A nomeação da Dra. Adelina de Sá Carvalho, 69 anos, como secretária-geral da Assembleia da República pela nova Presidente do Parlamento, Doutora Maria da Assunção Esteves, neste início de Julho de 2011, é um exemplo dessa transigência pro-sistémica inadmissível, que aqui avisamos.
Neste caso da Dra. Adelina Sá Carvalho, nem se trata do fatal já-agora-fica-até-fim-do-mandato, que parece ser a vontade do Governo (não consta que o Presidente da República se oponha...) face ao igualmente muito viajado procurador-geral da República Pinto Monteiro - e, consequemente, à conservação do poder da Dra. Maria Cândida Almeida. É que caducou com a nova legislatura a comissão de serviço da Dra. Adelina Carvalho na Assembleia da República, na qual pesam ainda os compromissos da Associação dos Secretários Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa e da Associação dos Secretários Gerais dos Parlamentos da União Interparlamentar. Diz São José Almeida, que noticiou o facto no Público, de 6-7-2011, que a Dra. Adelina Sá Carvalho foi «reconduzida para cortar despesas» (sic) no Parlamento...
Não está em causa a longa experiência administrativa e política da Dra. Adelina de Sá Carvalho, na qual se destaca a sua pertença ao Governo de Macau entre 1983 e 1986 e o exercício deste cargo de secretária-geral do Parlamento entre 1996 e 2002 e novamente desde 2005. Mas como o ano é novo, a vida também deve ser nova. E é uma ilusão pensar que os elementos-chave do poder anterior, podem ser reféns do nosso, pois essa condição inverte-se muito rapidamente.
Friso que a secretária-geral é nomeada pelo Presidente da Assembleia da República, de acordo com o art.º 23.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República. A nomeação da poderosa (veja-se o art.º 22.º da referida lei) secretária-geral do Parlamento foi conhecida na mesma altura em que o PSD aceitou que o ex-ministro Vieira da Silva fosse o socialista presidente da chamada «comissão da troika», que acompanhará a aplicação pelo Governo português do Memorando de Entendimento com a União Europeia e o FMI. Duas semanas antes o PS tinha chumbado a escolha do PSD de Fernando Nobre para presidente do Parlamento.
A recuperação do Estado, e do País, não é compatível com uma espécie de regressão na continuidade. Se o PSD se deixar levar por essa corrente pro-sistémica, não é só o poder que se perde, é o País que se arrasta para um poço negro.
* Imagem: Posse de Adelina Sá de Carvalho como secretária-geral da Assembleia da República na legislatura passada, 14-12-2009.
Neste caso da Dra. Adelina Sá Carvalho, nem se trata do fatal já-agora-fica-até-fim-do-mandato, que parece ser a vontade do Governo (não consta que o Presidente da República se oponha...) face ao igualmente muito viajado procurador-geral da República Pinto Monteiro - e, consequemente, à conservação do poder da Dra. Maria Cândida Almeida. É que caducou com a nova legislatura a comissão de serviço da Dra. Adelina Carvalho na Assembleia da República, na qual pesam ainda os compromissos da Associação dos Secretários Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa e da Associação dos Secretários Gerais dos Parlamentos da União Interparlamentar. Diz São José Almeida, que noticiou o facto no Público, de 6-7-2011, que a Dra. Adelina Sá Carvalho foi «reconduzida para cortar despesas» (sic) no Parlamento...
Não está em causa a longa experiência administrativa e política da Dra. Adelina de Sá Carvalho, na qual se destaca a sua pertença ao Governo de Macau entre 1983 e 1986 e o exercício deste cargo de secretária-geral do Parlamento entre 1996 e 2002 e novamente desde 2005. Mas como o ano é novo, a vida também deve ser nova. E é uma ilusão pensar que os elementos-chave do poder anterior, podem ser reféns do nosso, pois essa condição inverte-se muito rapidamente.
Friso que a secretária-geral é nomeada pelo Presidente da Assembleia da República, de acordo com o art.º 23.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República. A nomeação da poderosa (veja-se o art.º 22.º da referida lei) secretária-geral do Parlamento foi conhecida na mesma altura em que o PSD aceitou que o ex-ministro Vieira da Silva fosse o socialista presidente da chamada «comissão da troika», que acompanhará a aplicação pelo Governo português do Memorando de Entendimento com a União Europeia e o FMI. Duas semanas antes o PS tinha chumbado a escolha do PSD de Fernando Nobre para presidente do Parlamento.
A recuperação do Estado, e do País, não é compatível com uma espécie de regressão na continuidade. Se o PSD se deixar levar por essa corrente pro-sistémica, não é só o poder que se perde, é o País que se arrasta para um poço negro.
* Imagem: Posse de Adelina Sá de Carvalho como secretária-geral da Assembleia da República na legislatura passada, 14-12-2009.
Será que não tinham uma pessoa mais idosa?
ResponderEliminarO Gov. tem que arrepiar caminho. Se se deixar enredar nesta "coisa sistémica" perdemos todos.
ResponderEliminarqueremos Verdade e Transparência.
Meu caro Balbino Caldeira,vai ter seguramente muitas desilusões como esta. A "irmandade" dos políticos, a comunhão de interesses dos politicos do "centrão", é mais forte que as "desinteligencias" politicas para cidadão ver. Os partidos do centrão não lutam por ideais mas por interesses corporativos muito palpáveis. E as pessoas são escolhidas não por ideais mas apenas para defender tais interesses corporativos. Com este PPD/PSD, anti-socialdemocrata e neoliberal, contrário à doutrina social da Igreja (pergunto-me porque a Igreja está tão muda e queda com este assalto do neoliberalismo à moral, aos valores e ao bem estar das pessoas)nenhuma diferença de estratégia existe entre ele e o PS de Sócrates. Por isso tarda a demissão do PGR e das suas procuradoras, o PSTJ, etc,etc.
ResponderEliminarcumprimentos
Nada de espantar.
ResponderEliminarPortugal tem uma tradição de charco. Marcelo Caetano foi o expoente máximo dessa política de pestilência. Caetano que era crítico de Salazar, não foi capaz de acabar com a PIDE (chamou-lhe DGS), ou com a Guerra Colonial.
Cavaco Silva é um bom seguidor. Quando vimos a sufragarem a candidatura do Senhor do Citroen da Figueira da Foz, por Fretitas do Amaral, Júdice ou até mesmo com o apoio indirecto de Correia de Campos, estava o caminho traçado.
A Igrejazinha do Policarpo e os poderes financeiros patrocinam discretamente a "evolução na continuidade". Passos Coelho não tem força para inverter esta tendência.
O poder vai cair na rua, tal como caiu em 28 de Maio de 1926 ou em 25 de Abril de 1974. Mas, ainda vai demorar. Está a formar-se o novo Botas. Ou estará a avistar-se o fim de Portugal como país realmente independente.
Ontem, no Prós, alguns dos participantes referiram o incómodo de ter cá uma Tróika a mandar.
Mas, se a Tróika está cá a decidir, para que queremos nós a Secretária-Geral do parlamento, ou até mesmo Aníbal Cavaco Silva?
Pois é, começamos a ter esta incómoda sensação de que, ao fim e ao cabo, "perdemos" as eleições de 5 de Junho de 2011. Não nos vamos ver livres desta gente. A única coisa que eu tinha "pedido" era que houvesse dignidade, a única coisa que obtive foi manter a indignação.
ResponderEliminarOs actuais dirigentes da administração do estado são fascistas com uma "revisão cultural" do tipo estalinista no pós 25 de Abril.
Começo a admirar a V. resistência.
Dr ABC, quem chumbou a escolha do Dr Fernando Nobre foi o CDS, que tinha feito uma coligação com o PSD. Isto sim foi relevante, porque bastavam os votos centristas para a "aberração" ser eleita Presidente da Assembleia da República.
ResponderEliminarPois é Dr, parece que mudaram apenas algumas moscas. E a procissão anda não saiu do adro. Vai ter muitas razões de queixa e não sei se amanhã não dirá: "volta Sócrates, estás perdoado".
Interessante, não é?
ResponderEliminarMacário Correia já não se opõe à introdução de portagens na Via do Infante, pois compreende o ponto de vista do Governo a respeito dessas portagens.
Volta Sócrates?
ResponderEliminarO maior Pirómano de Portugal.
O Liquidatário de Portugal? Voltar para onde? Para Marte, para onde a Rússia vai enviar uma nave espacial.
Até o maçon Cravinho diz que ele foi a maior desgraça que caiu em Portugal. Se ainda houvesse o Tarrafal, Sócrates deveria ir para lá, até aos seus últimos dias. Ou tal como Napoleão Bonaparte, foi para Santa Helena.
Esse indivíduo terá que andar escondido, para que não lhe cuspam naquela face miserável e asquerosa.
Ainda vamos assistir ao exílio de Soares para Paris, onde passará os restos dos dias. O filho talvez termine em Tunis.
ResponderEliminarVamos colocar isto de forma simples.
ResponderEliminarEstá cada vez mais claro que agi bem ao não sujar as mãos votando numa quadrilha qualquer das que ocupam o parlamento.
Não há nada a esperar desta gente.
Depois de 37 anos de roubalheira e mentira,já só não vê quem não quer.
As pessoas têm que perceber que o cancro que tornou esta grande nação moribunda não se cura sem os medicamentos apropriados.
As opções de voto que nos são colocadas,por si próprias não nos servem.
Pessoalmente,qualquer partido político me serve,excepto os comunistas.
A grande questão está em ter um sistema de justiça que seja independente dos partidos e organizações maçónicas ou outras.
Ter leis que sejam afinadas para punir com severidade a corrupção e o abuso de poder;que penalizem fortemente a gestão danosa.
Quando isto acontecer e começarmos a ver políticos na cadeia a cumprir penas longas e a serem confiscados nos seus bens pessoais para ressarcir a nação nos prejuízos que causaram,teremos o problema resolvido.Os vigaristas e os incompetentes não arriscarão.
Até lá vão-se entretendo em discussóes académicas e floreados de retórica.
Uma pequena nota: Quando digo que qualquer partido me serve,é dentro desse novo quadro de responsabilização que deverá ser criado.No actual,nenhum serve a não ser às hostas parasitárias...perdão,partidárias.
ResponderEliminarSaudades da Drª Ferreira Leite!
ResponderEliminar"Onde começou por indicar a profissão «Engenheiro», o actual primeiro-ministro alterou para
ResponderEliminar«Engenheiro Técnico», modificando também as habilitações literárias: em vez de engenharia
surgiu mais tarde «Bach. Engenharia», clarificando que era detentor de um bacharelato.
Depois da divulgação dos documentos, o líder parlamentar do PSD, Luís Marques Guedes, enviou
uma carta ao presidente da AR a pedir informações sobre quando terá sido feita a alteração na
ficha biográfica. Gama pediu à secretária-geral da Assembleia, Adelina Sá Carvalho, que
averiguasse.
Foi o que esta fez, tendo enviado a Jaime Gama uma carta em que diz não ser possível responder à
dúvida do PSD, pois, passados 14 anos, não foi possível encontrar o original do documento, apenas
as cópias encontradas em, pelo menos, dois serviços. Sendo que num serviço está com as
emendas e no outro não".
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Comentários:
- A Senhora tem 69 anos. Não terá já direito á reformazinha? Ao descanso da Guerreira?
- Porque será que em 2002, regressou ao Tribunal de Contas e em 2005, regressou à AR? Logo, no período de Durão Barroso.
Pois é... Começo a duvidar que PPC seja capaz de cortar com o socratismo. Se em setembro, com as leis orgânicas dos ninistérios, os atuais diretores gerais socialistas se mantiverem, eu sei o que vou fazer: tirar o meu dinheiro dos bancos portugueses porque a falência do país é certa.
ResponderEliminar«a Dra. Adelina Sá Carvalho foi «reconduzida para cortar despesas» (sic) no Parlamento»
ResponderEliminarUma pôrra.
A mesma senhora, que tendo dito à revista Sábado, que as justificações (assistência à família) da deputada Fortuzinhos PS (ou Furtoz...), para os quatro dias de falta ao plenário (visita a uma irmã, nos EUA e carente de companhia),não tinham qq cabimento no regulamento da AR,
nada fez para evitar que a dita cuja, viesse a deixar de perder 800 euros pelas faltas.
Pagando-lhe ou deixando pagar.
A ladroagem vencerá.
A reforma para estes casos não é obrigatória aos 65 anos?
ResponderEliminarA CAMALEÓNICA TRANSFORMAÇÃO DO PASSOS E DO PSD EM SÓCRATES E NO PS ESTÁ A SER TÃO FULMINANTE QUE EM SETEMBRO TERÃO CONSEGUIDO O FEITO POLÍTICO NOTÁVEL DE TANTO UNS COMO OS OUTROS SEREM ODIADOS PELA ESMAGADORA MAIORIA DOS PORTUGUESES OBRIGADOS A PAGAR MAS QUE NÃO ESQUECEM AS MALFEITORIAS DE UNS E O ENCOBRIMENTO DOS OUTROS.NADA MAS MESMO NADA MUDOU.NEM QUALQUER MEDIDA SIMBÓLICA FOI TOMADA.A INCOMPETÊNCIA E O DESPUDORADO ENCOBRIMENTO DESTE GOVERNO AO SÓCRETINISMO EXIGE QUE OS MINISTROS HONESTOS E PATRIOTAS QUE EMBARCARAM NESTA BURLA SÓ POSSAM SEGUIR O EXEMPLO DE CAMPOS E CUNHA.DEMITAM-SE DE IMEDIATO PARA NÃO FICAREM EMPORCALHADOS.
ResponderEliminarCaro Amigo
ResponderEliminarÉ agora mesmo. Agora e não mais tarde. Agora ou nunca. Porque, neste contexto, mais tarde não pode ser. Por iosso, insisto: agora! Já!
Uma agenda simples: auditoria geral e sua publicação; responsabilização judicial dos prevaricadores; limpeza do Estado; e equilíbrio de contas pela eliminação da corrupção e dos abusos.
Pode ser mais, até pode ser menos. O que não pode ser é... nada. Por isso, temos obrigação moral de reclamar verdade e acção.
O resto é desculpa.
Caro Luís
ResponderEliminarOs setenta anos é que são, creio, o prazo limite. Mas neste caso houve nomeação, não é daqueles casos em que o indivíduo não coloca o seu lugar à disposição ou o poder o deixa continuar. Não: a comissão de serviço tinha caducado e o novo Governo nomeou a Dra. Adelina Sá Carvalho.
O nosso amigo Anónimo marca um ponto decisivo: em 2002 o Governo Barroso não reconduziu Adelina Sá Carvalho. Que volta, obviamente, com o socratismo santista em 2005.
ResponderEliminarComo é que este Governo nomeia o que Barroso não sucumbiu numa posição chave do Estado?... É um sinal muito preocupante de concessão ao sistema.
Caro Prof. Ramiro Marques
ResponderEliminarMeu Amigo. esta é a angústia e tem de aqui, em verdade e franqueza, ser expressa. Ou o Governo corta com o sistema socratino ou não. Não há meio termo, pois esse compromisso significa promiscuidade.
A base moral que instituíu o novo poder reclama a limpeza do Estado. Se essa limpeza não for rapidamente feita, o Governo perde esse apoio e ganha um conjunto de adversários experientes e vigorosos.
ja aqui tenho dado a entender que os cavalheiros Passos Coelho / Miguel Relvas sao homens da velha guarda dos interesses instalados. Com estes, Portugal vai na mesma ao charco
ResponderEliminarSenhor Professor
ResponderEliminarA. B. Caldeira
Tenha presente que os dois maiores partidos portugueses actuais SÃO UM E O MESMO... PARTIDO.
São controlados pelo CLUBE DO BILDERBERG E O RESTO SÃO CANTIGAS.
A agenda de ambos está a ser cumprida; não espere qualquer exercício (em extensão e profundidade) de chamada à responsabilidade dos anteriores responsáveis deste atoleiro em que estamos metidos.
Como já alguém aqui escreveu, um abriu a cova e o outro enterrar-nos-há, porque ambos são farinha do mesmo saco.
Faremos o ponto de situação no Domingo de Páscoa do próximo ano se o seu Blogue continuar de pé, como sinceramente espero e desejo.
OS SANS-CRAVATES SUSTENTAM OS SANS- CULOTTES.O ESTADO FALIDO GARANTE OS EMPRÉSTIMOS DOS BANCOS FALIDOS.MAIS DIVIDA SUSTENTA O AUMENTO DA DIVIDA.OS BANQUEIROS RESPIRAM,OS PORTUGUESES SANS-ARGENT SUFOCAM E AGUARDAM POR NOVOS AUMENTOS DE IMPOSTOS QUE O ODIADO REGIME DOS INTERESSES INSTALADOS LHES TENTARÁ EXTORQUIR.O SISTEMA EM TODO O SEU ESPLENDOR.APETECE DIZER:ÀS ARMAS,ÀS ARMAS,CONTRA OS LADRÕES MARCHAR,MARCHAR.
ResponderEliminarSem qualquer dúvida!
ResponderEliminarCaímos nas mãos de um bando.
As quadrilhas acoitam-se em siglas partidárias que lhes dão um aspecto legal e honesto.
Enchem as panças e voam para França,para gozar tranquilamente,enquanto alguns gatunos que chegaram tarde ainda lutam pelos despojos.
Em breve o capo Só Ares e famiglia abandonarão a carcaça rumo a um paraíso tropical.
Os Salgadinhos já se precaveram.está tudo sediado no Luxemburgo.