o comentador das 15:14 também é um dos que trabalha para a Setestrelas?
Manuel Pereira
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/os-salteadores-das-redes-sociais
Caro António ,
ResponderEliminarO que eu mais gostei ..foi dos passos de ganso do rei do gel cada vez que ia marcar um livre ..e com reboladinha no final ..
Você reparou naquilo ? que ridiculo ..
Ainda dizem por aí ..que o rei do gel é o melhor de todos os tempos ..ahahahahha kakakakakakaka
Mas se os Setestrelas têm a qualidade do lixo socretino que por aqui tem andado, coitados, serão varridos da face da Terra e só pararão na terra dos gays, San Francisco.
ResponderEliminaro velho mau perder espanhol, mesmo que ganhando.
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579778
O jornal catalão Sport não perdeu a oportunidade e aproveitou a eliminação de Portugal para criticar Ronaldo, escrevendo que «Messi é melhor até de férias».«Finalistas! Adeus Cristiano», tem como título o diário, que escreve que Ronaldo deverá ganhar a «Bola de Prata» na corrida à Bola de Ouro: «Messi é melhor até de férias».
O Sport afirma ainda que o estilo de jogo de Portugal «não beneficia o futebol», palavras secundadas por outro jornal da desportivo da Catalunha, o El Mundo Deportivo, que escreve que Portugal adoptou o estilo do treinador do Real Madrid, José Mourinho, à «base da pancada (palo)».
na minha aldeia so havia elogio para a merda.
ResponderEliminardaqui a 2 há mais
já podem 'ir para a night'
pqp