O socorro financeiro de 100 mil milhões de euros concedido pela União Europeia (através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira), em 9 de junho de 2012, ao Estado espanhol, alegadamente para auxiliar a banca, atolada em ativos imobiliários tóxicos, demonstra a aplicação da máxima de Orwell aos Estados: todos os Estados são iguais, mas há uns mais iguais que outros.
Enquanto a Grécia, pelos seus dois empréstimos no valor de 240 milhões de euros (no cáclculo total atinge os 350 mil milhões) começou por pagar 5,2% pelo primeiro empréstimo em Maio de 2010, sendo depois, em Março de 2011, a taxa global reduzida a 4,2% e mais tarde a 3,5% - ainda que tenha obtido um corte de cabelo de 28% (oficialmente 50%) -, a Irlanda ficou a pagar 5,8% (taxa reduzida a cerca de 3,5-4%, em julho de 2011) pelo empréstimo de 85 mil milhões em Novembro de 2010, e Portugal foi castigado inicialmente, em Maio de 2011, na concessão do empréstimo de 78 mil milhões de euros com 5,5% de taxa de juro, que foi aliviada para 3,5% em julho de 2011, a Espanha parece ter conseguido logo uma taxa de apenas 3% pelo empréstimo de 100 mil milhões... Mais, para salvar a face de um grande Estado, dá-se-lhe um título diferente, alegando que é para salvar a banca - como se, depois, o Estado espanhol, não obtivesse desse bolo, que ele próprio vai administrar, uma fatia de crédito indireta desses bancos para subvencionar os 24,4% de desempregados (valor de maio de 2012). No final, o resultado é o mesmo e a vergonha pouco diversa. As taxas de juro, e nomeadamente aquela cobrada a Portugal, terão de ser uniformizadas para prevenir o escândalo - e não é preciso gritar para obter o inevitável ou defender a diferença de taxas, num papismo maior do que da própria União, justificando-a com a diversidade das situações, como se fosse devido maior taxa pelo dinheiro pedido para pagar salários do que pelo dinheiro para sustentar os bancos... Mas o que importa é a diferença inicial de tratamento: os países pobres a pagar taxa mais alta e, quando precisam, os mais poderosos a beneficiar de taxa mais leve.
Em contrapartida aos 5,5%, e agora 3%, cobrados aos Estados, o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos privados europeus a 1% ao ano. O argumento utilizado é de que os bancos arruinados não podem pagar mais. A pergunta que o povo ex-soberano faz é: e os Estados podem?!... Não podem. Mas, se não obtivessem empréstimos a taxa baixa, os bancos dos países credores (por exemplo, Alemanha) não seriam pagos pelos empréstimos concedidos ao imobiliário mediterrânico e os seus Estados teriam de os refinanciar... Os bancos privados obtém uma taxa de favor e os Estados pobres uma taxa de castigo. Portanto, quem refinancia os bancos alemães, e de outros países credores, são os povos dos países dos bancos devedores... As taxas de crescimento que se têm verificado continuam bem abaixo dos 3% do empréstimo, o que significa que as fiunanças dos Estados continuarão a degradar-se. Não parece possível o requelíbrio financeiro com taxas superiores a 1%. Mas também não é viável sustentar défices crónicos com a emissão sistemática de dinheiro eletrónico (e depois em notas), pois isso provoca uma espiral inflacionista, e quebra do poder de compra das famílias, muito dificilmente controlável.
Os empréstimos aos bochechos não reequilibram a economia dos Estados europeus, nem sequer as suas finanças - tal como não reequilibraria a economia a criação maciça de moeda eletrónica (o quantitative easing de Obama, na versão berslusconiana europeia). Mas os governos não querem mudar de modelo político: o Estado social(ista) corrupto (assistencialismo ocioso e corrupção política com bancos e construtoras). E mesmo aqueles governos que gostariam de mudar temem a revolta nas ruas, pois o povo também não quer mudar de vida e só consente o abuso dos poderosos, enquanto for consentido também algum abuso de assistência. O resto da história tem um final triste: como os governos não querem suportar a remoção dos ratos, os filhos do povo são sequestrados pelo som da flauta ideológica que os ilude.
Enquanto a Grécia, pelos seus dois empréstimos no valor de 240 milhões de euros (no cáclculo total atinge os 350 mil milhões) começou por pagar 5,2% pelo primeiro empréstimo em Maio de 2010, sendo depois, em Março de 2011, a taxa global reduzida a 4,2% e mais tarde a 3,5% - ainda que tenha obtido um corte de cabelo de 28% (oficialmente 50%) -, a Irlanda ficou a pagar 5,8% (taxa reduzida a cerca de 3,5-4%, em julho de 2011) pelo empréstimo de 85 mil milhões em Novembro de 2010, e Portugal foi castigado inicialmente, em Maio de 2011, na concessão do empréstimo de 78 mil milhões de euros com 5,5% de taxa de juro, que foi aliviada para 3,5% em julho de 2011, a Espanha parece ter conseguido logo uma taxa de apenas 3% pelo empréstimo de 100 mil milhões... Mais, para salvar a face de um grande Estado, dá-se-lhe um título diferente, alegando que é para salvar a banca - como se, depois, o Estado espanhol, não obtivesse desse bolo, que ele próprio vai administrar, uma fatia de crédito indireta desses bancos para subvencionar os 24,4% de desempregados (valor de maio de 2012). No final, o resultado é o mesmo e a vergonha pouco diversa. As taxas de juro, e nomeadamente aquela cobrada a Portugal, terão de ser uniformizadas para prevenir o escândalo - e não é preciso gritar para obter o inevitável ou defender a diferença de taxas, num papismo maior do que da própria União, justificando-a com a diversidade das situações, como se fosse devido maior taxa pelo dinheiro pedido para pagar salários do que pelo dinheiro para sustentar os bancos... Mas o que importa é a diferença inicial de tratamento: os países pobres a pagar taxa mais alta e, quando precisam, os mais poderosos a beneficiar de taxa mais leve.
Em contrapartida aos 5,5%, e agora 3%, cobrados aos Estados, o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos privados europeus a 1% ao ano. O argumento utilizado é de que os bancos arruinados não podem pagar mais. A pergunta que o povo ex-soberano faz é: e os Estados podem?!... Não podem. Mas, se não obtivessem empréstimos a taxa baixa, os bancos dos países credores (por exemplo, Alemanha) não seriam pagos pelos empréstimos concedidos ao imobiliário mediterrânico e os seus Estados teriam de os refinanciar... Os bancos privados obtém uma taxa de favor e os Estados pobres uma taxa de castigo. Portanto, quem refinancia os bancos alemães, e de outros países credores, são os povos dos países dos bancos devedores... As taxas de crescimento que se têm verificado continuam bem abaixo dos 3% do empréstimo, o que significa que as fiunanças dos Estados continuarão a degradar-se. Não parece possível o requelíbrio financeiro com taxas superiores a 1%. Mas também não é viável sustentar défices crónicos com a emissão sistemática de dinheiro eletrónico (e depois em notas), pois isso provoca uma espiral inflacionista, e quebra do poder de compra das famílias, muito dificilmente controlável.
Os empréstimos aos bochechos não reequilibram a economia dos Estados europeus, nem sequer as suas finanças - tal como não reequilibraria a economia a criação maciça de moeda eletrónica (o quantitative easing de Obama, na versão berslusconiana europeia). Mas os governos não querem mudar de modelo político: o Estado social(ista) corrupto (assistencialismo ocioso e corrupção política com bancos e construtoras). E mesmo aqueles governos que gostariam de mudar temem a revolta nas ruas, pois o povo também não quer mudar de vida e só consente o abuso dos poderosos, enquanto for consentido também algum abuso de assistência. O resto da história tem um final triste: como os governos não querem suportar a remoção dos ratos, os filhos do povo são sequestrados pelo som da flauta ideológica que os ilude.
http://expresso.sapo.pt/ue-prepara-plano-de-emergencia-para-eventual-saida-da-grecia=f732294
ResponderEliminarÉ preciso notar que o Estado Súcialista protege mais estrangeiros que nacionais.
ResponderEliminarEstá tudo enviesado neste regime nojento de gatunos e traidores.
Os nossos velhos,após uma vida de trabalho,não têm dinheiro para pagar os medicamentos.Os estrangeiros têm a casinha da Câmara,a água,a luz e assistência gratuita.
ResponderEliminarA escória de esquerda precisa de votos.compra-os com o dinheiro dos contribuintes.
A Europa do Sul viveu durante as últimas décadas dos Fundos de Coesão, dos Fundos Sociais Europeus, etc.
ResponderEliminarMais, a Europa do Sul ficou deslumbrada pelo dinheiro "oferecido" pela União, que não cuidou da sua própria estratégia industrial. Entregou-se nas mãos das potencias do Norte.
Agora, perante a inevitável hecatombe, as élites corruptas do Sul da Europa, querem que o Norte da Europa ajoelhe.
Estamos perante a Guerra da Secessão. O Norte disciplinado e rigoroso versus o Sul nostálgico e cantante. Entretanto, a Ásia avança, através do trabalho, do conhecimento, do esforço e do sacrifício.
Como será possível que existam Tugas do calibre de Barroso, Guterres ou Constancio, em instancias internacionais? Só podem ser sinais claros de degenescência da Velha Europa.
Graças à Sra. Merkel, o Grande Vigarista não passa duma libelinha ociosa em Paris, apesar de se esforçar por ser mais um Alto Quadro da intelegentzia decadente europeia.