É decisivo para a recuperação nacional que o novo Governo não detenha o impulso reformista nesta primeira fase de governação. Na presidência do Conselho de Ministros, e em cada ministério, deve haver um quadro na parede com as medidas a tomar, que serão assinaladas quando forem cumpridas, e todos trabalharem estrenuamente em função desses objectivos.
O mais importante nesta fase do Estado é a recuperação da seriedade, a racionalização e a sobriedade.
A recuperação da seriedade do Estado exige uma barrela geral do Estado, com a remoção dos dirigentes corruptos e cúmplices da corrupção, através de auditoria geral das contas públicas e de responsabilização judicial por qualquer ilegalidade ou irregularidade detectada.
A racionalização do Estado implica a poupança drástica ainda em 2011, a antecipação do recebimento dos fundos comunitários para liquidar o máximo de dívida, um orçamento com superavit para 2012, a renegociação das parcerias público-privadas e das concessões - com resolução dos contratos leoninos e o seu envio para inquérito de forças especiais do Ministério Público, com responsabilização judicial dos envolvidos em qualquer prevaricação e corrupção -, reforma da administração pública com fusão de municípios e freguesias, reorganização do dispositivo policial e judicial em função das necessidades e ameaças, a aceleração da privatização de empresas públicas e extinção de institutos públicos inúteis. Nas privatizações avultam as governamentalizadas RTP, RDP e Lusa, que devem ser vendidas o mais depressa possível. O modelo do não-editado canal norte-americano C-Span é o mais adequado para o serviço residual de televisão estatal que deve consistir numa extensão do Canal Parlamento: mesmo a RTP-Internacional e RTP-África devem ser parcialmente privatizadas, em concurso público, mantendo o Estado apenas uma posição de controlo político.
A sobriedade é um princípio fundamental a reintroduzir no Estado. Foi confundida com o salazarismo, para alibi do fausto de governantes e dirigentes, mas tem de ser reintroduzida, pois é o melhor exemplo que deve ser transmitido verticalmente a todo o Estado, autarquias, associações e empresas públicas e privadas. Assessores, secretárias, motoristas, seguranças, carrões, viagens, refeições, cartões de crédito (um tabu...), devem ser reduzidos ao nível mínimo de funcionamento.
Se o novo Governo se deixar embalar nos cantos das musas sistémicas nesta fase, e travar o seu ímpeto reformista, enquanto os adversários corruptos e promíscuos estão em fuga, ou desorganizados, não o recuperará mais tarde. Agora ou nunca.
Nota: este poste é também publicado na Via Justa.
* Imagem picada daqui.
Actualização: este poste foi emendado às 17:21 de 25-6-2011.
O mais importante nesta fase do Estado é a recuperação da seriedade, a racionalização e a sobriedade.
A recuperação da seriedade do Estado exige uma barrela geral do Estado, com a remoção dos dirigentes corruptos e cúmplices da corrupção, através de auditoria geral das contas públicas e de responsabilização judicial por qualquer ilegalidade ou irregularidade detectada.
A racionalização do Estado implica a poupança drástica ainda em 2011, a antecipação do recebimento dos fundos comunitários para liquidar o máximo de dívida, um orçamento com superavit para 2012, a renegociação das parcerias público-privadas e das concessões - com resolução dos contratos leoninos e o seu envio para inquérito de forças especiais do Ministério Público, com responsabilização judicial dos envolvidos em qualquer prevaricação e corrupção -, reforma da administração pública com fusão de municípios e freguesias, reorganização do dispositivo policial e judicial em função das necessidades e ameaças, a aceleração da privatização de empresas públicas e extinção de institutos públicos inúteis. Nas privatizações avultam as governamentalizadas RTP, RDP e Lusa, que devem ser vendidas o mais depressa possível. O modelo do não-editado canal norte-americano C-Span é o mais adequado para o serviço residual de televisão estatal que deve consistir numa extensão do Canal Parlamento: mesmo a RTP-Internacional e RTP-África devem ser parcialmente privatizadas, em concurso público, mantendo o Estado apenas uma posição de controlo político.
A sobriedade é um princípio fundamental a reintroduzir no Estado. Foi confundida com o salazarismo, para alibi do fausto de governantes e dirigentes, mas tem de ser reintroduzida, pois é o melhor exemplo que deve ser transmitido verticalmente a todo o Estado, autarquias, associações e empresas públicas e privadas. Assessores, secretárias, motoristas, seguranças, carrões, viagens, refeições, cartões de crédito (um tabu...), devem ser reduzidos ao nível mínimo de funcionamento.
Se o novo Governo se deixar embalar nos cantos das musas sistémicas nesta fase, e travar o seu ímpeto reformista, enquanto os adversários corruptos e promíscuos estão em fuga, ou desorganizados, não o recuperará mais tarde. Agora ou nunca.
Nota: este poste é também publicado na Via Justa.
* Imagem picada daqui.
Actualização: este poste foi emendado às 17:21 de 25-6-2011.
Tarde demais, Sr. Professor!
ResponderEliminarAs medidas que preconiza (E OUTRAS MAIS) deviam ter sido tomadas, prudentemente, nos governos do GRANDE ECONOMISTA(!) nosso senhor.
Como não foram tomadas nem Antes nem Durante nem Depois ...
Coisas da democracia!
A nós, OS PEQUENOS, só nos resta comer O PÃO QUE O DIABO AMASSOU resultado da visão estratégica(!) e das boas práticas dos nossos governantes:
democráticos
tecnocráticos
bem falantes
traficantes
tratantes!
De contrário, o Povo,
enganado
espoliado
cansado de tanta malandragem,
exige JUSTIÇA
e a fará por suas mãos
Aqui ou no Inferno!
É isso mesmo, caro ABC. E as primeiras semanas serão decisivas para não permitir a instalação dos inúmeros mecanismos de bloqueio que já estão em movimento desenfreado nos ministérios. É preciso fazer mesmo uma barrela ao Estado.
ResponderEliminarNestes últimos anos de governo PS todos os funcionários públicos que exerciam as suas funções com idoneidade e isenção foram liminarmente afastados da decisão, prejudicados nas suas carreiras profissionais, perseguidos politicamente, impedidos de aceder a qualquer lugar de dirigente … resumidamente incapacitados de exercerem a função de prestadores de serviço público, para a qual foram empossados.
ResponderEliminarOu seja, ao abrigo da famosa reforma do Estado denominada PRACE o PS removeu todos os dirigentes dos cargos que exerciam, permitiu que os “boys” adaptassem leis a seu belo prazer (com o consequente prejuízo do bem público e do cidadão, e desperdiçando e esbanjando recursos) e, através de um sistema de avaliação “bem urdido”, tratou de penalizar grosseiramente todos aqueles que não faziam parte das estruturas do partido socialista. Os exemplos são do conhecimento público e não faz sentido, aqui, enumerá-los.
Desta forma os militantes do PS e outros afins não só “ocuparam” todos os cargos dirigentes da Administração Pública como também trataram de “construir currículos” para os seus apaniguados no INA e noutros institutos/universidades que proliferam por esse país fora.
Depois do PRACE poderei dizer, sem mentir, que a Administração Pública ficou muito pior. O sistema é totalmente imprevisível e não serve, de modo algum, os Cidadãos.
Pelo que pergunto:
Será que o governo poderá contar com o apoio dos actuais dirigentes da Administração Pública para implementar as políticas definidas?
Claro que não pode Aristofanes ..óbviamente não pode..
ResponderEliminarmudando de pau pa colhé ..
http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---economia/passos-coelho-tap-viagens-economica-crise-agencia-financeira/1262608-5797.html
Porque será que os suinos da Tvi continuam a censurar os audios aos videos ? malditos suinos inimigos da democracia!!
E não deveria ficar por aqui... e porque não a utilização de carros mais modestos e económicos?!... isto não é um "REINO" das Arábias... coitaditos, somos dos mais miseráveis desta triste Europa. É, no mínimo, o que de nós se diz por esse Globo fora!
ResponderEliminarOu será só o Zé, que não pode usufruir de "popós com carisma" - porque demasiado caros, ainda que a pagando altas taxas, muitos impostos e, até, injustas multas e duvidosas portagens...
Claro, carros económicos e, sim, fiáveis, para quem, geralmente, se desloca só mais o motorista (e raramente ao serviço do E$stado), chegam e sobram, pois não estamos em tempos de distribuir automóveis e outras benesses/mordomias a qualquer um "chefezito mas pouco"...
O senhor Passos Coelho, fez muito bem em dar o exemplo... se o Estado paga ou vai de borla, isso é secundário cá para o "Zé Pagode". É preciso moralizar o sistema!
Já agora, vamos às triplas (e mais) reformas de tanto jarreta (e não só), que por elas nada fizeram e, como tal, há que reduzi-las e mais, exigir a seu reembolso quando provado o seu imerecimento.
CHEGA... de regabofe!
a culpa é do pai Adão ter deixado como descendência
ResponderEliminarverdadeiros filhos da pitta
PARECE QUE AGORA VEM AÍ OUTRAVEZ A MESMA EQUIPA GALP PARA ACABAR COM O RESTO QUE AINDA EXISTE DO HOSPITAL DE SANTAREM.
ResponderEliminarO PAÍS NAO TERÁ MELHORAS TAO CEDO
1ª Parte
ResponderEliminarÉ impossível deixar de reconhecer a validade, interesse, justeza e clareza da enumeração do que é preciso fazer como assinalado neste artigo. No entanto, ao compararmos as honestas intenções á realidade, somos obrigados a constatar que as condições não permitirão algumas e tornarão outras dificilmente realizáveis. Outras decisões podem ainda ser tomadas como exageros incoerentes. Para outras ainda, como as mencionadas sob o título «sobriedade» não existe qualquer impedimento, salvo a corrupção e a ganância dos políticos em geral.
Pergunta-se como se pode esperar a «recuperação da seriedade» dum governo que nasceu sob o signo da corrupção com a nomeação dum primeiro-ministro criminoso condenado em tribunais criminais nacionais e com investigações criminais em curso, tudo factos comprovados e públicos? Nomeado pelo maior criminoso nacional por ter destruído tudo o que era produtivo no país. De sublinhar que os governos que se seguiram a essa destruição também jamais se preocuparam em reverter a situação.
Em consequência, como recuperar a produção num país que foi deixado quase sem meios de produção? Primeiro, haverá que reconstruir os meios destruídos.
Vimos o primeiro-ministro criminoso viajar em classe turística, uma banalidade na Europa, mas que fez ladrar as televisões e jornais nacionais pela sua invulgaridade doméstica. Também não podemos ser estultos a ponto de tomar esta pantomina puramente publicitária por si só como sintoma de mudança. Será mesmo uma afronta nacional se não for associada a outras medidas, tais como acabar com as mordomias de políticos e juízes, os popós caros, os gastos do parlamento e tudo o mais que conhecemos de sobejo. Vamos a ver se também ouve as críticas da UE e dos outros países europeus que condenam a má distribuição da riqueza e dos impostos e lhe chamam antidemocrática. Se isto acontecer, que pode ser feito com qualquer conjuntura, será um bom ponto a seu favor.
Continua na 2ª Parte
2ª Parte
ResponderEliminarÉ descabido privatizar aquilo que sirva à literal propaganda do país no estrangeiro – como a televisão de projecção internacional – sabendo-se de antemão que nenhum privado se interessará suficientemente para cumprir o objectivo. O modelo do C-SPAN seria a estudar, pois que com três canais de TV mais rádio é pelo menos um pouco pesado para cá. Talvez algo mais modesto, mas sem esquecer que canais que dêem em lugar do lixo televisivo geral, e com pessoal instruído, que conheça a gramática e saiba falar em lugar de arvorar o pedantismo dos rascas ignorantes é uma necessidade nacional que não deve ser desprezada.
A priva real do esforço tendendo à honestidade deste governo chefiado por um criminoso vai ser posta à prova dentro de muito pouco tempo e é após que ficaremos a saber com o que contar. A prova será dada por uma decisão de pôr todos ao postos da administração pública a concurso par gente qualificada em lugar de serem tomados de assalto a cada mudança de partido no governo, como acontece apenas em ditaduras e países que nada têm a ver com a democracia, como Portugal, onde ela nunca existiu. Apenas se convenceu a população de que posições anti-salazaristas eram democráticas, como muito bem conta este post. Este assalto, porém, só a corrupção permite que não lhe chamem salazarista e antidemocrático. De notar que o número de desempregados mais classificados muito superior à média europeia se deve precisamente a estes postos serem totalmente ocupados pela ralé de exclusivos parasitas partidários incompetentes e que usando uma prática democrát6ica comum, o número de desempregados mais classificados diminuiria substancialmente. Uma baixa no desemprego dos cidadãos mais honestos.
Para a eliminação da corrupção não basta o afastamento dos corruptos. Tem que se atingir a origem, como há anos está no cabeçalho do blog da Mentira! É essa a fonte a atingir e sem isso mais vale nada fazer como até agora.
Já que foi o Cavaco quem mais fomentou a corrupção no país, como diz um anónimo, estas medidas deviam ter sido tonadas por ele, o que agrava muito mais a sua culpa. Também, enquanto o sectarismo reinar em lugar da união da população, tudo restará à disposição da corrupção política. Sem controlo das máfias oligárquicas jamais houve nem haverá democracia. Só máscaras e balelas para tolos crédulos.
Sr Mentiroso
ResponderEliminarEu concordo em grande parte com o que expoe. Em materia de mudanças de lugares, o assalto aos cargos de Administraçao da administraçao publica ja começou. No hospital de Santarem ja se sabe quem vai para lá. Um antigo derigente que veio da Galp que outrora por lá andou no hospital e que só nao levou o hospital a leilao porque o 1º Ministro Durao Barroso nao deixou que assim acontecesse.
O país nao tem mesmo hipotese sem uma intervençao directa de gente competente ou gestores internacionais, tipo junta de salvaçao
O Dr. Madelino, do IEFP, lá estava por detras do Prof. Alvaro santos Pereira, numa visita à FIL - Artesanato.
ResponderEliminarO que faz um dos maiores instrumentos do Socretinismo por detrás do novo Ministro da
Economia?
E não venham dizer que o Madelino é competente, só se tiverem em conta a excelência no Jaguncismo.
E que dizer de institutos gestores de patrimónios dos outros e do seu, com delegações para acobertar boys por tudo quanto é sítio e aninhar ninharias, abarcando mundos maiores que suas barrigas, sendo juizes de pareceres que a outros níveis de competências mais em conta ficariam ao Estado?!A não ser que cumpram o dar emprego a notáveis!Mais vale emprego que fitinha ao peito!
ResponderEliminarO Dr. Pinto Morteiro está sob fogo. Já não é sem tempo. RUA.
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/pinto-monteiro-ignora-pressoes-para-abandonar-o-cargo_121380.html
PGR recusa comentar “considerações políticas” ou “declarações políticas de políticos”.
Fernando Pinto Monteiro recusa comentar a alegada falta de apoio do novo Governo para que continue como Procurador-Geral da República.
Em declarações por escrito ao Económico, o líder da magistratura diz que não faz "considerações políticas, nem comenta declarações políticas de políticos". Em causa estão as insistentes críticas dos novos protagonistas políticos à forma como tem gerido o Ministério Público. Pedro Passos Coelho (primeiro-ministro), Paula Teixeira da Cruz (ministra da Justiça), José Pedro Aguiar-Branco (ministro da Defesa) e Miguel Macedo (ministro da Administração Interna) fazem há mais de um ano uma avaliação muito crítica do trabalho de Pinto Monteiro, que está a nove meses de terminar o mandato.
Ainda no último fim-de-semana, o "Expresso" escrevia que o "Governo quer acelerar a saída do PGR" que, dentro de nove meses cumpre 70 anos, o limite temporal para desempenhar a função. O mandato só termina dentro de 15 meses e a leitura que Pinto Monteiro faz da Constituição leva-o a garantir que pode ficar em funções até Outubro de 2012
Quer imitar o Policarpozinho. Esta gente é toda desprendida e faz sacrifícios enormes quando estão nos cargos públicos, mas quando chega a hora de se irem embora, fazem tudo para continuarem....pela causa pública!
ResponderEliminarMaçons Unidos vão afundar Portugal, em pouquíssimo tempo.