segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma linha soberanista para a recuperação de Portugal, mantendo o euro



A salvação do Estado, que é aquilo que o Governo tem pela frente, não se compraz com delicadezas, sensibilidades e caprichos pessoais. Urge força, impulso, movimento, acção e motivação.

As alternativas são claras: reforma imediata, com barrela geral do Estado; ou bancarrota, saída do euro e falência generalizada de empresas e famílias, em três anos. Decidirá o primeiro-ministro.

Por aqui, defendemos uma linha soberanista para a recuperação de Portugal e a manutenção do País na Zona Euro. A recuperação do Estado português, que, após a ruína provocada pelo socratismo, se encontra debaixo do protectorado da União Europeia e do FMI, não deve ser alienada pelo Governo para a caridade improvável dos parceiros da União. Se o Governo preferir a via mais fácil e suave, Portugal será, mais cedo ou mais tarde, abandonado como a Grécia. Devemos ser nós a equilibrar já as contas do Estado, e criarmos condições de recuperação económica, em vez de contarmos com o improvável socorro sucessivo da União Europeia. A oportunidade de afirmação nacional é também a garantia da independência do País.

Manda a verdade que diga que os mercados financeiros da dívida soberana não sossegaram com a substituição do Governo Sócrates - a taxa de juro das obrigações do Estado português está, nesta tarde de 27-6-2011, em 15,79% - e só sossegarão com uma reforma financeira e económica que preveja o equilíbrio rápido das contas públicas. A redução do défice não levará a taxa de juro para valores suportáveis: só o equilíbrio orçamental e a consequente redução da dívida reduzirão o custo do crédito para o Estado. Por isso, defendemos que o Governo deve elaborar um orçamento superavitário para 2012.

Temos de evitar a bancarrota do Estado, a saída do euro, a falência de empresas e famílias, neste horizonte temporal de três anos do empréstimo da União/FMI. Esse destino trágico ocorrerá se não começarmos imediatamente a equilibrar as contas do Estado. Queremos solvabilidade do Estado, manutenção do euro, desenvolvimento económico e bem-estar das famílias, que ocorrerá após um período de sacrifício iniludível. Queremos fazê-lo nós em vez de esperarmos que os outros o façam pela nossa gente.


Actualização: este poste foi emendado às 21:40 de 27-6-2011.

18 comentários:

  1. Caro ABC,

    O alerta que faz é muito importante. Faço votos para que o presente governo tenha a coragem e a sabedoria de implementar acções correctivas corajosas e rápidas, pois somos literalmente o país que se segue.

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  2. Caro Professor Balbino Caldeira,

    Estamos apenas e só numa "questão de fé".

    Já estamos para além da racionalidade. Há quem acredite. Há quem não acredite.

    É como um SLB-SCP.

    Nós somos demasiado racionalistas para acreditarmos que é possível a Independência nacional com estas gentes. Todas elas, não só as políticas.

    A morte de Portugal está ao virar da esquina.

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  3. VERBA VOLANT,SCRIPTA MANENT.FALAR É FÁCIL,CONCRETIZAR MUITO DIFÍCIL.É PRECISO EXPLICAR COM MUITO DETALHE COMO SE CONSEGUE ALCANÇAR O MILAGRE DO SUPERAVIT IMEDIATO E QUAIS OS CUSTOS QUE ISSO TERÁ PARA A ECONOMIA,EMPRESAS E FAMÍLIAS.DE BOAS INTENÇÕES E ECONOMISTAS MILAGREIROS ESTÁ O INFERNO CHEIO E COMO SE SABE OS DOENTES PODEM MORRER COM UMA OVERDOSE DE TERAPIA.

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  4. Caro Doutor, já venho ouvindo esse discurso, da estabilização dos juros, há demasiado tempo e para repetidas e iguaizinhas situações.
    Já me parece o SCP, aqui há alguns anos, na sua fé e esfregando as mãos - "agora é que é"!
    Temos vindo a aceitar tudo e mais alguma coisa e, ainda assim, o juro não para!
    Claro que há um esquema internacional e concertado de conquista de Nações, primeiro facilitando e promovendo o seu endividamento e, depois... a corda ao pescoço do incauto e (até) bom aluno.
    Ora bolas, para isto!...

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  5. Lembram-se do tempo em que a RTP (e RDP) eram autênticos lacaios da “máfia socialista com experiência na maçonaria”?
    verdadeiras empresas de marketing e propaganda do socratinismo socialista?

    pois agora, leiam isto:

    http://www0.rtp.pt/noticias/?t=Das-boas-intencoes-a-dura-realidade.rtp&article=455442&visual=3&layout=10&tm=9
    a oposição existe e está concentrada nos meios de comunicação que sustentaram sókas: RTP;RDP;TSF;DN;JN; RR..
    o novo governo tem que tomar medidas já em prol da verdade, ou terá campanhas de intoxicação no estilo mais paranóico e subversivo típico da esquerdalhada ressabiada do fim das mordomias…

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  6. O grupo "Oliveirinha" é fácil de mandar abaixo. O BCP e a Caixa cortam-lhe "o ar", e o Oliveirinha vende a coisa por uns tostões.

    Quanto à RR, enquanto lá estiver o Policarpozinho, será sempre um bastião da Maçonaria, Sampaio, Cravinho e Companhia.

    Quanto à RTP falta pouco. O Zé Eduardo Ongoing está à espreita.

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  7. Sair do euro e já!

    Sair desta Europa sem valores e já!

    Portugal só foi grande quando virou costas ostensivamente a essa velha e pútrida Europa!

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  8. É fácil....extinga-se as regioes Autónomas da Madeira e dos Açores, Governos Regionais, Assembleias Regionais, Secretarias Regionais, Ministros da Republica etc etc etc...
    Nos dias em que vivemos, e dado o avanço das tecnonolias e dos Transportes não se justificam estes "pequenos Impérios tido Reinos Pessoais" que são verdadeiros sorvedouros do erário público. Se Tras-os-Montes consegue ser governado a partir de Lisboam, também as ilhas conseguem. Devemos ser o único País europeu com Ilhas (proximas das costas) que sejam regiões autonomas.

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  9. evangelho
    'onde quer que esteja a carcassa os abutres irão encontra-la'

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  10. Que falta de senso e de coragem! Cooptar o Daniel Limiano!!? Logo aquele que viabilizando os "orçamentos Guterristas" deu a partida para a escalada da nossa divida publica!
    Qual será o montante e o género da divida que Paulo Portas está a pagar ao Limiano com a sua nomeação para o Governo, obrigando o seu parceiro de coligação a aceitar o inaceitável e comprometendo a credibilidade do próprio governo que, quer se queira quer não, fica assim ferida de morte?

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  11. Um orçamento supravitário nesta altura iria provocar uma recessão de tal ordem que iria piorar o racio de endividamento/pib. O Estado consome mais do que 50% do PIB, um exagero, mas "desmamar" a economia e as empresas portuguesas deste Estado despesista também não pode ser feito do dia para a noite, senão corremos o risco de criar volatilidade social e (desemprego a disparar). O ideal seria conseguir alargar o prazo da implementação do programa de redução do défice ao mesmo tempo que se avancasse em reformas para tornar o país mais competitivo e incentivar o investimento estrangeiro.

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  12. Sr Professor

    Portugal está em estado comatoso.
    Só pode ser reanimado, a meu ver, por medidas quase impossíveis de serem tomadas:
    1) Controlo das sociedades secretas que controlam a vida pública.
    2) Produção de uma Justiça justa, rápida e certeira.
    3) Criação de uma "Lei das Sesmarias" do Séc.XXI aplicada com eficácia e firmeza.
    4) Punição severa de toda a banditagem de qualquer nível, nomeadamente de quem lese ou lesou o Erário Público nos últimos 37 anos, por acção ou omissão.
    5) Controlo apertado sobre a mão-de-obra estrangeira dispensando-a sempre que houver portugueses em condições de a substituir; os estrangeiros ilegais ou ociosos repatriados e as fronteiras nacionais controladas.
    6) Melhorar os programas de ensino primário e secundário sobretudo com ampla aprendizagem nas áreas da nossa Língua, da Matemática, da História de Portugal, da Educação Cívica, da Música e dos Trabalhos manuais.
    7) Banir todos e quaisquer privilégios de classe.
    8) Eliminar as inúmeras "Capelinhas" dependentes do Erário Público de onde não saiam, objectivamente, benefícios significativos para o nosso País.
    9) Promover o consumo dos produtos nacionais de qualquer espécie, estimulando, por todos os meios, todos os produtores nacionais, não esquecendo os que se dedicam, à Investigação e Desenvolvimento com provas dadas.
    10) Reduzir, muito significativamente, o peso das instituições da democracia (Assembleias,Governos Regionais,etc.)no Erário Público, compensando essa redução com a criação dum SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO A TODA A VIDA PÚBLICA PORTUGUESA, com poderes PUNITIVOS próprios.

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  13. Um dos primeiros a cair:

    O antigo candidato à presidência do Benfica, o empresário Jaime Antunes, comprou o jornal i, do Grupo Lena.

    Sem avançar pormenores, Jaime Antunes confirmou ao Económico que o negócio foi concretizado hoje com o Grupo Lena e que vai assumir a gestão do i já no dia 1 de Julho. Jaime Antunes deverá dirigir-se ainda hoje às instalações do i, no Tagus Park, em Lisboa.

    Francisco Santos assumiu, em declarações ao Económico, que o diário generalista tem "todas as condições para crescer" nesta nova fase.

    Para o administrador do Grupo que tem vindo a alienar vários títulos de imprensa regional, os dados da Associação Portuguesa de Circulação e Tiragens (APCT), conhecidos hoje, revelam um crescimento de 15% nas vendas do jornal i, no último bimestre, face aos dois meses anteriores. "Isso [melhoria das vendas] sente-se a empresa", disse.

    "O grupo Lena deixa uma marca de sucesso e inovação", afirmou. O i vende actualmente 8.262 exemplares por dia.

    http://economico.sapo.pt/noticias/jaime-antunes-compra-jornal-i_121690.html#comentarios

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  14. 0E o que o Sr. Economista Jaime Antunes vai fazer?

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  15. Uma linha «soberanista» para nos surripiar o Subsídio de Natal!

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  16. 50% do subsídio de Natal, para evitar estragar dinheiro no Continente e no Toys R'Us.

    Se PPC conseguir a folga, através deste imposto especial, e começar a cortar nas mordomias do Estado e nos conluios com os grupos privados, vai longe.

    Se não conseguir cortar os Marajás do Estado, e esperar que a malta em 2012, vá repetir a façanha, terá incêndios por esse país fora!

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  17. Só queria acrescentar um pequeno comentário, e digo já em avanço que sou apartidário, acho que a nossa ruina não vem só do Socrates. É uma questão muito mais profunda do que possamos imaginar, está relacionado com a cultura povo e com tudo o que o representa, inclusive a classe politica que na minha opinião tem sido a fonte do problema e não a solução.
    Somos um povo altamente consumista, produzimos pouco ou nada (ou então não nos deixam explorar o que temos), não é por acaso que não param de nascer por aí centros comerciais, deve ser dos negócios que ainda dá qualquer coisita, se não estou enganado éramos até à bem pouco tempo o país europeu com mais centros comerciais per capita.
    Falta também honestidade, não percebo como se pode praticar boa democracia se todos andam a tentar esconder informação essencial sem que para tal tenhamos que ser 'experts' para a descobrir (agora falando globalmente). Como é óbvio não tenho a solução definitiva, não sou nenhum 'expert', e ainda tinha mais coisas a dizer mas fica para outra ocasião.

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  18. E que tal começar a ponderar:
    - Extinção das Regiões Autónomas
    - Extinção dos Centros Regionais da RTP Madeira e Açores com a Emissão a nivel Nacional do Canal 1
    - Extinção de TODAS as Juntas de Freguesia
    - Criação de UMA SÒ Camara Municipal por Distrito

    PS: só na Ilha Terceira, Açores, num espaço exigui existem 2 Camaras Municipais com dezenas de Freguesias para uma populaçao que não chega à centena de milhar......

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