CM, 1.ª página, 26-2-2012 (realce meu)
«José Sócrates quis esconder Inglês Técnico» - CM, 26-2-2012, p. 6
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«José Sócrates quis esconder Inglês Técnico» - CM, 26-2-2012, p. 7
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O Correio da Manhã, de hoje, 26-2-2012, nas páginas 6 e 7 da edição impressa (e com chamada de primeira página), por Sónia Trigueirão (que já começou a ser fustigada pelos portavozes do sistema), traz nova notícia sobre o caso da licenciatura do ex-primeiro-ministro na Universidade Independente (UnI), com base em escutas telefónicas que alega constarem do processo sobre a gestão da UnI: «José Sócrates quis esconder Inglês Técnico». A notícia traz um novo trecho da transcrição de uma conversa telefónica entre José Sócrates e Luís Arouca (reitor da UnI) de 15 de março de 2007 em que o tema é a cadeira de Inglês Técnico; a transcrição de uma segunda conversa de Sócrates com Arouca em 15 de março de 2007, à noite, em que o primeiro-ministro quer saber as cadeiras que fez na UnI; e a transcrição de uma outra conversa telefónica de Sócrates para Arouca, em 16 de março de 2007, em que o primeiro-ministro pergunta ao reitor sobre o seu encontro com o jornalista do Público, Ricardo Dias Felner. Nestas conversas, Sócrates tenta ser cauteloso com o que diz, como se soubesse estar Arouca a ser escutado (a Universidade Independente era caso de polícia e tribunais, com Arouca no centro do furacão), mas, por necessidade de informação e instrução, acaba por escorregar com frequência...
Pelo interesse público e patriótico, reproduzo as notícias acima com as transcrições dessas conversas que existirão no processo (em julgamento) sobre a gestão da Universidade Independente, que o CM, na edição de ontem avisa já não estarem em segredo de justiça. Comento as três conversas e concluo.
Comentário ao segundo trecho da conversa de 15 de março de 2007 entre Sócrates e Arouca:
Então, manda a verdade que se diga que a Dra. Cândida Almeida tentou incluir três dessas dezasseis escutas e que foi a juíza de instrução que não o autorizou. Mas se as escutas tinham sido validadas por um juiz no outro processo, como não eram válidas neste?... E por que não recorreu a Dra. Cândida Almeida desse despacho da juíza, o qual criticou? E seriam essas três escutas que a Dra. Cândida Almeida selecionou, as que o CM publicou em 25 e 26 de Fevereiro de 2012 ou outras?
Não posso acreditar na hipótese do dilema do califa Omar de Damasco, na avaliação dos livros da biblioteca de Alexandria, que terá mandado queimar. Isto é, se as escutas eram favoráveis e supérfluas ou se eram desfavoráveis e heréticas... Todavia, se foram estas três conversas que o CM publicou parece muito difícil de aceitar a avaliação que delas faz a Dra. Cândida Almeida, segundo o Público: depois de uma queixa-crime publicamente entregue na Procuradoria-Geral da República em 9 de março de 2007 sobre a utilização de documento falso (o título de licenciatura) por José Sócrates este procura levar o reitor a concertar uma versão falsa dos factos (que não conhecia o professor, Luís Arouca, de uma cadeira que este lhe ministrou e mostra desconhecer o seu alegado percurso na universidade (quantas e quais cadeiras tinha feito), e pretende omitir o nome dos docentes (o seu velho amigo prof. António José Morais que o aprovou em quatro das cinco cadeiras que fez e lhe tinha atribuído as contestadas equivalências). Mas, se foram outras as três conversas escolhidas pela Dra. Cândida Almeida, porque se não valorizaram estas que o CM publica e a sua informação? Em qualquer caso, custa a admitir que essas escutas, todas, não tenham sido juntas ao processo, que a juíza não tenha autorizado, que a Dra. Cândida (que o jornalista diz tê-las ouvido todas as dezasseis) não as tenha tentado juntar todas para provar o sentido da sua conclusão e que não tenha recorrido da decisão.
Por fim, uma questãozinha: como sabia Sócrates que as equivalências se iriam tornar um tema decisivo, porque recebeu muito mais do que devia, quando eu só publicou o meu poste sobre o assunto «Inequivalências» (cf. pp. 103-113 do meu livro «O Dossiê Sócrates»), em 29 de março de 2007)?...
Nota: Ver ainda o José da Porta da Loja no poste «Os répteis à volta da capinha», sobre esta notícia do CM, de hoje.
Atualização: este poste foi atualizado às 21:42 de 26-2-2012 e emendado às 11:04 de 27-2-2012. Obrigado aos leitores, como sempre, pela indicação dos lapsos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa não é, nem chegou a ser, arguido no inquérito para averiguação de eventual falsificação de documento autêntico, no seu diploma de licenciatura em Engenharia Civil da Universidade Independente (Processo n.º 25/07.5.TE.LSB do DCIAP) e o inquérito foi arquivado, em 31 de Julho de 2007, pela procuradora-geral adjunta Dra. Maria Cândida Almeida e pela procuradora adjunta Dra. Carla Dias.
Luís Arouca, António José Morais e Rui Verde, e demais entidades referidades neste poste, não são arguidos por cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso da licenciatura do ex-primeiro-ministro.
Pelo interesse público e patriótico, reproduzo as notícias acima com as transcrições dessas conversas que existirão no processo (em julgamento) sobre a gestão da Universidade Independente, que o CM, na edição de ontem avisa já não estarem em segredo de justiça. Comento as três conversas e concluo.
Comentário ao segundo trecho da conversa de 15 de março de 2007 entre Sócrates e Arouca:
- Enquanto na parte anterior, Sócrates pretendia que Arouca disesse que só o conheceu após ele ter concluído a licenciatura, nesta o primeiro-ministro, que já nem se lembrava do nome da cadeira que (mal) fez com o Prof. Arouca, sugere ao reitor da UnI «talvez até fosse bom ignorar isso... ou dizer "olhe fez comigo e foi aí que eu o conheci e tal..."».
- O ex-aluno Sócrates pergunta ao reitor Arouca quantas cadeiras ele próprio fez na Independente com uma frase fabulosa, ilustrativa da forma como obteve o seu diploma de licenciado na UnI: «Mas portanto quantas cadeiras eu fiz na Universidade?». E Arouca diz-lhe quantas e quais...
- Sócrates continua muito preocupado com a questão das equivalências (que lhe foram dadas pelo seu velho amigo da Cova da Beira, o prof. António José Morais): «é que me deram as equivalências exactamente que davam a todos os alunos do ISEL»... E Arouca anui. Já vimos que Arouca concordava com tudo quanto Sócrates sugeria. No telefonema cauteloso anterior, ontem publicado, Sócrates diz «nós podíamos combinar, e que é verdade; nós só nos conhecemos pessoalmente depois de eu terminar a licenciatura»; e Arouca respondeu «é a pura das verdades»!...
- Sócrates diz «sempre fui bom aluno» («sempre»...) e vangloriava-se do MBA no ISCTE, em 2004, quando já era líder socialista e candidato a primeiro-ministro.
- Sócrates ataca novamente a «campanha miserável» de uma direita que «não tem escrúpulos». Ainda que aquilo que eu escrevia fossem factos, factos, factos!
- Sócrates está aflito com o resultado da visita do jornalista Ricardo Dias Felner, do Público, à UnI e à sua reunião com o reitor Luís Arouca. Arouca parece começar a explorar o engodo de Inglês Técnico e fornece ao Público mais do que Sócrates queria. Arouca fornece aos jornalistas do Público uma «capinha», com timbre (de secretário de Estado?), em que Sócrates tinha enviado para Arouca, em 1996, o seu trabalho de Inglês Técnico e fotocópias do processo escolar de Sócrates.
- Sócrates não gosta que Arouca tivesse dado fotocópias do processo: «aí não sei se lhe devíamos ter dado [ao jornalista] isso, podíamos ter-lhe mostrado. Dar fotocópias... enfim não sei...»
- Arouca reconhece que não tem os originais do processo escolar de Sócrates - esses documentos estavam com o vice-reitor Rui Verde que os publica no livro «O Processo 95385», de Novembro de 2011. O que acentua a delicadeza das conclusões da Dra. Cândida Almeida e Dra. Carla Dias, no despacho de arquivamento sobre a eventual utilização de documento falso, cujos «documentos» citados não passavam, afinal, de fotocópias... Diz o reitor Arouca: «Os originais não temos nós. Nós temos fotocópias, não é?». Então, se apenas existiam fotocópias, cuja veracidade se não podia comprovar (por não se poderem comparar com o documento original), e Rui Verde demonstra apresenta (várias) como apócrifas, quando publica fac-simile dos documentos autênticos no seu livro, como se podem validar, no inquérito, essas fotocópias para concluir a aprovação de Sócrates nas cadeiras tais e tais, nomeadamente em Inglês Técnico?!...
Então, manda a verdade que se diga que a Dra. Cândida Almeida tentou incluir três dessas dezasseis escutas e que foi a juíza de instrução que não o autorizou. Mas se as escutas tinham sido validadas por um juiz no outro processo, como não eram válidas neste?... E por que não recorreu a Dra. Cândida Almeida desse despacho da juíza, o qual criticou? E seriam essas três escutas que a Dra. Cândida Almeida selecionou, as que o CM publicou em 25 e 26 de Fevereiro de 2012 ou outras?
Não posso acreditar na hipótese do dilema do califa Omar de Damasco, na avaliação dos livros da biblioteca de Alexandria, que terá mandado queimar. Isto é, se as escutas eram favoráveis e supérfluas ou se eram desfavoráveis e heréticas... Todavia, se foram estas três conversas que o CM publicou parece muito difícil de aceitar a avaliação que delas faz a Dra. Cândida Almeida, segundo o Público: depois de uma queixa-crime publicamente entregue na Procuradoria-Geral da República em 9 de março de 2007 sobre a utilização de documento falso (o título de licenciatura) por José Sócrates este procura levar o reitor a concertar uma versão falsa dos factos (que não conhecia o professor, Luís Arouca, de uma cadeira que este lhe ministrou e mostra desconhecer o seu alegado percurso na universidade (quantas e quais cadeiras tinha feito), e pretende omitir o nome dos docentes (o seu velho amigo prof. António José Morais que o aprovou em quatro das cinco cadeiras que fez e lhe tinha atribuído as contestadas equivalências). Mas, se foram outras as três conversas escolhidas pela Dra. Cândida Almeida, porque se não valorizaram estas que o CM publica e a sua informação? Em qualquer caso, custa a admitir que essas escutas, todas, não tenham sido juntas ao processo, que a juíza não tenha autorizado, que a Dra. Cândida (que o jornalista diz tê-las ouvido todas as dezasseis) não as tenha tentado juntar todas para provar o sentido da sua conclusão e que não tenha recorrido da decisão.
Por fim, uma questãozinha: como sabia Sócrates que as equivalências se iriam tornar um tema decisivo, porque recebeu muito mais do que devia, quando eu só publicou o meu poste sobre o assunto «Inequivalências» (cf. pp. 103-113 do meu livro «O Dossiê Sócrates»), em 29 de março de 2007)?...
Nota: Ver ainda o José da Porta da Loja no poste «Os répteis à volta da capinha», sobre esta notícia do CM, de hoje.
Atualização: este poste foi atualizado às 21:42 de 26-2-2012 e emendado às 11:04 de 27-2-2012. Obrigado aos leitores, como sempre, pela indicação dos lapsos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa não é, nem chegou a ser, arguido no inquérito para averiguação de eventual falsificação de documento autêntico, no seu diploma de licenciatura em Engenharia Civil da Universidade Independente (Processo n.º 25/07.5.TE.LSB do DCIAP) e o inquérito foi arquivado, em 31 de Julho de 2007, pela procuradora-geral adjunta Dra. Maria Cândida Almeida e pela procuradora adjunta Dra. Carla Dias.
Luís Arouca, António José Morais e Rui Verde, e demais entidades referidades neste poste, não são arguidos por cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade neste caso da licenciatura do ex-primeiro-ministro.
O «espólio» do Correio da Manhã já é mais importante do que a Torre do Tombo.
ResponderEliminarContinuai, pobres de Cristo, na vossa ladainha da treta.
Bebei Licor Beirão e não vos furtais aos vossos deveres conjugais!
Este pobre do Fundão dá-nos informações preciosas acerca dos hábitos do réptil antes de dar um Tombo.Ora não querem lá ver que a bicha antes de cumprir os seus deveres conjugais com o fotógrafo emborca um garrafão de Licor Beirão.Beirão oblige!
ResponderEliminarCorreio da Manhã?
ResponderEliminarEstás enganado.
O espólio da polícia.
Em breve o espólio do tribunal e depois acaba tudo em Vale de Judeus com os pretos a mudarem-lhe a fralda.
Amanhã levas mais uma cacetada da Torre do Tombo.Quando podemos ouvir tudo isto na Fonoteca Municipal de Lisboa ?
ResponderEliminarSó quando o incompetente do Costa der o Tombo.
ResponderEliminarPosso não ter feito cadeiras,mas fiz os maiores bancos nacionais.Eu e o meu amigo São Bernardo,comendador do Bacalhau.
ResponderEliminarEna ca ganda Caimão!
Ainda os angolanos da Tobis vão fazer um bom filme com este argumento do Correio da Manhã.
ResponderEliminarFalem com o Relvas que ele arranja financiamento no BIC BIC laranja...
O argumento é da PJ.
ResponderEliminarEstás-te sempre a esquecer.
Essa Alzheimer socretina come-te a moleirinha toda.
E quando chegar o novo Procurador....
ResponderEliminarO caso da licenciatura é só a pedra de toque. A lista é vasta. Daí o exílio.
ResponderEliminarO Correio da Manha e certos sites que fazem do enjoativo e doentio romance Socrates a razão da sua existência, deviam chamar-se 'rola-bosta' tal como o escaravelho que vai colecionando a bosta que encontra pelo caminho.
ResponderEliminarR.Cardoso
O caso é que isto não é nada.
ResponderEliminarO país está atulhado na bosta socialista.
Quando a apanharem toda deviam metê-la pelas goelas abaixo dos socretinos.
Parece que o Socretino Cardoso gosta da bosta do campo profundo.
ResponderEliminarO pais nao se desenvolveu por causa destes trafulhas "Jose Socrates" em honrra. Mas agora está lá outros no governo que até protegem o antecessor de qualquer julgamento criminal
ResponderEliminarQuando será que veremos neste blogue que os portugueses inteligentes elegeram um criminoso cadastrado com ainda várias investigações de crimes em curso? Será que os militantes do PSD são todos santos e que é o único partido que não tem ladrões, corruptos e até assassinos que matam hemofílicos?
ResponderEliminarAnónimo das 23:49
ResponderEliminarQue tolice. O Sócrates e Cia. Jamais serão julgados pelo que fizeram, pelo menos NUNCA por aquilo que querem relacionado com a governação. Pensem um pouco. Se fosse traria toda a m**** do PSD e do Cavaco, que está na origem da crise e da mentalidade retrógrada, e seria a catástrofe geral da corrupção nacional.
Como é que Portugal pode desenvolver-se com gente que passa todo o santo dia a denegrir um dos seus mais brilhantes primeiros-ministros?
ResponderEliminarOlhem para o futuro, seus tapadinhos idiotas!
Ó pá! Isto é uma virose terrível, muito pior que a gripe das aves, porra!... Será que ainda vamos ver a Dra. Cândida Almeida, proposta pelo governo, para o lugar de PGR?
ResponderEliminarA rataria saía toda para o Largo do Rato a dar vivas aos pro-ratos governantes e afins... dos belenenses.
Guardador de Caimões
(cada vez mais aparvalhado)
Eu estou inocente.
ResponderEliminarNem sabia que falava inglês...e logo inglês técnico!
O prof.Arouca diz que tivemos uma conversa em inglês técnico e deu-me o diploma.Eu nem me lembro.
Não é o que acontece a toda a gente?
Invejosos!
Répteis!
Ignóbeis!
Guardador de Caimões
ResponderEliminarSerá por isso que a associação criminosa andou a gabar o PR esta semana?
Estão a cozinhar a nomeação de um testa-de-ferro da máfia provávelmente.
http://noticias.sapo.pt/banca/#4063
ResponderEliminarParece que o socialista vigarista nem sabia que tinha apresentado um trabalho final.
Este bandalho não é vigarista,é a vigarice em pessoa!
Os Anonimos das 23_33 e 23:42 são aquilo que falei: bosta acefala e cujo retardamento mental serve de suporte a uma cambada que vai gerindo o curral.
ResponderEliminarR.Cardoso
Este Cardoso é o mulo do curral só de machos desenhado pelo injinheiro de pocilgas .São todos montados a preceito pelo injinheiro enquanto lhes murmara palavras doces ao ouvido.Actualmente o Bode é o favorito.O Cardoso é uma chatice.É bosta por todo o lado.
ResponderEliminarPara o ESTOU CHEIO DE BOSTA:
ResponderEliminarContinuas a criar a tua bosta, que é encontar miudezas para mandar abaixo o Socrates. No fundo és tão bom ou tão mau como o ingineiro, pois precisas dele para existir.
Enfim ...as bostas atraem-se
R Cardoso
O "engenheiro" existe tanto como o outro que nem sabia fazer contas, apesar de ter cursado no Técnico. Quem se lembra do Tonecas? Um ilustre desconhecido. Quem se lembrará do Viagrsita, daqui por 1 ano? Os Lellos da praça. Mais ninguém.
ResponderEliminarO desespero aumenta ..estão esbugalhados ... tem tantos rabos de fora ..que só ficam balbuciando patéticos disparates ..
ResponderEliminarestão quase em ponto de fervura ..
gaz neles ...chama neles ..
ah rasteiro estás quase ..quase ..onde mereces ...já falta pouco ..muito pouco ..