A revelação dos meandros da secção bloguística da central de informações do Governo e a referência ao todo-poderoso master spy Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, José Almeida Ribeiro, pelo Carlos Santos (no post «Os assessores propagandísticos do governo na web: Abrantes, outros que tais, e algumas identidades», no Corta-Fitas, de 2-6-2010), que os conheceu por dentro gerou a reacção violenta sobre o carácter do autor. Sobre os maus costumes relatados - os métodos pidescos e a utilização dos meios públicos - nem uma palavra. E, no entanto, o que interessa não é a desilusão socialista sobre o mensageiro (o Carlos Santos), como bem indica o Paulo Pinto de Mascarenhas, mas os factos que ele refere e fundamenta.
Leia-se sobre esta escaramuça os seguintes postes e os comentários (aparece até uma sentida «Mariana P» que recomenda a Carlos Santos métodos que, com certeza, conhece onde trabalha: «intercepções de e-mails, utilização de meios de videovigilância, espionagem via redes sociais...»):
Desmascarados, conviria calarem-se após a exposição da vergonha dos seus métodos. Mas não. Sem desmentirem os factos, atacam nos outros o que eles próprios fazem - além, repito, de outros meios usados pelas outras secções da central (e que não desconhecem porque trabalham com informações aí obtidas). O curioso da argumentação socialista é queixarem-se de comportamentos pidescos dos adversários os que usam os recursos públicos para recolha, análise e distribuição de informação, sobre adversários, e desinformação e contra-informação, como um verdadeiro serviço de informações, de intelligence. A denúncia da nova Pide é pidesca?!... Pidesco é o trabalho nesses serviços de informações!
O leitor, mais alertado agora, fará o seu juízo. Mas já percebeu que se atingiu o nervo ciático do sistema: as informações que constituem a sua principal força de conquista, manutenção e execução do poder socratino. E quando se lhes toca no nervo, gritam, tentam ostracizar e atacam com violência inusitada, mesmo para quem usa a crueldade como método político principal.
E nesse sentido, avulta uma pergunta: por que se tomam no campo de Pedro Passos Coelho as dores do adversário (Sócrates), atacando Carlos Santos, que fez a denúncia de uma parte (a bloguística) do sistema socratino de informações?!...
Leia-se sobre esta escaramuça os seguintes postes e os comentários (aparece até uma sentida «Mariana P» que recomenda a Carlos Santos métodos que, com certeza, conhece onde trabalha: «intercepções de e-mails, utilização de meios de videovigilância, espionagem via redes sociais...»):
- «Os assessores propagandísticos do governo na web: Abrantes, outros que tais, e algumas identidades», do Carlos Santos, no Corta-Fitas, de 2-6-2010
- «Bufaria da grossa», de Fernando Moreira de Sá, no Albergue Espanhol, de 4-6-2010
- «Os que anseiam o poder e lhe querem preservar os métodos», de Carlos Santos, no Corta-Fitas, de 4-6-2010
- «A Regra do Jogo de Carlos Santos», de Fernando Moreira de Sá, no Albergue Espanhol, de 4-6-2010
- «Les Uns et les Autres, para Fernando Moreira de Sá», de Carlos Santos, no Corta-Fitas, de 4-6-2010
«Por isso esclareço publicamente, aquilo de que tenho provas. Foram-me feitas duas ofertas. Uma pela Guilherme Oliveira Martins, jr., para assessorar Sérgio Vasques, Secretário de Estado de Teixeira dos Santos. Outra, pelo próprio Ministro Vieira da Silva, para ser seu conselheiro especial, acumulando esse vencimento com as minhas aulas no Porto. Se o Fernando Moreira de Sá quiser a minha troca de correspondência com o chefe de gabinete do Ministro em Novembro, eu disponibilizo. Envie-me um mail, deixe aqui um comentário, eu sei lá!»Convite para «conselheiro especial» (sic) do ministro Vieira da Silva; mais a revelação de outro «jr.» (o filho do presidente do Tribunal de Contas, o independente Guilherme de Oliveira Martins)...
Desmascarados, conviria calarem-se após a exposição da vergonha dos seus métodos. Mas não. Sem desmentirem os factos, atacam nos outros o que eles próprios fazem - além, repito, de outros meios usados pelas outras secções da central (e que não desconhecem porque trabalham com informações aí obtidas). O curioso da argumentação socialista é queixarem-se de comportamentos pidescos dos adversários os que usam os recursos públicos para recolha, análise e distribuição de informação, sobre adversários, e desinformação e contra-informação, como um verdadeiro serviço de informações, de intelligence. A denúncia da nova Pide é pidesca?!... Pidesco é o trabalho nesses serviços de informações!
O leitor, mais alertado agora, fará o seu juízo. Mas já percebeu que se atingiu o nervo ciático do sistema: as informações que constituem a sua principal força de conquista, manutenção e execução do poder socratino. E quando se lhes toca no nervo, gritam, tentam ostracizar e atacam com violência inusitada, mesmo para quem usa a crueldade como método político principal.
E nesse sentido, avulta uma pergunta: por que se tomam no campo de Pedro Passos Coelho as dores do adversário (Sócrates), atacando Carlos Santos, que fez a denúncia de uma parte (a bloguística) do sistema socratino de informações?!...
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