sábado, 29 de dezembro de 2012

O buraco gigantesco do BPN: 7 mil milhões de euros


Caso BPN - Reportagem Especial, 22-12-2012
(cortesia do nosso leitor Livresco)


Aqui fica a reportagem especial da SIC sobre o caso BPN, de 22-12-2012.

O buraco financeiro do BPN pode chegar ao valor astronómiuco de «sete mil milhões de euros», segundo explica a SIC.  A nacionalização que o ministro Teixeira dos Santos disse, em 18-6-2009, que não tinha custado «um euro sequer». Um banco que acabou vendido por 40 milhões de euros ao banco angolano BIC, em dezembro de 2011, já pelo Governo PSD-CDS. O BIC não terá aceite as dívidas de cobrança difícil do «mau banco» e apenas terão ficado, de acordo com a reportagem, com o «banco bom», na divisão que o governo socialista de Sócrates fez  do BPN, em 2010. Tal como as empresas da SLN, agora Galilei , que pertencia ao grupo, e que não foram nacionalizadas - apenas as suas dívidas... ao BPN.

Assim, decorrem algumas privatizações, como as do BPN e agora da TAP: empresas vendidas a pataco, em negócios em que o Estado fica com o osso das dívidas e os compradores com a carne dos ativos. Ou, como no caso da ANA, com a construção do novo aeroporto no pacote (sendo encerrado o da Portela)Em vez da venda clara em bolsa, por operação pública de venda, o Governo atual prefere a sombra da negociação particular.

No BPN existem três grupos de responsabilidades: uma geração de gente ligada à face escura do cavaquismo, políticos e empresários, vários deles mencionadas na reportagem, com algumas alianças de bloco-central (que a reportagem não trata); o Banco de Portugal de Vítor Constâncio, governantes e dirigentes políticos que durante anos varreram o problema para debaixo do tapete; e o novo poder socratino que toma o BPN para se assenhorear de Cavaco e, tal como os anteriores, agora numa aliança bloco-centralista, fazer negócios. O BPN não nunca deveria ter sido privatizado.


Limitação de responsabilidade (disclaimer): as entidades referidas nas notícias dos média, que comento, não são arguidas ou suspeitas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade ou se, e quando, na situação de arguidas gozam do direito constitucional à presunção de inocência até ao trânsito em julgado de sentença condenatória.

9 comentários:

  1. O BPN nunca deveria ter sido nacionalizado. Aliás, só num país dirigido por gangues, existe apenas um indivíduo om a chamada "pulseira electrónica" à lareira em casa.

    Ninguém teve culpa de nada. Ninguém. Nem a administração Oliveira e Costa, Luís Caprichoso, Dias loureiro e afins. Nem a Administração Bandeira. Tudo passa olimpicamente ao lado, excepto o Zé Tuga, estúpido que nem um calhau, que vai votar em massa no PS e no PSD, nas próximas eleições, premiando os Gangues. Votar no PS ou no PSD, sem os esventrar por dentro, é o mesmo que caucionar as máfias que por lá existem.

    Seria uma oportunidade a explorar, promover a viagem a Portugal, de todas as Cosas Nostras, desde a da Sícilia até à de Nova Iorque, a Portugal, às sedes da São Caetano e do Rato, para eles aprenderem como é que se pode dar golpes no baú, de forma sucessiva, sem ninguém ser sequer incomodado.

    O Dr. Loureiro ainda ganha o prémio de aparecer com um elemento diletante, e que ajudou ao sucesso de Portugal. Goza com tudo e com todos. Até o Dr. Vara é mais discreto do que o ex-Conselheiro de Estado, menino querido de Sua Eminência Aníbal Cavaco Silva.

    Portugal, Rest In Peace.
    Graças aos portugueses.

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  2. Para os ingénuos que pensam que PS e PSD são inimigos políticos.

    http://expresso.sapo.pt/aguiar-el-colombiano=f773979

    Convergência à mesa
    António Costa dá-se tão bem com Rui Rio que há quem diga que dali podia vir uma magnífica reedição do Bloco Central. Mas Rio que se ponha a pau: o edil de Lisboa foi visto a jantar (na companhia dos seus indefetíveis Marcos Perestrello e Miguel Coelho) em Cascais, com o seu homólogo social-democrata Carlos Carreiras. Estaria a ensaiar um Bloco Central bem mais à mão? Ou simplesmente a pedir ajuda para encontrar outro nome que substitua José Luís Judas na tarefa de dificultar a vida a António José Seguro nas autárquicas 2013?

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  3. http://expresso.sapo.pt/nao-e-piada-roubou-o-bpn-para-gastar-em-meninas=f775958

    Não minto, veio no jornal. José Mário Pereira era gerente da agência do BPN das Amoreiras e prometia juros de 30% a quem investisse nas suas aplicações financeiras. Como era impossível pagar aqueles juros de forma legal, o Dr. Pereira sacava dinheiro de outras contas, daquelas contas de gente rica que nunca são mexidas. O esquema durou 10 anos, deu um rombo de 10 milhões ao banco e 1 milhão de lucro ao Dr. Pereira. O jornal (JN) diz que grande parte desta soma "terá sido gasta na prostituição e em casas de alterne". Não, o Dr. Pereira não entrou no empreendedorismo da alcova. Não, o Dr. Pereira não quis ser empresário do sexo. O sujeito em apreço limitou-se a gastar um milhão em serviços sexuais. Um milhão em servicinhos: se não é record do Guiness, deve andar lá perto. Entretanto, o Dr. Pereira andou fugido durante dois anos e lá acabou por ser preso pela PJ no ano passado. Já foi julgado? Não. Aquando da revisão das medidas de coação, o Dr. Pereira foi libertado. Pelo que percebo, o Dr. Pereira está livre. E nós continuamos a pagar o BPN e, já agora, os magistrados que já deviam ter julgado o Dr. Pereira.

    Juntos, BPN e justiça portuguesa, só podiam dar esta comédia. Tivesse Portugal uma indústria de cinema e estava aqui um argumento pronto para entrar no forno.

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  4. O próximo premiado do gang vai ser em breve Miguel Relvas do PSD

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  5. E que tal prenderem quem roubou com o BPN? Todos sabem quem são, é uma questão de os irem prender ou estão à espera que o povo vos caia em cima e vos obrigue ou vá com vocês prenderem-nos?
    Estamos todos entalados por causa de meia dúzia de ladrões? ACORDEM, já é altura disso!!!
    Não me digam que até para isso é preciso vir cá a TROIKA? TOINAS!

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  6.  
    O Banco do Zé
    É o banco que começou (para o zé povinho) quando na realidade acabou.
     
     
    · a- Responsabilidades? Que chatice! Queremos lá saber dessas coisas!

    Um banco com características tão particulares, autorizado pelo estado, decerto que foi objecto de apreciação/avaliação/acompanhamento pelo Banco de Portugal.
    É impossível ter passado desapercebido, antes pelo contrário, a sua aprovação só pôde ser facilitada por haver proximidade/confiança/? com o poder, mas nunca, por ser mais um banco. Até porque, como se constata, o cidadão comum, que agora é obrigado a pagar a dívida(?), não era pessoa que tivesse lá dinheiro, aquilo funcionava para gente com status económico elevado.
    Ora se não passou desapercebido, das duas uma, quem sabia/tinha_obrigação_de_saber nada disse porque ... ou porque ...
     
     
     
    · b- O Presidente da República demitia-se a bem do País

    Pois, os principios que um presidente deve ter perante ... os juros elevados que lá, no BPN, teve, a casa na... (o outro, o Jorge, aceitou as responsabilidades da ponte ter caído, mas depois voltou para aquela empresa, agora, esqueci-me do nome).
    Mas, não, "temos que estar unidos e ir para o mesmo sítio ... Somos uma nação ...".
     
    · c- Qual buraco? Do Banco de Portugal? Do BCE?

    Não percebi muito bem, na reportagem da SIC fala-se dos caloteiros, mas, não me lembro de lá referirem, esqueceram-se - não teria importância?! - quem era o tanso, pelos visto esperto, que fiava o BPN (Banco de Portugal, Troika, BCE - não viram nada?! - Que pena) , sim, que o dinheiro emprestado não era_do/fabricado_no BPN.
     
    · d- Retorno à procedência

    Em vez de entregarem o país à troika, entregavam o BPN ou o Banco de Portugal, podiam ser os dois.
    Aliás, acho que na altura, muitos portugueses, ingénuamente, quando se falou da intervenção da troica/UE/coisa_que_os_valha, aceitaram-na bem, na esperança que os limpassem destas/das_outras mierdas. Queriam ser mais bem governados.

    Entretanto, apareceu o anjo, Passos, que resolvia isto tudo, ele mesminho... tem feito muito bem, óh, se tem! Depende sempre do ponto de vista: o gajo tem feito coisas, fogo, não é qualquer um, lembram-se daquela, e da outra, porra! Do melhor . Um grande governante, daqueles que se prezam, sabe quem é o povo, afinal povo é povo, sabem como é?
    Ora, mas afinal querem o quê? Estais doidos, quando é que não foi assim! Que exagero! O gaijo na prisão! Ai povo, raivoso ...
     
    · e- Consequências/Egoísmos (coisas da vida,da nossa e da dos outros)

    Ao entregarem o BPN à troica e ao BCE, duros e mais não sei quê, como são, punham, com rigor, as coisas/coisos, a claro e na ordem.
    O povo não tinha percebido nada, como hoje também acontece, mas era mais uma coisa da vida (dos outros).
    Pois é, não se lembraram disto, agora, também não vale a pena. E, era um egoísmo do caraças.
     
    O País ficava menos poluído.
    Mas, nós, viemos da província para a cidade, queremos lá saber de uma coisa dessas.

    E, mais, em PORTUGAL não há corrupção, disse uma figura que tem uma imagem (ai, a imagem), daquelas de quem entra num banco e o gerente não diz: vai-te lavar seu porco, daqui de dentro não levas dinheiro, pago-te lá fora), e não só, completamente ... sei lá, arrelvática.

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  7. O pais anda a ser governado à muitos anos por gangs. Agora temos lá a seita do Miguel Relvas.

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  8. Gostava de conhecer o "outro lado":

    A lista de depositantes do BPN que entretanto já foram reembolsados com dinheiro do Estado.

    Talvez assim se percebesse melhor porque razão o BPN foi nacionalizado.

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  9. Estamos metidos num buraco guardado por víboras que não nos deixam sair dele sem mazela. Arre porra!

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