Enquanto desbastava a barba, frente ao espelho, onde um homem se confronta, se envergonha e se reconcilia, meditava no primado do Espírito e na sua consequência. Espírito e carne, mas com a carne comandada pelo espírito.
O maior drama atual é que não prevalece o Espírito, mas a carne. É a carne que determina a preferência pela comodidade, pelo dinheiro, pelo poder. Na carne, o homem amolece. Abandona a Verdade, desonra a autenticidade, desvia-se do caminho, perde esta vida sem ganhar a Outra. No serviço do Espírito, o homem eleva-se, enobrece-se, cumpre. É.
Um efeito indireto do empobrecimento físico é a humildade. Constrangido pela penúria à frugalidade, o homem chega à bondade que se descobre no reencontro com os outros, substituindo a sua petulante omnisuficiência. Nesse sentido, o homem torna-se mais humano, mais caridoso e mais moral.
O peso do dinheiro esmaga o homem. O dinheiro, que é um instrumento de conforto e segurança, passa a ser um fim. O fim de um círculo vicioso de coisas e serviços e dinheiro. Quanto mais tem, mais gasta e, quanto mais gasta, mais quer ter. Um jogo de soma nula em que raramente entra a dádiva. Um fim trágico. Porque é o seu fim.
Creio que a depressão económica - terrível na fome, na doença, na guerra e na morte -, obriga o homem a reclassificar o dinheiro como instrumento e como instrumento menor de felicidade. Mesmo na sociedade tangível atual em que se confunde a felicidade com a euforia e aquém do limiar dos 75 mil dólares/ano. O homem rico não precisa de nada - mesmo se carece de Tudo. Na sociedade pós-abundância, o reencontro é mais possível. Um reencontro consigo próprio, com os outros homens e com Deus. Cumprindo valores, recomeçando o trabalho e reaprendendo a Viver.
Do Portugal Profundo, agradeço aos comentadores, às fontes de mudança, aos leitores, aos amigos e aos vizinhos, a sua colaboração, e envio-vos votos, que estendo aos adversários, a todos e suas famílias de Santo Natal e de um Ano Bom, melhor do que a amarga expetativa.
Um bom Natal de Cristo Jesus para o António
ResponderEliminarUm Bom Natal, António. Abraço Amigo.
ResponderEliminarNaturalmente, que não é por mero acaso que a depressão económica bateu à porta de Portugal. Era inevitável que viesse, e com muita força. É inevitável que demorará muito a ir-se embora. Nada é por acaso. As élites do Espírito Santo, passando pela Irgeja Católica oficial, a falta de honorabilidade é demasiado grande. O povo deixou-se ir pelos Iphone, pelos gadgets teconológicos, pelos passes milionários dos jogadores de bola, pela miragem das auto-estradas e pela engorda de leitões e de coscorões. Ser humano é muito mais do que isso. Cristo explicou isso bem. Até Cristo está esquecido. A depressão vai galopar, ainda mais.
ResponderEliminarUm Bom Natal e um Bom Ano também para si, caríssimo!
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=607797
ResponderEliminarO director-adjunto do semanário Expresso, Nicolau Santos, lamentou, em declarações ao Público, ter-se «deixado enganar» por Artur Baptista da Silva, o homem que disse coordenar uma equipa da ONU encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da crise na Europa do Sul. Recusou, contudo, que «alguém possa concluir» que ele próprio, «o Expresso ou os jornalistas em geral privilegiam quem critica o Governo».
«Cometemos um erro, mas não foi sequência da pressa ou da precipitação», refere Nicolau Santos. Conta que, depois desse encontro, uma jornalista do Expresso foi assistir a uma conferência do alegado especialista da ONU, «no Grémio Literário, uma organização prestigiada e insuspeita, feita perante inúmeros notáveis». Só mais tarde se realizou a entrevista publicada na edição do Expresso no dia 15 – na qual Artur Baptista da Silva propôs a renegociação da dívida –, na sequência da qual o próprio Nicolau Santos o convidou para o programa da SIC Notícias «Expresso da Meia-Noite», de sábado passado.
«Lamento muito, mas depois de 32 anos de jornalismo, fui mesmo embarretado», disse o director-adjunto, que afirma «não ter dúvidas» de que, tal como noticiou a SIC e confirmaram, depois, outros órgãos de comunicação social, «Artur Baptista da Silva será um impostor».
ResponderEliminarCaro António Caldeira:
São postais como este que falam bem do Portugal Profundo.
Bem haja.
(E, quanto a "amargas expectativas", compreende-se que lembrem a alguém que ainda continua a acreditar possível regenenerar certos partidos...)
Caro Amigo
ResponderEliminarvenho atrasado, mas venho.
estive fora e sem acesso a pc
abraço
O Nogueira pirou-se. Agora, diz que que se pirou por causa da não-criminalização de alguns esqueletos no armário da CGD. Será do Vara? Do Comendador Joe? Ou de quem? Ou só se pirou, e agora dá isto como justificação?
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/venda-de-patrimonio-foi-feita-em-condicoes-onerosas-para-o-estado_159150.html
ResponderEliminarEntre 2006 e 2011 foram feitas 721 alienações, no valor de 1.423 milhões de euros das quais 413 através de empresas públicas. O tribunal constatou que, nos processos de alienação por ajuste direto às empresas públicas , 333 envolveram a celebração de Contratos Promessa de Compra e Venda (CPCV), sem que estivessem reunidas as condições necessárias para a emissão dos Títulos Definitivos (TD) que concretizariam a compra e venda, por não estarem regularizados os registos dos imóveis.
"O recebimento integral do preço com a promessa de compra e venda resulta, na prática, num financiamento ao Estado obtido em condições especialmente onerosas e num impasse relativamente ao uso do imóvel com custos económicos de ineficiência para o Estado", conclui o Tribunal de Contas
Histórias de um Socretino dedicado à bola.
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=607954
O fundo de investimento Codecity Sports Management, liderado por Rui Pedro Soares, lançou, a 13 de dezembro último, uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital da SAD do Belenenses.
A oferta pública decorreu da celebração de um contrato de compra e venda de ações entre a Codicity Sports Investements, o Belenenses e a sociedade Beleminvest SGPS, SA, que teve por objeto a aquisição por parte da primeira de 469.077 ações, representativas de 46,93 por cento do capital social da SAD pelo preço de um cêntimo por cada ação.
Diário Digital com Lusa
CONSTA QUE O BURLÃO-VIGARO-FILUSUFU REFUGIADO EM PARIS FEZ UMA PLÁSTICA E AGORA SE CHAMA BAPTISTA.
ResponderEliminarUm Santo Natal:
ResponderEliminarE para que 2013 seja melhor do que o esperado, toca a arregaçar as mangas.
Abraço
JPA
Prof. António Caldeira, desejo-Lhe um excelente 2013, com saúde e tranquilidade.
ResponderEliminarGrande abraço.
Luís Pires