Sinalizando a derrota próxima, numa jogada à McCain (quem diria?!...), Manuel Alegre exortou Cavaco Silva, em 10-1-2011, a suspender a campanha eleitoral «para explicar o que é que se está a passar, esta subida dos juros da dívida - que é uma subida que não corresponde à realidade, artificial, que é uma injustiça» (sic). Dois dias depois, em 12-1-2011, no rescaldo da operação eleitoral socialista dos foguetes da dívida, Alegre desdiz-se quando um jornalista lhe pergunta se agora já não é necessário suspender a campanha...
O Prof. Cavaco Silva já lhe tinha respondido no dia anterior que isso revelava «ignorância da política externa». Creio que o Presidente está enganado: não é só da política externa. Nas várias áreas da governação, o Doutor de Argel é como, nas ciências eclesiáticas, o senhor abade de Santa Eulália, de «Gracejos que Matam», o primeiro volume das Novelas do Minho, de Camilo: «ignorantíssimo por livre vontade e voto deliberado».
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