sexta-feira, 15 de julho de 2011

Querer é poder

Um dos sectores mais críticos para o êxito do reequilíbrio financeiro do Estado e a recuperação económica do País é o das Parcerias Público-Privadas (PPP) nas obras públicas.

O novo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, do Ministério da Economia e do Emprego, Sérgio Silva Monteiro, era administrador da Caixa-Banco de Investimentos, do grupo Caixa Geral de Depósitos, onde se ocupava precisamente do project finance - ou seja, montava para a Caixa e os seus clientes, essas parcerias financeiras. É de Mangualde, conterrâneo do socialista Dr. Jorge Coelho, presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil, o grupo que conseguiu, há cerca de um ano, a singular garantia de tráfego numa das concessões rodoviárias do País, mas o facto da origem não o há-de condicionar. Dizem-me, aliás, que tem boa atitude e não se mostra arrogante como o antecessor na pasta. Sobre o novo secretário de Estado pesa a responsabilidade, enquanto conhecedor profundo da actividade e dos contratos, agora empossado no império do Estado, renegociar por alteração anormal das circunstâncias - ou despachar para longo processo judicial e, se houver indícios de ilegalidade ou irregularidade, inquérito do Ministério Público... - estas parcerias ruinosas para o povo, uma parte significativa delas ele próprio montou.

Portanto, o Governo sabe e pode. Quer e faz?

4 comentários:

  1. Ditosos os que têm fé!
    Acaso os crentes sabem como se financiam estes partidos que estão na AR? Como sempre distribuiram previlégios e sinecuras? Acham que as cúpulas têm luvas brancas?
    E esperam deles honestidade e respeito pela coisa pública?

    Só pressões da sociedade,muito fortes,poderão produzir alguns resultados,mínimos que sejam.
    Mas como pode a sociedade portuguesa reagir e protestar,se nem informação recebe?
    Os meios de informação públicos,como todas as instituições de relevo na nossa nação,são património dos partidos políticos,autênticas agências de emprego.
    Os grupos de comunicação privados vivem da publicidade,do subsídio,do crédito bancário.Estão nas mãos de meia dúzia de empresários sempre de bem com o poder do momento ("Ò Marcelino vê lá o que me arranjas...").

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  2. Não há que esperar grande coisa. Melhoramos, é um facto, face ao terror do Falso Engenheiro. Este era de uma incompetência atroz e aproveitou para encher os bolsos em offshores.

    No entanto, não há que ter muita esperança. Quantas Fundações acabaram desde que PPC foi empossado? O processo de privatização da RTP/Lusa? O desmantelamento do monstruoso déficit das empresas de transporte público?

    Nada. PPC socorreu-se do habitual trambique oportunistico do imposto especial sobre a classe média e média-alta. Os pobres não podem pagar. Os ricos estão em off-shores.

    Valeu a pena votar em PPC? pelo menos, vimo-nos livres da corja sócretina.

    Mas, será que nos vimos livres deles, mesmo? Ou os sócretinos convivem em faustosas refeições com os novos do poder?

    E o Procurador? E a Procuradora - Adjunta?

    Acreditamos piamente que PPC e ACS assegurarão a entrega das chaves da coisa, a novos donos. Sejam eles angolanos ou brasileiros.

    Nós por cá continuamos a combater, todos os que merecem o combate. Combatidos os vendidos por um prato de lentilhas. E o combate pelos que trabalham e ajudam, e estão cansados de darem para o peditório do Ministério das Finanças.

    Ou se actua JÁ, ou não se actua mais. Mais tarde, a força já não existirá.

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  3. A coisa está a melhorar.
    Depois de acabar com os Governadores Civis e dos Secretários-Adjuntos da Segurança Social (ou coisa parecida), eis mais uma medida excelente para poupar muito dinheiro ao Estado: os senhores do Ministério do Ambiente já podem andar sem gravata na época do Verão e o ar condicionado será regulado nos 25 graus.
    Com esta poupança toda não era necessário cortar no 13º mês!...

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  4. Ainda há bobos da corte que acreditam que para o ano não vão cortar novamente o subsídio de férias ou de Natal!

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