quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Decadência dos EUA

Sobre a situação financeira da administração Obama, salva in extremis por um acordo com os republicanos, veja-se esta notícia da FoxNews, de 29-7-2011: «Apple has more cash than US».

10 comentários:

  1. José António Salcedo3 de agosto de 2011 às 01:01

    Confesso que admiro mais o Steve Jobs do que o Obama.

    ResponderEliminar
  2. O facto da Apple ter tanto dinheiro é sinal de pujança USA, da força do empreendorismo, da investigação, da boa gestão.
    Com mais empresas assim, os USA continuarão a ser a maior pot~encia económica..é só os republicanos voltarem ao poder.

    ResponderEliminar
  3. Cá está, a ingenuidade de querer ter um Serviço Nacional de saúde gratuito, e suportar o maior exército do mundo para intervir em tudo quanto é sítio.

    A ingenuidade paga-se caro.

    A China já está a produzir porta-aviões.

    A mudança de guarda do mundo, aproxima-se.

    Obama vai estar mais um penoso ano. Ficará na galeria dos Carter.

    ResponderEliminar
  4. Já todos sabemos que o nosso, actual, governo (PSD-CDS, recebeu todas as más políticas e as suas consequências do anterior governo (PS-socratino). Devido a isso, tem todas as desculpas.
    Porém, como nos EUA o Obama recebeu da administração anterior (Bush) um país em pujança, tem de ser responsabilizado por esta decadência.
    Cá desculpamos o nosso governo pelo péssimo que recebeu. O Dr ABC, no que respeita aos EUA, esqueceu o que deixou o Bush. Como esqueceu o que deixou a direita na Grécia. E esquecerá a Itália. A Irlanda. Em resumo: esquece o que deixa a direita, empola, até à exaustão, os problemas deizados pelos "socialistas".

    ResponderEliminar
  5. Sr: Anónimo das 13:53, ainda considerei que pudesse estar a ser sarcástico mas por segurança aqui vai:

    14 de Outubro de 2008: Bush anuncia "bailout" aos bancos -> http://www.patriotledger.com/business/x2037961692/Bush-announces-bank-bailout-details

    4 de Novembro de 2008: Obama vence as eleições -> http://www.nytimes.com/2008/11/05/us/politics/05elect.html

    19 de Dezembro de 2008: Bush anuncia "bailout" a Detroit -> http://www.politico.com/news/stories/1208/16740.html

    20 de Janeiro de 2009: Obama é presidente dos USA -> http://www.nytimes.com/2009/01/21/us/politics/20web-inaug2.html

    O maior cego...

    ResponderEliminar
  6. Ao fim de quase 3 anos no poder, a incompetência começa a ser evidente.

    Passos Coelho está lá há 45 dias, e a incompetência começa a visualizar-se.

    Não há Esquerda ou Direita. Há gente competente e há gente relaxada.

    ResponderEliminar
  7. Esta é uma mensagem direccionada para os poucos Homens e Mulheres competentes na Justiça em Portugal:

    http://www.ft.com/intl/cms/s/0/72d9420e-bd1e-11e0-9d5d-00144feabdc0.html#axzz1TylYWl9o


    Hungary moves to charge former PMs
    By Kester Eddy in Budapest and Neil Buckley in London
    Hungary’s government is trying to introduce legislation that would allow the state to charge three former prime ministers with “criminal” mismanagement of economic policy after the national debt spiralled upwards in the last decade.

    In a step that could provoke alarm among officials in other heavily indebted countries, the centre-right Fidesz government is targeting three former socialist premiers who goverened from 2002-10, and potentially their finance ministers. State debt rose over that period from 53 per cent of gross domestic product to 80 per cent.

    Opposition parties have denounced the move as the latest attempt by the government of prime minister Viktor Orban to undermine its socialist rivals and entrench its power, after winning a two-thirds parliamentary majority last year. But if successful, it could set an international precedent by holding officials criminally responsible for the results of their policies.

    The attempt has some parallels with the situation in neighbouring Ukraine. Yulia Tymoshenko, the former prime minister, is standing trial – seen by her supporters as politically motivated – over a 2009 gas deal she signed with Russia that prosecutors say caused damage to the state of $190m.

    Hungary’s move follows a parliamentary probe initiated by Fidesz members into the economic policies of Peter Medgyessy, Ferenc Gyurcsany and Gordon Bajnai, prime ministers during the period concerned.

    The investigation, concluded at the weekend, proved the socialist-led coalitions had “committed a political crime against Hungary” and should be held responsible, said Peter Szijjarto, Mr Orban’s spokesman and the deputy chairman of the committee responsible.

    Mr Gyurcsany, Hungary’s premier in 2004-09 and widely seen as the prime target of the government’s attempts to bring charges, denies wrongdoing and questions the legality of retroactive legislation.

    “This criminalisation action, making it retrospective, raises many questions. I cannot see how it is lawful. This is part of the complicated political game led by Fidesz [to discredit me],” he told the Financial Times.

    Mr Gyurcsany has previously admitted that his decision to continue high-deficit spending policies in his first years was economically flawed. But he argues the trend began with the first Fidesz administration, in 1998-2002, when the government started subsidising mortgage loans.

    ResponderEliminar
  8. http://www.ft.com/intl/cms/s/0/72d9420e-bd1e-11e0-9d5d-00144feabdc0.html#axzz1TylYWl9o

    Mr Gyurcsany said there was Ft1,900bn (€7bn) in extra spending, above budget targets, in 2000-10. Mr Orban’s Fidesz government was responsible for about Ft600bn, and socialist governments the rest, he said.

    Fidesz can expect to get legislative changes through parliament, which it dominates, but these could be challenged by the constitutional court. Mr Orban has shown, however, that he is willing to override the court, which now includes several pro-Fidesz judges.

    Szabolcs Kerek-Barczy, executive director of the Freedom and Reform Institute, a right-leaning think-tank, said the government moves were “unprecedented, unacceptable and undemocratic”, and could further erode confidence after government measures last year upset many foreign investors.

    “If anybody’s past public policy and/or political activities can be questioned and then retroactively punished it means that any past economic or political decision can also be annulled. If we [allow] retroactive lawmaking in this country, nobody can feel safe,” Mr Kerek-Barczy said.

    Mr Gyurcsany is particularly loathed by Hungary’s rightwing after a leaked tape of an internal party address in which he confessed the socialists had lied “morning and evening” for one and a half years about their record, in order to secure re-election in April 2006.

    Publication of the recording, in which he urged socialist MPs to face up to painful reforms of the economy and public services, in September 2006 sparked demonstrations in Budapest that turned violent.

    ResponderEliminar
  9. MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUE ERA RESPEITADO



    Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.

    O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão.

    Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.

    Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.

    Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.

    Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.

    Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".

    Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.


    Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem.





    Estoril, 18 de Abril de 2010




    Luís Soares de Oliveira

    ResponderEliminar
  10. Ainda bem que vim aqui a esta hora.
    Só para ler o texto do Dr. Luís Soares de Oliveira, e ficar a conhecer mais umas verdades da História de Portugal.
    E obviamente atirar à cara de muita gente analfabeta com cérebro esquerdóide.
    São muito pequeninos os nossos políticos pós 25 Abril, sem dúvida.
    O Futuro será demolidor para eles...
    e o actual PR ainda será dos poucos que escapa.

    ResponderEliminar

Os comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Serão eliminados os comentários injuriosos detetados ou que me sejam comunicados.